De casa nova

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Novo desafio: primeiro campeão da Fórmula E em 2014/15, o brasileiro Nelsinho Piquet defenderá a Jaguar a partir da quarta temporada da categoria dos carros elétricos

RIO DE JANEIRO – Após um título e três temporadas defendendo a China Racing – hoje NIO Racing – na Fórmula E, Nelsinho Piquet está de casa nova para o campeonato que começa em Hong Kong no próximo dia 2 de dezembro e tem uma etapa prevista para 17 de março em São Paulo. O piloto de 32 anos assinou com a Jaguar e defenderá a tradicional marca britânica na quarta temporada dos carros elétricos.

O anúncio foi feito oficialmente nesta quinta-feira, mas já há alguns dias havia quem cravasse que o acerto era favas contadas. Piquet vai para uma equipe que já poderia ter tido um outro brasileiro em sua temporada de estreia na categoria. Felipe Massa estava de saída da Fórmula 1 e tinha um pré-contrato com a Jaguar para disputar o campeonato 2016/17. Mas a aposentadoria de Nico Rosberg e a contratação de Valtteri Bottas pela Mercedes-Benz acabou por adiar a aposentadoria do piloto da Williams por mais um tempinho.

Nelsinho terá como companheiro de equipe o neozelandês Mitch Evans, enquanto o sino-holandês Ho-Pin Tung, atual campeão das 24 Horas de Le Mans na classe LMP2 e líder do FIA Endurance Trophy de sua categoria no Mundial de Endurance, será o piloto reserva. Após o desgaste nos dois últimos campeonatos defendendo a equipe pela qual se consagrou o primeiro campeão da Fórmula E, Piquet está ansioso pelo novo desafio – que já começa com os testes de pré-temporada, agendados pela primeira vez para o circuito Ricardo Tormo, em Valência, na Espanha, em outubro.

“É uma grande honra estar na Panasonic Jaguar Racing. A Jaguar tem tanta história nos esportes de motor que estar nessa equipe me deixa honrado e empolgado. O comprometimento da marca com o esporte é inspirador e estou ansioso pelo começo da temporada”. Piquet é o quarto brasileiro a defender a marca em competições automobilísticas, sendo o principal deles Raul Boesel, campeão mundial de Endurance em 1987, vice-campeão das 24h de Le Mans em 1991 e vencedor das 24h de Daytona em 1988.

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Foto do Spark-Jaguar I-Type 2, carro que será guiado por Piquet e seu novo parceiro, o neozelandês Mitch Evans

A equipe vai em busca de um campeonato melhor que o último – no qual terminaram exatamente na lanterna, com apenas 27 pontos somados (a NIO, antiga equipe de Nelsinho, somou 59), apresentando um novo trem de força que impulsionará o chassis Spark – o Jaguar I-Type 2. Os dirigentes da equipe estão confiantes de que o desempenho será melhor.

“Estamos muito empolgados por ter Nelson conosco nessa temporada. Mitch foi um atleta excepcional na temporada passada, com ótima performance em qualificatórias e nas próprias corridas. Com o novo piloto no nosso lineup estamos confiantes de que seremos uma equipe ainda mais forte e desafiaremos as demais equipes, competindo pelos pontos do campeonato. Aprendemos muito na terceira temporada e a equipe trabalhou muitíssimo nos últimos meses para focar em design e desenvolvimento do novo Jaguar I-TYPE 2″, acredita o diretor geral James Barclay.

Comentários

  • será que a pior equipe do grid vai melhorar tanto assim, geralmente o salto é pequeno,,deve brigar no pelotão intermediario pra tras, o nome jaguar é forte, mas existem varios nomes fortes,acredito que será um ano dificil pra piquet,conquistas a longo prazo.

  • Só consigo lamentar ao ver tantos pilotos e marcas envolvidas em um campeonato tão tosco quanto a FE.

    E, antes que digam, nada contra carros elétricos e sim contra corridinhas com carros lentos em “circuitos” patéticos.

  • Sim, eu sei que há quem não ache e isso é opinião, normal existirem diferentes. Nada contra a ideia de uma categoria de carros elétricos, mas a execução da coisa toda…

    Não sei o que me frustra mais, a falta de velocidade, o quão toscos os carros parecem ou os chinfrins circuitos.

    Quanto a utilidade as montadoras, aposto que o marketing verde e a proximidade com grandes populações urbanas conta mais do que o desenvolvimento tecnológico em si.

    E como a F1 já nos ensinou, montadora nenhuma injeta dinheiro em uma categoria pra ficar do meio do pelotão pra baixo. Com tantas marcas juntas em um campeonato, é obvio que a bolha estoura.

    Em suma, opinião e máximo respeito pela dos outros e, principalmente, pela do dono do blog.

    Segue o baile.

  • Gostei! A Jaguar acertou, um piloto que participou de todas as temporadas, foi campeão, vai ser de grande importância para o desenvolvimento acelerado que a Jaguar precisa! Não será surpresa para mim, se a equipe lutar por vitórias!

  • Uma receita que tem tudo pra dar certo: o melhor piloto do grid (Piquet) + uma marca tradicional no automobislimo mundial (Jaguar) + uma equipe com know how tecnológico (Wllimans).