A LMP1 sobrevive: DragonSpeed anuncia participação no Mundial de Endurance

MOTORSPORT : EUROPEAN LE MANS SERIES - ROUND 3 - RED BULL RING (AUT) 07/20-23/2017
Cara nova no WEC: a DragonSpeed se junta à SMP Racing e vem para a temporada 2018/19 na classe LMP1, que ganha uma sobrevida no próximo campeonato

RIO DE JANEIRO – A reboque da permanência praticamente certa da Toyota no Mundial de Endurance (FIA WEC), boas notícias começam a surgir. A primeira delas veio nesta terça-feira: a DragonSpeed, equipe de origem estadunidense que disputou os dois últimos campeonatos do European Le Mans Series (ELMS) e também a edição das 24h de Le Mans deste ano com dois carros, vai subir para a classe LMP1 em 2018/19.

Neste ano, a organização capitaneada por Elton Julian também deu suporte à G-Drive Racing, vitoriosa no ELMS com Memo Rojas Jr. e Léo Roussel. Para a próxima temporada, o time confirmou que Ben Hanley seguirá a bordo e o segundo piloto garantido é Henrik Hedman, o sueco de cidadania norte-americana que injeta combustível financeiro ao time com sedes em duas localidades – West Palm Beach, na Flórida (EUA) e Signes, na França.

O terceiro piloto será oportunamente anunciado, assim como o pacote técnico. Preferência total pelos chassis Oreca, já que Hughes de Chaunac tem intenções de ampliar o leque de seu ateliê e assim fazer um protótipo LMP1 que deverá ser batizado Oreca 09.  As opções de motores contemplam unidades Mecachrome, Judd e até Nismo.

O proprietário da DragonSpeed está otimista quanto ao futuro. “Volto ao tempo e me lembro de 2005, quando estreei em Le Mans como piloto. Apenas a Audi estava presente com uma equipe oficial de fábrica na LMP1. Havia seis diferentes chassis para times particulares e quatro fabricantes de motor. E a pole ficou com uma equipe não oficial na época (N. do blog: no caso, foi a Pescarolo)”, recorda Elton.

A equipe se junta à SMP Racing no rol dos times não-oficiais já confirmados no WEC em 2018/19, com os russos já anunciando desde o ano passado um projeto próprio em parceria com a Dallara – e que já está em testes de desenvolvimento. A ByKolles deve também continuar na divisão e a Ginetta, que comercializou pelo menos três carros, ainda não tem clientes oficialmente definidos.

Parece – felizmente – que a LMP1 sobrevive. Vamos aguardar pela definição do regulamento técnico para que tenhamos uma ideia do que os times privados poderão fazer contra a Toyota, única fabricante oficial que deve seguir na competição na próxima temporada.

Comentários

  • Ótimo notícia Mattar!

    Esses times novos não terão pacotes híbridos, certo? Poderia a Toyota abandonar a plataforma hibrida, para, sei lá, deixar o carro mais simples e confiável?

    • Com o atual motor, seria muito difícil, já que ele foi projetado desde o início para ser hibrido, mas a montadora japonesa tem ao seu dispor também unidades mais simples, derivadas do motor Lexus do Super Gt e usadas pal Rebellion a alguns anos atrás.

      Lembrando também que a possibilidade da Toyota fazer isso é praticamente zero, já que ela sempre condicionou sua permanência na P1 a manutenção da tecnologia hibrida.

      • Acredito que a Toyota espera que, naturalmente, venham outros fabricantes para adotar a mesma tecnologia. O problema é que três vieram e foram embora.

    • Dentro do atual regulamento, não. A paridade proposta para 2018/19 tentará fazer com que os times não-oficiais tenham de alguma forma um jeito de andar no mesmo ritmo dos japoneses. A ver.

  • Esse Pescarolo que foi pole em 2005 , por acaso era um modelo híbrido , que era um monstro de tão rápido , mas que consumia um combustível absurdo???

  • Era mais ou menos o que eu imaginava…uma “turma” de times particulares iria se aventurar…afinal, se esse ano um LMP2 quase beliscou a vitória overall , imaginem ano que vem, com apenas a Toyota de fábrica…
    Sobre os chassis Oreca, não podemos esquecer que os R-One da Rebellion utilizados até o ano passado, quando o time ainda era da LMP1, eram basicamente Oreca…assim como a própria Toyota possui motores convencionais…os que a Rebellion (aqueles Lola eram um espetáculo de bonitos) utilizava até a temporada 2013…nesse caso, precisariam obviamente atualizar componentes., ou de alguma forma, equiparar o desempenho, consumo de combustível ou outra coisa que dê aos não híbridos as mesmas condições de brigar por vitórias com a Toyota.