Le Mans 2018: o que vem por aí…
RIO DE JANEIRO – Na próxima sexta-feira, 9 de fevereiro, o Automobile Club de l’Ouest (ACO) apresenta na França, em conferência de imprensa, os participantes oficiais da Super Season do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), do European Le Mans Series (ELMS) e – last but not least – da cereja do bolo: a 82ª edição das 24 Horas de Le Mans.
Com base no que se desenha para o Mundial, uma vez que todos os participantes desse evento têm direito a entradas automáticas, é que o Comitê de Seleção do ACO começa a trabalhar a relação dos 60 carros titulares que comporão o plantel. Depois disso, vêm as equipes que serão anunciadas segunda-feira próxima como as que receberam – e disseram sim – os convites automáticos de acordo com os critérios dos organizadores e só aí vêm os demais times, por questão de fidelidade aos campeonatos e principalmente às 24 Horas de Le Mans,
As boas notícias são o crescimento do grid da LMP1 com o chamado “grito dos independentes” e a LMGTE-PRO, que só no WEC vai apresentar uma dezena de carros – uma agradável dor de cabeça a Monsieur Richard Mille, novo presidente do Comitê de Endurance da FIA e a Gérard Neveu, CEO do Mundial de Endurance.
Dito isto, vamos ao possível panorama de equipes aptas a ser escolhidas pelo ACO na edição 2018 da clássica prova francesa.
LMP1
A categoria de elite de Le Mans e do Mundial de Endurance, tida por alguns muitos como morta e enterrada, consegue ter um sopro de vida, o que é alentador. Muito contribuiu para isto a permanência da Toyota como única equipe oficial e, se há quem diga que a concorrência será inexistente, Le Mans é imprevisível – principalmente para os japoneses, que JAMAIS venceram o evento e apostam todas as suas fichas ao trazer Fernando Alonso para um punhado de provas de Endurance.
Para já, a previsão é que haja nove carros, mas até a Manor pode surpreender e trazer um segundo Ginetta P60-LT – o que não estava previsto. Mas essa decisão ainda não foi anunciada e, caso aconteça, deve ser para o restante do campeonato a partir das 6h de Silverstone, em agosto.
Por enquanto, trabalhamos com o seguinte:
Toyota Team Gazoo
Toyota TS050 Hybrid – 2 carros
Rebellion Racing
Rebellion R13 (Oreca) Gibson V8 – 2 carros
DragonSpeed
BR LMP1 Gibson V8 – 1 carro
SMP Racing
BR LMP1 AER V6 Biturbo – 2 carros
CEFC Manor TRS
Ginetta P60-LT Mecachrome V6 Turbo – 1 carro
ByKolles
ENSO CLM P1/01 Cosworth Nismo V6 Turbo – 1 carro
LMP2
As equipes que possuem chassis LMP2 viram uma coisa bastante clara na última edição das 24 Horas de Le Mans: na falta de confiabilidade dos protótipos da classe principal, um triunfo eventual na maior prova de longa duração do planeta tornou-se algo bastante factível. Para isso, também contribuiu a mudança do regulamento técnico, permitindo motores com acréscimo de 150 cavalos em relação às unidades multimarca adotadas até o fim de 2016.
Porém, apesar do ótimo ano, a divisão – pelo menos no WEC – se apresenta meio no desvio com a volta da Rebellion à LMP1 e o investimento da Manor num novo projeto. Mas ainda deve haver um pouco de animação e vários programas estão para ser definidos – possivelmente nesta semana. O grosso do plantel da classe deve vir das equipes do ELMS, com a adesão de uma ou duas escuderias da IMSA e as demais do Asian LMS.
