F5A no pódio

2017-07-02 13.47.52

RIO DE JANEIRO – Com orgulho indisfarçável, mestre Ricardo Divila mandou a foto que aqui reproduzo. No quintal de casa do engenheiro brasileiro, que mora na França e próximo ao circuito de Magny-Cours, foi disputado no último fim de semana o 3º evento do Masters Historic Formula One Championship da FIA.

Com 22 carros inscritos, o Copersucar-Fittipaldi F5A que Divila e os italianos do Studio Fly retrabalharam após o fracasso do projeto de David Baldwin no ano de 1977, largou em 5º lugar no grid com o piloto Max Smith-Hilliard.  Na primeira prova, o carro da equipe brasileira foi P5 na geral e P2 na categoria. Smith-Hilliard foi ao pódio na geral na prova #2 com um 3º lugar e venceu em sua subdivisão, para carros construídos até 1980. Todas as disputas foram em piso molhado, como denuncia a foto.

E sabem qual é o nome da divisão destes bólidos, onde ainda competem dois Shadow DN8, dois Hesketh, um March 761 e um ATS HS01?

Fittipaldi. Pois é…

Em tempo: Divila avisou que mesmo sendo um semicarro-asa, o F5A não corre mais de minissaia no campeonato de Históricos da FIA. “Tem fundo chato agora”, avisou o nosso gênio da engenharia.

 

Comentários

  • É uma pena que a mídia e as universidades não se dêem conta do valor e da importância de Ricardo Divila.
    É um genial engenheiro, que começou em carros mecânicos, motores a combustão, sem aerodinâmica. Viveu uma longa carreira e esteve recentemente envolvido em projetos como o Nismo, carro de vários motores e 2000 cavalos de potência. É o cara do futuro, aos 70 anos.
    Também é um filósofo e uma analista genial do automobilismo. Fala das regras e como viver com elas, fala do modelo de negócios e fala da competição.
    Ricardo é um ponto fora da curva e tem razão para celebrar o F5A, um carro que, embora vira – latas como nós, andou e fez bonito na F1.
    Uma pequeníssima ilustração: o carro de Wilson Fittipaldi, em 1971, todo modificado pelo divila: http://www.gettyimages.com/detail/news-photo/wilson-fittipaldi-of-brazil-drives-the-team-bardahl-brabham-news-photo/154818227#wilson-fittipaldi-of-brazil-drives-the-team-bardahl-brabham-bt38-ford-picture-id154818227.
    Ricardo Divila tem histórias para os fans e devia receber mais atenção da mídia.
    E tem um conhecimento de engenharia que devia ser estudado nas escolas.
    Valeu, Matar! Justa homenagem ao Ricardo Divila.

    • Perfeito o seu comentário, Walter.
      Só um adendo, esse carro na verdade é o BT38 da temporada de 72 e recentemente foi pilotado pelo Wilsinho em Interlagos, após primorosamente restaurado pelo Paulo Loco, tem até programa da tv fechada que mostrou o reencontro emocionante.
      O Tigrão foi às lágrimas com a surpresa de reencontrar a barata toda zerada, num dos últimos trabalhos do já saudoso mestre Darci Medeiros.
      Abraço.
      Zé Maria

  • Um dos mais belos carros da história da F1. Está no meu top 10. Lindo demais. Aliás, como os carros eram bonitos…Como diz o mito Edgard “deixa quieto”.

  • E não é transmitido no Brasil??? Nem mesmo flashes; compactos; reportagens?! O Rodrigo, conversa com os manda-chuvas da Fox hehehe Quem é fã de automobilismo como eu não perderia por nada!!

  • Rodrigo, tenho trocado informações e, de certa forma colaborado com o Massimo Polini, que comprou um chassis F8/3C e está tentando restaurar. Divila também tem ajudado, junto com Allen Brawn.