Espetacular Serra

20170616_LeMans_01_Aston_Serrinha

RIO DE JANEIRO – Daniel Serra já voltou para casa após o triunfo histórico nas 24 Horas de Le Mans. O brasileiro segue saboreando a conquista inédita e espetacular em sua prova de estreia no mítico circuito francês de Sarthe defendendo a britânica Aston Martin. Mas já é hora de virar a chave, pois dia 2 de julho tem Corrida do Milhão em Curitiba, pela Stock Car.

Até o final do ano, é bem possível que Daniel regresse para uma ou mais corridas como terceiro piloto do #97 no Mundial de Endurance. A cúpula da Aston (David Richards, Paul Howarth e John Gaw) conta com ele para participar das provas em que a equipe julgue necessária a presença de mais alguém para ajudar os titulares pelo restante do campeonato.

Serra, que trabalhou no desenvolvimento dos pneus Dunlop – fornecedora de sua equipe –  e se destacou por marcar a volta mais rápida – recorde para a LMGTE-PRO – com o tempo de 3’50″950, falou ao bróder Fernando Silva, do GRANDE PRÊMIO, sobre a conquista que não só atraiu a atenção do público no país para a corrida como também da própria imprensa internacional. A Autosport britânica não hesitou em apontar o piloto brasileiro como um dos grandes nomes da última edição da prova, ao lado de nomes como Thomas Laurent e Dries Vanthoor, entre outros.

A entrevista dele para o Grande Premium é ótima. Ele fala do desafio que é vencer uma corrida tão longa, exigente e difícil, do preparo da equipe – e dele mesmo – para as 24 Horas e também do evento em si. “Chegar lá e ganhar na estreia é algo com que nunca havia imaginado. A ficha está caindo aos pouquinhos”.

Talvez muitos de nós concordemos. Mas quem conhece o piloto e seu caráter sabia que ele era capaz de qualquer coisa.

Comentários

  • O Serra é um grande exemplo de que há um desperdício de grandes pilotos nacionais acomodados na Stock Car. Nomes como o Serra, Cacá Bueno, Felipe Fraga, Valdeno Brito, Ricardo Maurício e Marcos Gomes poderiam fazer sucesso em qualquer categoria de GT/Endurance de alcance global (a Terra, não a emissora).

    • Diogo, penso o mesmo. Talvez o Cacá seja o maior exemplo de desperdício, acredito que ele faria sucesso em qualquer categoria de turismo internacional (adoraria vê-lo na DTM). Outro que acho que poderia fazer muito sucesso é o Fraga, e penso que poderia ousar e tentar a Nascar, e aos 22 anos, teria muito tempo para aprender os meandros dos ovais.

  • Sabíamos do potencial do Serrinha há algum tempo, desde os tempos de GT Brasil, participações esporádicas pela Scuderia Corsa nos USA, indo sempre muito bem. Fazendo coro aos colegas que comentaram acima, acho que vários dos pilotos que competem hoje na Stock Car fariam bonito no WEC, ELMS, Blancpain, GT Open ou WeatherTech, entre outros campeonatos, principalmente Valdeno (bicampeão de GT3 no Brasil), Ricardo Mauricio, Fraga e Gimenez. Tomara que eles se sintam motivados pela conquista do Serrinha e “invadam” as competições internacionais.