Novos rumos para Tanak

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É hora de dar tchau: após quase uma década servindo à equipe M-Sport, o estoniano Ott Tanak toma o rumo da Toyota para o WRC em 2018

RIO DE JANEIRO – A dança das cadeiras segue frenética para a temporada 2018 do Campeonato Mundial de Rali (WRC). Escudeiro do francês Sébastien Ogier, possível pentacampeão da modalidade, o estoniano Ott Tanak está de mudança: vice-líder a duas provas do término da competição neste ano, o piloto de 30 anos assinou com a Toyota para reforçar a equipe chefiada por Tommi Makinen e substituir o finlandês Juho Hänninen, que apesar das boas performances nas últimas provas se aposenta do volante – o que acontece já a partir do Rali da Austrália – rumo a um cargo burocrático no construtor japonês. O navegador Martin Jarvejöja segue com Tanak nesta empreitada.

Com duas vitórias conquistadas na Sardenha e na Alemanha, Tanak faz sua melhor temporada de sempre e pode terminar também na melhor posição da carreira em nove temporadas na modalidade, desde que mantenha o belga Thierry Neuville sob controle. Como interessa a Ogier chegar ao penta e os dois ainda têm contrato com a M-Sport Ford, certamente Ott será instruído a ajudar Ogier em todos os sentidos para que o francês termine o ano com mais um título no bolso do macacão. Mas vai que Sébastien não se dá bem no Rali da Grã-Bretanha e…

E quando falo em “os dois ainda têm contrato” é que a Citroën não desistiu de contar com os serviços de Ogier para 2018. Um indício das intenções de Yves Matton e seus Blue Caps foi a decisão de abrir mão de Andreas Mikkelsen, que rumou à Hyundai após algumas provas pela marca francesa. É claro que ninguém comenta abertamente nos bastidores, mas Malcolm Wilson, chefe da equipe que representa a Ford no WRC, sabe que as chances de perder seus dois principais pilotos de uma só tacada são imensas.

“É com o coração partido que a equipe se despede de Ott e Martin, que têm sido parte importante do sucesso deste ano. Não há piloto em que tenha depositado mais fé e dado tantas chances. Ele sempre foi rápido. Chamou-me a atenção desde o primeiro minuto, nunca tive dúvidas da sua velocidade, mas ultimamente completou-se, como vencedor de ralis e possível candidato ao título”, afiançou Wilson.

Comentários

  • Boa noite Mattar, uma pergunta offtopic: já que o Rio não tem autódromo, pq não fazem num aeroporto como fizeram na Indy no Burke Airport, em Cleveland OU GP de Edmonton, no Canadá?

    • Diego, é uma boa pergunta, mas… será que alguém realmente já se interessou por fazer provas em aeroporto nesse país? Lembro que a Stock chegou a cogitar fazer uma corrida no aeroporto Carlos Prates (não sei nem se ainda existe) em Belo Horizonte para suprir a lacuna de autódromos em Minas.