A expectativa é de quase 30 pedidos de inscrição para o ACO avaliar. Palpite: 21 serão selecionados, cinco vão para a lista de espera e as demais inscrições serão descartadas. Quais? Não tenho a menor ideia…
O possível panorama é este:
CEFC Manor TRS
Oreca 07 – 1 carro
G-Drive Racing (*)
Oreca 07 – 1 carro
TDS Racing
Oreca 07 – 1 carro
Racing Team Nederland
Dallara P217 – 1 carro
Signatech-Alpine Matmut
Alpine A470 (Oreca 07) – 1 ou 2 carros
Jackie Chan DCR Jota (*)
Oreca 07 – 2 carros
DragonSpeed
Oreca 07 – 1 carro
Graff Racing
Oreca 07 – 1 ou 2 carros
JDC-Miller Motorsports (*)
Oreca 07 – 1 carro
United Autosports (*)
Ligier JS P217 – 1 ou 2 carros
IDEC Sport Racing
Ligier JS P217 – 1 ou 2 carros
Algarve Pro Racing
Ligier JS P217 – 1 carro
Panis-Barthez Competition
Ligier JS P217 – 1 ou 2 carros
Larbre Competition
Ligier JS P217 – 1 carro
Eurasia Motorsport
Ligier JS P217 – 1 carro
Cetilar Villorba Corse
Dallara P217 – 1 carro
High Class Racing
Dallara P217 – 1 carro
AVF by Adrián Valles
Dallara P217 – 1 carro
BAR1 Motorsport
Riley MK30 – 1 carro
BBT
Ligier JS P217 – 1 carro
LMGTE-PRO
Nenhuma dúvida quanto ao que será dito aqui: a LMGTE-PRO será provavelmente a divisão mais espetacular de se assistir no WEC e nas 24 Horas de Le Mans nos últimos tempos. O envolvimento de cinco fabricantes, com a chegada da BMW, atesta a qualidade e a quantidade de carros do plantel, que certamente ganhará o reforço de equipes da IMSA.
O problema para o ACO poderá ser o de equalizar o número de competidores e não deixar as demais classes, com exceção da LMP1, única a ter menos de uma dezena de carros confirmados, muito desequilibradas. Dentro de uma equação de 30 ou 31 protótipos e 30 ou 29 Grã-Turismo, não é impossível que o grid da classe principal dos GTs tenha mesmo 16 participantes em Sarthe. Mas, de repente, vai que dá uma louca nos franceses e eles tiram um Ford e um Porsche da relação?
Difícil, mas não impossível…
As equipes seriam estas:
BMW Team MTEK
BMW M8 GTE – 2 carros
Aston Martin Racing (*)
Aston Martin Vantage GTE (novo modelo) – 2 carros
AF Corse
Ferrari 488 GTE – 2 carros
Ford Chip Ganassi Racing UK
Ford GT EcoBoost – 2 carros
Porsche GT Team
Porsche 911 RSR GTE – 2 carros
Corvette Racing
Chevrolet Corvette C7.R – 2 carros
Ford Chip Ganassi Racing USA
Ford GT EcoBoost – 1 ou 2 carros
Porsche GT Team USA
Porsche 911 RSR GTE – 1 ou 2 carros
LMGTE-AM
Para a subclasse dos bólidos Grã-Turismo onde a maioria da tripulação de três pilotos é composta de graduados prata e bronze, junto a um ouro ou um platina, a novidade é a adoção dos modelos 2017 e a possibilidade de clientes poderem adquirir não só os Ford GT como também o Porsche 911 RSR GTE de motor central-traseiro. A demanda de compra do carro germânico foi absurda: as oito unidades cedidas foram adquiridas.
Aqui o ACO também terá dores de cabeça porque, mesmo com equipes absolutamente fiéis a Le Mans e aos demais certames que elegem carros e equipes para Sarthe, o plantel do WEC deve ter mais escuderias, o que limita a presença de times que têm possibilidade de inscrever chassis mais antigos e dificilmente terão possibilidade de ser vistos no evento, provavelmente compondo a lista de espera para a prova de 2018.
