Direto do túnel do tempo (389)

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RIO DE JANEIRO – “Zero não é número”.

Com a frase acima, Alain Prost encerrou qualquer tipo de discussão acerca da (im)possibilidade de correr com o número #0 na Fórmula 1 em sua temporada de retorno – 1993 – após um ano “sabático”. Como Nigel Mansell se mudara para a Indy, a FIA impediu que o #1 fosse usado, já que era um privilégio do campeão mundial. Logo, o número #0 foi adotado para aquele ano.

E não pela primeira vez, é bom que se diga.

Jody Scheckter foi o primeiro piloto da história da categoria a usar o #0, o que não lhe era incomum: o sul-africano também andava com o #0 na série Can-Am, a bordo de um Porsche 917/10. Terceiro piloto da McLaren, ele foi inscrito com o mal-amado numeral em duas oportunidades, no GP do Canadá em Mosport e no GP dos EUA, em Watkins Glen.

Sem sucesso, aliás: Jody bateu com François Cévert na última corrida do francês antes de morrer nos treinos do GP dos EUA e teve problemas de suspensão na etapa final do campeonato de 1973.

O que fez de Hill, inclusive, o único piloto a ganhar corridas com o número #0, que – aliás – usaria em duas temporadas já que Prost também não defenderia seu título na temporada de 1994. O filho de Graham venceu nove vezes com o #0 e depois outras 12 com o #5, que lhe deu o campeonato em 1996.

Há 45 anos, direto do túnel do tempo.

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