Money talks

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Bilhete azul: Pascal Wehrlein não interessa mais à Sauber. Preferência é por Marcus Ericsson ao lado de Charles Leclerc, futuro piloto titular em 2018

RIO DE JANEIRO – A história se repete: após dispensar Felipe Nasr, que somou os pontos que a equipe precisava para ter mais dinheiro em caixa para a temporada 2017, a Sauber chuta Pascal Wehrlein para escanteio. O alemão terá que buscar outra equipe (ou outro campeonato até) para se manter no automobilismo. O Grande Prêmio conta em detalhes o que está acontecendo no time helvético.

É uma pena que dinheiro esteja sobrepujando o talento. Tudo bem que a opção por substituir Wehrlein pelo monegasco Charles Leclerc tem a ver com a parceria entre a equipe e a Ferrari, que fornece as unidades motrizes para a turma de Hinwil. E em favor de Charles, vêm os resultados: boas performances na Fórmula 3 europeia e agora na Fórmula 2, a ex-GP2 Series, na qual já é o campeão.

Mas manter Marcus Ericsson, um piloto que pouco contribui em termos de performance e que não pontua desde 2015? É um pouco demais. Há quem diga que talvez ele ou alguém ligado à sua família seja o real dono da escuderia, hoje controlada pelo grupo Longbow Finance. Diante dos fatos, não há muito o que argumentar, apenas protestar.

O sueco é um zero à esquerda em matéria de talento e seria covardia comparar o que fez ao que Wehrlein conseguiu com um equipamento perto de sofrível. O alemão marcou cinco pontos neste ano e está despedido. Os zeros à direita no cheque é que, pelo visto, fazem a diferença em favor do nórdico.

Lamentável.

Comentários

  • Não acompanho a F1 tão de perto assim – meu negócio é endurance e falar mal da F-E -, mas acho que o Wehrlein acabou de se tornar o grande rival de Massa na briga pela vaga na Williams.

    Quantos aos outros, não acho que a equipe inglesa esteja realmente considerando Di Resta e, principalmente, Kubica, quanto ao Kvyat, te-lo na mesma equipe de Lance Stroll é ver a conta do fornecedor de fibra de carbono subir a um patamar estratosférico no ano que vem.

  • Marcus Ericsson deveria correr com o número 0. Zero pontos no campeonato e muitos zeros a direita no cheque do começo do ano. Agora fico imaginando qual a graça tem de “brincar de F1”. O cara gasta uma fortuna, andar lá atrás e nem estatística vira, pois nem pontuação na F1 vai ter.

    Acho que correr de endurance sairia mais barato e poderia contar com um equipe de ponta mais facilmente.