A projeção de momento é esta:
TF Sport (*)
Aston Martin Vantage (modelo 2017) – 1 carro
MR Racing
Ferrari 488 GTE – 1 carro
Spirit of Race WEC
Ferrari 488 GTE – 1 carro
Clearwater Racing
Ferrari 488 GTE – 1 carro
Dempsey Racing-Proton
Porsche 911 RSR GTE (modelo 2017) – 1 carro
Proton Competition
Porsche 911 RSR GTE (modelo 2017) – 1 ou 2 carros
Project 1 Racing
Porsche 911 RSR GTE (modelo 2017) – 1 carro
Gulf Racing UK
Porsche 911 RSR GTE (modelo 2017) – 1 carro
Aston Martin Racing
Aston Martin Vantage GTE (modelo 2017) – 1 carro
Beechdean AMR
Aston Martin Vantage GTE (modelo 2017) – 1 carro
JMW Motorsport (*)
Ferrari 488 GTE – 1 carro
Risi Competizione w/Ben Keating Motorsport (*)
Ferrari 488 GTE – 1 carro
Krohn Racing w/Spirit of Race
Ferrari 488 GTE – 1 carro
Spirit of Race ELMS
Ferrari 488 GTE – 1 carro
Ebimotors (*)
Carro a definir – 1 carro
FIST Team AAI (*)
Ferrari 488 GTE – 1 ou 2 carros
Scuderia Corsa
Ferrari 488 GTE – 1 ou 2 carros
Craft-Bamboo Racing
Porsche 911 RSR GTE – 1 carro
(*) Equipes com entradas automáticas confirmadas ou a confirmar pelo ACO
Rodrigo, este Richard Mille é o suiço, o dono da marca de luxo Richard Mille?
Os Cadillacs da IMSA não participarão? Que pena! Correriam tranquilamente na LMP2.
Vamos por partes:
1 – Sim, o próprio.
2 – Pela enésima vez, os carros do regulamento IMSA não estão enquadrados em nenhum regulamento técnico e desportivo de Le Mans, quanto mais do ACO. Não há uma divisão para eles, mas pode ser que exista conversas para a edição de 2021 ter os DPi integrando a classe LMP1 em Sarthe. Por enquanto, sem chance.
Nao acho que o ACO tiraria qualquer inscrição para a GT-PRO, até pq ela é a unica divisão que agora vale um titulo mundial de construtores para as montadoras que investem forte, a GT-PRO quanto mais carro tiver melhor.
Vendo por esse lado concordo, mas o Mundial não tem as equipes da IMSA, e do jeito que está a coisa, não duvido que haja um corte pra mandar um Ford Ganassi/IMSA e um Porsche/IMSA pra lista de espera.
Aliás, faz falta ter um LMP1 como suplente. Só LMP2 é foda.
http://www.grandepremio.com.br/endurance/noticias/6-horas-de-fuji-pede-antecipacao-de-data-ao-mundial-de-endurance-para-fugir-da-f1-e-receber-alonso
No meu comentário na notícia de Alonso no WEC falei a respeito da troca de data desta etapa. Não desmerecendo o WEC mas reconhecendo a oportunidade de crescimento do mesmo com a visibilidade proporcionada pelo bi campeão. Também para que não aconteça o mesmo que Nicolas Prost que viu os companheiros de bolido campeões.
O peso do filho do Alain é nulo. O do Alonso é enorme dentro do mundo do automobilismo. Isso faz toda a diferença.
Rodrigo, você poderia comentar sobre motores da LPM1 e 2?
Sobre 24 Horas de Le Mans.
Estão pensando em fazer um filme sobre a batalha Ford x Ferrari dos anos 1960.
A direção é de James Mangold, o mesmo de “Logan”
O projeto tem o nome provisório de “Untitled Ford vs. Ferrari Project.”
O roteiro será escrito por Jez e John-Henry Butterworth junto com Mangold.
Mais detalhes:
James Mangold to Direct Ford vs. Ferrari Film as ‘Logan’ Follow-Up (EXCLUSIVE)
http://variety.com/2018/film/news/james-mangold-next-film-ford-ferrari-logan-1202687686/
Faz um “tempinho” que não acompanho a competição… O que aconteceu com os carros tradicionais??? (Audi R18 por exemplo)
Saíram da competição.