Futuro com cara de pretérito

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Resgate: a IndyCar olha para o passado mirando o futuro, apresentando o que será o novo carro da categoria para 2018. Este é o render para circuitos mistos e ovais de traçado curto

RIO DE JANEIRO – A IndyCar divulgou hoje as primeiras imagens do que se pretende ser o novo carro da categoria a partir da próxima temporada. O modelo DW12 desenvolvido pela Dallara vai dar lugar a mais um projeto do construtor italiano – só que desta vez, o objetivo é fazer com que o bólido guarde semelhanças com os monopostos que dominaram a categoria, principalmente nos anos 1990 e início dos anos 2000.

A julgar pelo que se vê, a categoria deve alcançar seu intento. Serão oferecidas duas configurações de aerodinâmica – uma específica para os ovais de alta velocidade e outra para os ovais curtos e mistos, com a asa traseira oferecendo seis tipos diferentes de acerto. O kit de baixo arrasto é padrão para todos os times. Não haverá desenvolvimento específico de Chevrolet e tampouco de Honda, pelo visto.

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Visão do que será o kit para Speedways. Não haverá aerodinâmica específica para a Honda ou para a Chevrolet em 2018

O que se espera é que a Fórmula Indy consiga fazer com que as corridas em ovais médios e curtos voltem a ser geridas pela questão da estratégia e não pura e simplesmente pela performance mecânica. A distância entre-eixos do futuro monoposto da categoria é a mesma do DW12, mas o carro é mais curto na seção dianteira. É bem possível que seja mais “nervoso”, para testar também a sensibilidade do piloto para os ajustes finos de chassi, cambagem das rodas (especialmente nos ovais) e suspensão.

Eu gostei muito do novo carro. Visualmente, mais bonito que o que se vê hoje, principalmente porque será abandonada a horrenda proteção das rodas traseiras. A tentativa de recordar o que eram os bólidos da CART é válida. E todo mundo que viu as fotos do IndyCar Next Generation curtiu.

É o futuro com cara de pretérito. Que o exemplo da Indy seja seguido por outras categorias mundo afora.

Comentários

  • O carro ficou maravilhoso !!!

    Para ficar ainda melhor o campeonato, só falta o retorno de mais um ou dois fornecedores de motores. Quem sabe a Ford e a Toyota não se animam?

    Tomara.

  • Esses carros atuais da Indy são os mais feios da história do automobilismo… Esse novo chassi é muito mais bonito!! Remete sim aos carros dos anos 90, que eram belíssimos.

  • Os novos carros serão bem mais bonitos que os atuais. Acho curioso essa inspiração nos carros CART, principalmente porque a categoria atual surgiu de uma dissidência daquela.

  • Na verdade, o chassis é exatamente o mesmo Dallara IR-12 (acabou a homenagem ao Dan Wheldon). Só muda o kit aerodinâmico mesmo. Por isso o nariz e a área do piloto são basicamente idênticos.

    O que aliás, justifica essa asa dianteira um tanto “grande demais” na configuração de misto, já que esse chassis é conhecido por sair um bocado de frente.

    Algo que eu achei interessante, além, obviamente, da ausência dos para-choques. É que os sidepods voltaram a ser mais largos e de fato ao lado do piloto, o que serve de auxílio para evitar lesões como a do Bourdais ou do Hinchcliffe, já que fica mais difícil imprensar a roda e a suspensão contra a região do quadril do piloto. Nos modelos atuais, com os kits das montadoras, essa parte ficou muito exposta (é só ver nos carros dessa Indy500, não tem nada naquela região).

  • De fato Rodrigo, traseira dos atuais carros é feia que dói, seria mais interessante se fizerem uma traseira parecida mais com a traseira dos carros protótipos da WEC.

    Mas a nova versão para 2018 é bem bonita realmente, só acho que os carros não decolem quando baterem na traseira de outro…

  • Se a base para o design são os carros da CART então estão no caminho certo, porque, além de muito bonitos, eram extremamente rápidos. E não é feio nem errado olhar para o passado…as coisas boas devem ser trazidas de volta, aliadas ao aumento de segurança e o aprimoramento técnico.

  • Ficou muto bonito. Somente a asa dianteira da configuração para mistos ainda acho muito exagerada. Tomara que saiam do papel para pistas em breve.

  • Já pensou se o ACO também resolve fazer os atuais Lmps lembrarem os carros do Grupo C?