Direto do túnel do tempo (382)
RIO DE JANEIRO – Este é um registro histórico do time da Sauber-Mercedes com um veterano ladeado por três garotos que a marca da estrela de três pontas colocou sob sua proteção nos anos 1990. À esquerda, temos Jochen Mass ladeado por Karl Wendlinger, Heinz Harald Frentzen e por um tal de Michael Schumacher.
Não tenho certeza a que ano pertence esse registro. Pode ser que seja de 1990 – provavelmente é – ou então de 1991. Certo é que os jovens que estão ao lado do veterano Mass foram adversários na Fórmula 3 alemã e, segundo se comenta na época, Wendlinger seria mais piloto que seus rivais. Na temporada de 1989 da categoria de monopostos, o austríaco derrotou-os por um único pontinho.
O destino tratou de colocá-los todos em lados diametralmente opostos. Karl esteve na Fórmula 3000 e Jochen Neerpasch depois o encaixaria na problemática equipe Leyton House March, da qual iria para a própria Sauber, com bons desempenhos. Mas um acidente nos treinos do GP de Mônaco em 1994 praticamente encerrou sua carreira na Fórmula 1.
Frentzen fez um outro caminho. Também andou na F-3000 intercontinental e, sem chances, acabou no Japão, na Fórmula Nippon. Mas foi repatriado pela Sauber na Fórmula 1 e quando teve a maior chance da carreira, pela Williams, nunca correspondeu. E seu melhor desempenho foi – incrivelmente – com a Jordan, brigando pelo título de 1999. Contudo, faltou fôlego a HHF no final e Mika Häkkinen seria bicampeão naquele ano.
E houve Schumacher…
Ele foi um caso à parte. O mesmo Neerpasch que pôs Wendlinger na March conduziu o garoto queixudo, então com 22 anos, primeiro para a Jordan e depois para a Benetton, na categoria máxima. Na Sauber-Mercedes do World Sportscar Championship, ele já mostrara suas credenciais: fez a melhor volta das 24h de Le Mans de 1991 e deu um show na vitória conquistada pelo protótipo prateado C291 em Autopolis, no Japão. E o resto, leitores, é história.
Outra curiosidade: Mass e Schumacher são dois dos pilotos alemães que venceram corridas de Fórmula 1, com um intervalo de 17 anos entre eles. Jochen venceu pela primeira e única vez no confuso GP da Espanha de 1975 e Schumi ganharia o primeiro de um total de 91 GPs em Spa-Francorchamps, um ano depois de ter estreado.
Há 27 anos, direto do túnel do tempo.
Nessa época dizia-se na boca miúda que o Frentzen era tão bom quanto o Schumi. Pois é, a vida literalmente dá voltas.
Além do fato de que o Shummy “roubou” a Korina do Frentzen…
Roubou não.
Eles já tinham terminado.
É que Michael já andava de olho na moça a um tempo e quando ela foi procurar um ombro amigo achou o dele.
Rodrigo, o Fritz Kreutzpointner era reserva dessa equipe?? E como ele apareceu depois?
Acho que o Kreutzpointer era piloto do DTM – não lembro – e só correu as 24h de Le Mans de 1991 pela Sauber-Mercedes.
Muitas vezes um piloto pior acaba se destacando mais que outro pois pegou um equipamento muito superior. Esse é o ‘problema’ da F1. Se um piloto excelente pega uma carroça, não tem o que o faça vencer. Vide Alonso na carroça McLaren/Honda e Schumacher quando retornou na F1 pela Mercedes também não fez muita coisa, a equipe não era uma carroça, mas também não era um foguete.
Mas volto a dizer, como eram lindos esses protótipos de década de 90 para trás.