‘Seat Fitting’
RIO DE JANEIRO – No último dia 21 de outubro, este blog comentou sobre o desejo de Fernando Alonso de realizar o feito que só Graham Hill conquistou na história do automobilismo: a Tríplice Coroa do esporte – triunfar no GP de Mônaco de Fórmula 1, nas 500 Milhas de Indianápolis e nas 24 Horas de Le Mans.
Mônaco não é mais um obstáculo. Na Indy, o espanhol impressionou. Mas o Endurance é a bola da vez.
Além de já assegurar a participação na próxima edição das 24 Horas de Daytona pela equipe United Autosports – de seu patrão na McLaren, Zak Brown – Don Fernando de las Asturias tem interesse enorme em acelerar no mítico circuito de Sarthe. Por um detalhe chamado Honda e por outro de nome Ron Dennis, quase conseguiu. Acabou vetado e a história todos já sabem.
Mas para 2018 não há empecilhos, até porque a McLaren não será mais uma equipe oficial, voltando ao status de cliente – agora da Renault. Brown não é avesso às participações de seu piloto fora da Fórmula 1 e a presença do bicampeão mundial em Indianápolis, no mesmo fim de semana do GP de Mônaco, foi um indício de uma maior liberdade para que seu principal contratado faça o que der na telha. Agora, o site Dailysportscar.com confirmou que Alonso visitou as instalações da Toyota Motorsport GmbH em Colônia, na Alemanha.
Não se tratou de uma simples visita de cortesia. O piloto foi lá para fazer o molde de um assento, pois a montadora japonesa – que deve continuar no WEC para a Super Season de 2018/19 (embora ainda não tenha confirmado oficialmente) – quer oferecer a Fernando um teste prévio com seu protótipo TS050 Hybrid LMP1, possivelmente no Bahrein, após o encerramento da temporada 2017, nos moldes do que a Porsche fez com Juan Pablo Montoya há algum tempo atrás.
O mútuo interesse pode ser a abertura de uma porta para que Alonso faça sua estreia na clássica prova da França. Nenhum dos chefões, a.k.a. Pascal Vasselon e Rob Leupen, confirma que os japoneses começaram a cortejar Alonso. Mas também ninguém desmente…
Ontem, no Fox Nitro, falei que essa possibilidade existia. Sem saber, tanto quanto a fonte para este post, que antes de vir para a disputa do GP do Brasil de Fórmula 1, em Interlagos, neste fim de semana, Alonso esteve ontem fazendo uma escala na Alemanha.
Querem saber? Estou torcendo – e muito – para que isso aconteça.
O périplo de Fernando Alonso fora da F-1 remete a tempos remotos do automobilismo, e é absolutamente fantástico para quem gosta do esporte a motor (que é infinitamente maior que a F-1)..
Quem sabe, algum dia, aproveitando o recorde estabelecido no último sábado, a Koenigsegg não prepara um Agera RS para o espanhol?
https://www.youtube.com/watch?v=KD82XB7t8Xo
Nesse caso, a McLaren ficaria ciumenta.
Alonso foi espetacular na Indy 500 neste ano e tenho comigo que venceria se o motor Honda não tivesse sucumbido na segunda metade da prova…se a Toyota espantar a zica que a assola em Sarthe, creio que ambos (ele e a equipe) alcançam o feito. Ficarei na torcida.
Rodrigo, sabendo que a Toyota não terá adversários reais no WEC, queria que falasse algo sobre o peso de uma suposta vitória do espanhol. Tô achando que só uma catástrofe tira a vitória da Toyota e que, por esse motivo, talvez essa vitória seja a mais previsível de todas.
Só um lembrete: não existe “vitória previsível” em Le Mans.
Tenho certeza que me fiz entender.
Sim, mas cabe o esclarecimento. Nenhuma vitória, por mais que seja de um favorito, é previsível. Sempre numa corrida de 24 Horas há os componentes que podem atrapalhar.
Pergunte sobre previsibilidade ao pessoal que perdeu ano passado nos últimos 5 minutos. . .
Rodrigo,
Com o azar que a Toyota tem em Le Mans, acho melhor ele tentar estas novas Ginetas que vão correr de P1.´É mais garantido. rs