A caminho do WEC: Lamborghini anuncia novo programa em setembro

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RIO DE JANEIRO (Lá vem o touro!) – Agora é oficial: o dia 20 de setembro está reservado pela área de comunicação da Lamborghini para um importante anúncio. Foi o que publicou o amigo jornalista português João Carlos Costa, nas redes sociais.

Será o dia em que a marca de Sant’Agata confirmará a transição do construtor italiano (pertencente ao Volkswagen Auto Group) para a classe LMGTE, o que pode englobar tanto o FIA World Endurance Championship quanto o IMSA Weather Tech SportsCar Championship. E acho que veremos a Lamborghini envolvida nas duas categorias, provavelmente a partir de 2019.

Não é surpresa: você que lê o blog já viu neste post de abril um protótipo do Huracán sendo testado em Monza. Apesar da camuflagem, já deu para notar que a asa traseira é diferente do Huracán GT3 da foto acima e é bem perceptível uma entrada de ar para o cofre do motor – que o carro da foto acima não possui originalmente.

Quando a gente fala que o WEC não vai morrer, é que o futuro da competição pode até estar entre os modelos de Grã-Turismo. Com Ferrari e Ford estabelecidas com seus programas (por enquanto), Porsche no segundo ano de seu 911 com motor central-traseiro, Aston Martin e BMW desenvolvendo carros novos e a Lamborghini a caminho, o biênio 2018/19 é tremendamente promissor para a divisão LMGTE-PRO e para a GTLM nos EUA.

Esperemos que outras sigam o exemplo, mas que o ACO e a FIA não deixem à míngua os protótipos LMP2 e principalmente os LMP1, cujo futuro está em sério risco por conta da debandada de montadoras. A menos que a competição se reinvente e seja entregue de volta aos independentes, como era na Le Mans Series, no início dos anos 2000.

O Squadra Corse, departamento de competição da marca, também trabalha no desenvolvimento de um update para o Huracán usado nos certames monomarca Super Trofeo.

Comentários

  • Protótipos e fórmulas em geral estão em baixa, vide os grids magros de diversas categorias mundo afora. Os GT, na contramão, estão em expansão. Um bom exemplo pra mim é a série Blancpain, que não muito tempo atrás tinha grids magros, especialmente na Sprint series, e hoje coloca dezenas de carros na pista seja prova Sprint ou Endurance, e com bons pilotos, o que é muito melhor

  • Excelente noticia. Uma possível saída para o enrosco em que se encontra a categoria seria a extinção da LMP1 e a promoção da LMP3 ao WEC, dessa forma a LMP2 se tornaria a categoria principal inclusive com a liberação de trincas de pilotos 100% platina. Assim o WEC aproveita a sinergia com o IMSA que irá adotar a LMP3 no próximo ano.

  • Mattar,

    Será que o Ford GT e o novo 911 RSR serão utilizados por times privados da GTE-Am a partir do próximo ano?

    Como GTE-Am usa a especificação “do ano anterior” (ou até mais velha) dos modelos GTE, então em tese já poderia haver um Ford privado correndo essa temporada e ano que vem o 911 com motor central traseiro poderia ser adquirido por alguma equipe. Essa “transferência” ocorreu do ano passado para o atual com a Ferrari 488, inaugurada em 2016 na -Pro, substituindo a 458 nas equipes -Am e o Aston sofrendo o upgrade para usar o difusor mais radical estreado nos modelos da -Pro da marca em 2016.

    Fica minha curiosidade em saber porque não há um Ford privado ainda, se é por falta de interessados ou porque não foi disponibilizado pelo fabricante, com a mesma dúvida a pairar sobre o 911 para o ano que vem. Teriam essas novas máquinas se tornado muito caras para equipes privadas? Somente a Ferrari fez um produto viável para os independentes?

    • Não havia Ford GTE privado porque a própria marca não tinha disponibilizado. Mas para o ano que vem, a Proton Competition – fiel cliente Porsche – pode, acredite, se bandear para a Ford e pegar dois GT EcoBoost para correr no WEC e no ELMS em 2018.

      • A Proton de Ford é realmente uma surpresa e tanto, dizem que do outro lado do atlântico a Khron também tem interesse.

  • Aí sim! Lambo neles! hahahaha

    Enquanto os fatalistas pregam o fim do automobilismo, nós ganhamos mais GTEs, e mais DPis. Agora é só o ACO criar coragem e faz um regulamento realista pra P1, que volta um bocado de gente.

    • Exatamente, o esporte sobreviveu a várias ondas de choque, em meados dos anos 90, por exemplo, tivemos o fim de WSC e DTM e a cisão da Indycar e estamos todos aqui para contar a historia.

      Não vejo motivos para tanto alarde, automobilismo num cenário de carros elétricos e semi autônomos não é só plenamente possível, como provável.

  • Depois de tanta notícia ruim em torno do WEC, enfim uma boa. E tomara que outras marcas presentes nas competições GT3 se interessem…ainda tem Mercedes, McLaren, Bentley…para os protótipos, vejo ainda solução nos times independentes…já li em algum lugar que a própria Ford demonstra interesse em fornecer motores para a a classe DPI futuramente….esse lance de se voltar para carros elétricos creio que ficará mais para as montadoras alemãs.

  • Bom tudo que envolve as fabricas acaba girando em numeros estratosféricos, tomara que nao estraguem a GT, deixando esses carros muito caros e impossibilitando as equipes AM de competirem.

  • Rodrigo pelo site motorsport.com diz que o corvette C8 ja esta em teste acho que 2018 teremos A nova versão da empresa da gravata e 2019 o C8 GTE