Novas regras esportivas e técnicas para o WEC

Porsche 919 Hybrid, Porsche LMP Team: Neel Jani, Andre Lotterer, Nick Tandy
Mundial de Endurance terá, a partir de 2018/19, um campeonato de equipes em substituição à competição de Construtores na LMP1; competição também apresenta mudanças técnicas e esportivas, com nova pontuação e equivalência de performance entre os protótipos da classe principal

RIO DE JANEIRO – A última reunião do Conselho Mundial da FIA em 2017, em Paris, ratificou as novas regras esportivas e técnicas que entrarão em vigor na próxima temporada do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC).

Com a Toyota sobrando como única equipe oficial de fábrica na LMP1, o Mundial de Construtores da divisão principal da competição foi modificado e se transforma em Mundial de Equipes. Nada mais justo: valoriza os times independentes, lembrando que Manor, DragonSpeed, SMP Racing e ByKolles pelo menos já estão garantidas e até fevereiro, mais uma ou duas escuderias podem ser confirmadas.

Desse modo, os protótipos híbridos e não-híbridos competirão juntos, com o mais bem colocado de cada equipe pontuando para o Mundial de Equipes. E uma série de propostas foram apresentadas para homogeneizar o desempenho dos LMP1 e fazer com que as performances sejam equalizadas. O objetivo da FIA e do ACO é atrair novas montadoras e reduzir os custos. Tanto que as regras valerão por três temporadas consecutivas – 2018/19, 2019/20 e 2020/21.

A taxa de inscrição para a classe principal é de € 310 mil, equivalente a pouco mais de R$ 1,18 milhão.

De resto, os demais troféus seguem como já se conhecia: os Mundiais de Pilotos de Esporte-Protótipo e Grã-Turismo, o FIA Endurance Trophy para os pilotos de LMP2 e também de LMGTE-AM, assim como o Mundial de Construtores de Grã-Turismo.

Haverá também um novo sistema de pontuação para as provas mais longas da Super Season 2018/19. As duas edições das 24 Horas de Le Mans têm 50% de pontos a mais em relação a uma corrida normal de seis horas do calendário. Dessa forma, o vencedor em cada uma das corridas levará 38 pontos – podendo chegar a 39 pontos por conta do ponto extra da pole position, que seguirá igual.

A pontuação em Le Mans passará a ser esta: 1º colocado – 38 pontos; 2º colocado – 27; 3º colocado – 23; 4º colocado – 18; 5º colocado – 15; 6º colocado – 12; 7º colocado – 9; 8º colocado – 6; 9º colocado – 3; 10º colocado – 2 ponto; Demais posições – 1 ponto.

Nas 1500 Milhas de Sebring, o cálculo será de 25% a mais em relação à pontuação normal. Assim sendo, o vencedor na prova da Flórida fará jus a 32 pontos – máximo de 33 pontos com a conquista do ponto extra da pole.

Sistema em Sebring: 1º colocado – 32 pontos; 2º colocado – 23; 3º colocado – 19; 4º colocado – 15; 5º colocado – 13; 6º colocado – 10; 7º colocado – 8; 8º colocado – 5; 9º colocado – 3; 10º colocado – 2; Demais posições – 1.

Será um campeonato em que além do equipamento de precisão dentro da pista (o conjunto piloto + carro), haverá outro a fazer parte da festa: a calculadora.

Uma outra mudança bastante importante diz respeito às paradas para reabastecimento: trocas de pneus simultâneas à reposição de combustível passam oficialmente a ser permitidas no WEC a partir do próximo campeonato, assim como a checagem dos freios e a limpeza das carrocerias dos Protótipos e Grã-Turismo que participarão do Mundial de Endurance. Assim, teremos pit stops mais ágeis em 2018/19.

No entanto, segue valendo a regra que limita o uso de sets de pneus para cada uma das categorias da competição, isto nas provas com duração de 6 horas. A LMP1 segue com quatro sets de pneus autorizados para classificação + corrida, assim como a LMP2 e a LMGTE-PRO. A única com relativa benesse é a LMGTE-AM, com seis sets de pneus permitidos. Nas classes de Grã-Turismo, os fabricantes podem indicar três tipos de composto (macio, médio e duro), com dois desses compostos indicados com até duas semanas de antecedência para a corrida inaugural em Spa-Francorchamps, no mês de maio.

Comentários

  • Como se previa, o WEC encontrou nos times independentes a solução contra a “morte” da LMP1, já decretada por muitos, inclusive um piloto ai que não cansa de nos envergonhar…o mesmo que defendeu a gestão atual em SP no episódio do cancelamento da corrida da FE.