Uma chance para Gasly

lead_pierregaslyathelete

RIO DE JANEIRO – A máquina de moer pilotos da Red Bull fez mais uma vítima: e já neste domingo na Malásia a Fórmula 1 assistirá a estreia de um novato francês ligado à marca rubrotaurina de energéticos. Pierre Gasly, vice-líder da Super Fórmula japonesa, vai substituir o russo Daniil Kvyat com efeito imediato na equipe Toro Rosso visando avaliar seu desempenho e assim oferecer um contrato para ele disputar sua primeira temporada completa em 2018.

Surpresa? Nenhuma. Desde que Dietrich Mateschitz fez da ex-Minardi sua filial como trampolim de pilotos, a Red Bull mandou vários deles passearem. Scott Speed, Jaime Alguersuari, Vitantonio Liuzzi, Jean-Éric Vergne, Sébastien Buemi e Sébastien Bourdais são os exemplos. E Kvyat, que faz uma temporada esquálida, tendo somado apenas quatro pontos para ocupar o 19º lugar no Mundial de Pilotos, acaba por engrossar a lista. Talvez não faça nenhuma falta.

A Toro Rosso já tinha Gasly no radar para a Fórmula 1. O piloto de 21 anos foi alocado no Japão para ganhar mais horas de voo após o título da GP2 Series (hoje Fórmula 2) no ano passado. Após a confirmação de Carlos Sainz pela Renault, Franz Tost achou que já perderia o espanhol para a Régie, mas Jolyon Palmer foi garantido para até o fim de 2017 e correspondeu com um belo 6º lugar em Singapura. Sainz também, com a quarta posição. Resultado mais do que convincente para deixá-lo a bordo em detrimento de Kvyat, que acabou mesmo dançando.

Gasly está confirmado, por enquanto, para a perna asiática (Malásia e Japão). No GP dos EUA, em Austin, a equipe terá que lançar mão de outro piloto, porque o francês tem um compromisso naquele final de semana de 22 de outubro – a decisão da Super Fórmula em Suzuka, na qual Pierre chega com apenas meio ponto de desvantagem para Hiroaki Ishiura.

Caso a Toro Rosso opte mesmo por Gasly, a equipe com sede em Faenza – que terá motores Honda em 2018 – vai lançar mão de uma dupla nova e, com os japoneses na retaguarda, a tendência é que o segundo piloto seja Nobuharu Matsushita, que vem disputando a Fórmula 2 com o apoio dos nipônicos.

Comentários

  • Realmente não me surpreende a saída do Kyvat. Ele teve um ano e meio para tentar demonstrar seu valor dentro das duas equipes, mas ele acabou sentindo o golpe de seu rebaixamento… Não sei do que será o seu futuro…

    Vejamos se Gasly dará conta ao serviço oferecido… Aguardemos, pois.

  • A Toro Rosso segurou o russo por até mais tempo que eu imaginava, mas a última batida no GP de Singapura foi a gota d’água mesmo. Pelo que não andou no último ano e meio, não fará falta, o rapaz nunca se recuperou do rebaixamento vivido no ano passado. Gasly ganha uma ótima chance, vamos ver se mostrará ritmo para garantir uma vaga para o ano que vem. E o programa de jovens pilotos da Red Bull já viveu dias melhores não? No que sei, o próximo na fila é o Niko Kari, e ele é bem fraquinho. Agora, uma dúvida: no que consta, o Matsushita não tem os 40 pontos necessários para a obtenção da super licença. Como faz nesse caso? Vão passar por cima de novo? Acho esse sistema sem credibilidade nenhuma, equipe alguma na F1 segue isso.

  • QUEREM APOSTAR quanto que ano que vem Kyat estará no grid da fórmula E, ele namora a filha do Piquet que é quem cuida da parte de imprenssa da categoria, aposto que o russo ano que vem correrá na categoria

    • Ele tem 13 pontos atualmente, Campeão da F3 japonesa em 2014 e P9 na GP2 em 2015, e os pontos da F3 vão expirar pro ano que vem. Teria que quase ser no máximo 3º da F2 pra somar os 40 pontos, atualmente está em 6º. Li em algum lugar que ainda pode haver outros critérios como para ex-pilotos (talvez o caso do Kubica), porém não sei como avaliariam no caso dele. O texto é algo assim: “a licença é emitida para pilotos que tenham cumprido os critérios de sucesso em categorias de motorsport junior, ou em circunstâncias excepcionais, aqueles que não cumpriram esses critérios, mas demonstraram ‘habilidade excepcional em carros de fórmula de assento único’ e alcançaram 300 quilômetros (190 milhas) percorridas em um carro de Fórmula 1.”

  • Teve sua chance… a Red Bull queima mesmo sem dó nem piedade a maioria dos que fazem parte do seu programa de pilotos; mas o russo e os outros triturados por ela não podem reclamar, pois ao menos colocam os moleques pra correr na equipe satélite. Nos tempos atuais chegar a f-1 é cada vez mais impossível, a não ser que o cara seja um super talento ou filho de um bilionário. Diante deste quadro é melhor ter uma chance do que nada… vai que o cara dá sorte de estar no lugar e hora certa pra mostrar seu talento como o Vettel, Ricciardo, Verstappen e agora o Sainz

  • isso tudo foi pessimo pra imagem de kvyat,,segunda vez que foi sacado,,,,em vez de ir pra formula E com ajuda da namorada,acredito mais na possibilidade de termino de namoro,a vida é assim cara, interresses em primeiro lugar,amor é ultimo plano,

  • Kvyat é a prova viva de que promoção expressa a F1 só funciona com muitos poucos, como o Raikkonen, até o Verstappen tem dado mostras cabais este ano de que entrou muito cedo na F1.

    A um mês atrás eu cravaria o russo no P1 da SMP, mas as excelentes performances dos pilotos na equipe na LMS dificultam isso.