15 anos

RIO DE JANEIRO – Domingo, 12 de maio de 2002. É… faz 15 anos que o bordão do Cleber Machado ficou eternizado, como pano de fundo para um dos momentos que costumamos chamar de “cenas lamentáveis”.

Refiro-me, é claro, à última volta e aos últimos metros do GP da Áustria em que Rubens Barrichello e Michael Schumacher protagonizaram as imagens que vocês poderão rever no vídeo abaixo.

Continuo achando que não havia a menor necessidade da Ferrari mandar fazer aquilo. Todo mundo sabia que o alemão seria campeão – tanto que conseguiu o título, o quarto da carreira, em julho, numa antecedência que jamais será superada.

O que fica na cabeça do torcedor é a imaginação do que foi dito pelo rádio naquela corrida, tanto para um quanto para outro. E a naturalidade como esse episódio é encarado por vários personagens.

Enfim… uma das maiores marmeladas da história do esporte. Para tristeza de muitos, com um brasileiro de protagonista.

Comentários

  • Putz 15 anos já?! Por isso a gente fica velho né?! rsrs O Schumacher já liderava o campeonato com folga, não havia nenhuma necessidade disso! Tanto é que mais tarde, na Hungria e nos EUA o alemão deixou o Barrica ganhar!! Mais prejudicou do que ajudou a Ferrari este episódio! De positivo, só o “hoje não! Hoje não! Hoje siiiim…” Quem viu Pironi x Villeneuve (Ferrari); Piquet x Mansell (Williams) ou Senna x Prost (McLaren) ver isso foi o fim da picada!

  • Sinceramente,não vejo desta maneira.Naquela altura,ninguem tinha ainda certeza que o Schumacher não sofreria ameaças,por parte de algum piloto de outra equipe,e os 4 pontos,poderiam sim,vir a fazer diferença.
    Jogo de equipe sempre existiu.Faz parte do automobilismo.Não acho isso errado.
    Para mim,sempre foi muito pior,a postura do Ron Dennis,que priorizava sempre um piloto,não por este ter mais chances no campeonato,e sim,por ser seu preferido pessoal.
    Como em 1998,onde Couthard teve que ceder a vitória a Hakkinen na primeira corrida do ano!E isso depois de ter tido que fazer o mesmo,na última corrida do ano anterior,qdo nenhum dos dois brigava pelo título…
    Jogo de equipe visando o título, é uma coisa.Jogo de equipe pra satisfazer o ego do chefe, é outra…

    • Não concordo, José Maurício.

      Ao chegar à Áustria, Schumacher já somava 44 pontos, tinha 21 de vantagem para o Juan Pablo Montoya. E mesmo que o Barrichello – que tinha só seis pontos – vencesse em Spielberg, o Schumacher iria para 50 e o Montoya, que tinha 23, foi para 27. Subiria a vantagem para 23 pontos e não para 27, como aconteceu.

      Com apenas seis corridas, o alemão já tinha uma vantagem bem significativa, não acha? Fosse de 23 ou 27 pontos, não faria muita diferença. Como de fato não fez.

      • Rodrigo,
        Me permita mais uma vez discordar de vc.Eu não vejo,nenhum problema,numa equipe dar esse tipo de ordens a seus pilotos,e um piloto,assumir o papel de “escudeiro” e acata-las.
        Dois dois mais reverenciados pilotos da história da F-1,Peterson e Villeneuve,assumiram este papel,em 1978 e 1979,e isso não é visto como um episódio negativo de suas carreiras.
        Neste caso especifico de 2002,realmente,acabou não fazendo a menor diferença no final do campeonato.Mas,a aquela altura,quem poderia saber???
        Mesmo disparado na frente,Schumacher poderia,por exemplo, sofrer um acidente como o de 1999,e ficar fora de algumas corridas,sem que o campeonato,ainda estivesse decidido a seu favor.Não era uma situação provável,mas tb não era impossivel.Já pensou,se acontece algo assim,e ele perde o título para o Montoya por 3 pontos???
        Na minha opinião(que sei que a maioria discorda totalmente),o erro do Barrichello,não foi ceder a posição.Foi ficar durante 8 voltas contestando a ordem recebida.Se tivesse cedido a posição de imediato,hoje,ninguem nem lembraria do fato.Mas,da forma que foi feita,tudo o que ele conseguiu,foi justamente jogar a opinião pública contra si,e contra a equipe.

  • Pra mim, foi um momento triste. Não sei o que aconteceu, mas me senti derrotado sem estar lá pilotando um F-1. Naquele momento pensei no Chico Landi, no Wilsinho, no Émerson, no Senna e em todos os fãs não só de F-1, mas de automobilismo em geral..