No money, no Montreal

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A decisão da temporada 2017/18 da Fórmula E não será mais em Montreal. A prefeitura alega “fiasco financeiro” para não autorizar a corrida que encerraria a quarta temporada dos carros elétricos

RIO DE JANEIRO – O ano de 2017 termina de forma um tanto quanto complicada para a Fórmula E. Além do imbroglio envolvendo a etapa brasileira em São Paulo, agora a categoria dos carros elétricos perde a sede da rodada dupla final da terceira temporada e também da que começou há poucas semanas em Hong Kong. Montreal bateu em retirada e disse “bye bye, so long, farewell”, ao estilo Guilherme Arantes.

O ePrix decisivo da temporada 2016/17, que foi lá realizado, teve um custo de US$ 24 milhões. Esse custo seria diluído durante os próximos seis anos, mas a prefeitura da cidade canadense qualificou o evento como um “fiasco financeiro”. Recém-eleita para administrar Montreal após derrotar o rival político e ex-alcaide Denis Coderre, Valerie Plante anunciou hoje o cancelamento do evento que fecharia a temporada 2017/18, no ano que vem.

“Os administradores da Fórmula E me disseram que não dava para nos dar um ano porque tinham que dar respostas aos acionistas. Eu disse que tenho que dar explicações para o povo de Montreal. É o limite que nós damos: a FE não voltará a Montreal sob estas condições. Precisamos atender os anseios da população”, disse.

Sem um plano B na manga, pelo menos por enquanto, a Formula E Holdings LLC se vê às voltas com mais um pepino para administrar. A priori, o calendário fica reduzido a 12 corridas, com Nova York sediando a última etapa em regime de rodada dupla. Se Alejandro Agag e seus blue caps quiserem mesmo manter um número máximo de 14 provas, terão que ser rápidos no gatilho e conseguir uma nova sede para o lugar antes ocupado por Montreal.

Comentários

  • Rodrigo,

    Esta categoria me parece ter um ótimo futuro à frente, atraindo o interesse de várias montadoras. Sendo assim gostaria de saber porque ela não corre em autódromos e
    fica dependendo da montagem destes circuitos de rua.

    Márcio

    • Acredito que a própria direção da categoria sabe que se corresse em autódromos a sensação para o público seria a pior possível em termos de lentidão. A pista de rua minimiza esse conceito, essa deficiência.

      Ontem, na resenha pré-Fox Nitro o Christian Fittipaldi elogiou o conceito da categoria em buscar pistas de rua, mas vendo a primeira prova em Mônaco ele, que correu em Fórmula 1, percebeu nitidamente o quanto os carros são longe de serem velozes.