Le Mans: definidos os 60 carros para a edição 2018

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RIO DE JANEIRO (Superbe!) – A reboque do anúncio dos times da Super Season do Mundial de Endurance, o Automobile Club de l’Ouest (ACO) confirmou os 60 carros titulares e os suplentes da 86ª edição das 24 Horas de Le Mans, que vão ser disputadas em junho.

Além dos 36 carros titulares do WEC, inscritos em caráter prioritário, foram depois selecionados outros 24 competidores de acordo com os convites automáticos do ACO e os critérios de fidelidade às 24h de Le Mans e aos seus respectivos campeonatos.

Devido a importância da Super Season e principalmente ao aumento exponencial dos competidores no Mundial, os franceses desta vez tiveram uma boa dor de cabeça para equacionar o grid. Tiveram que sacrificar as classes Pro-Am e enfatizar o brilho da LMGTE-PRO (principalmente desta) e da LMP1, que com a chegada de cinco times independentes terá um incremento no grid da principal classe do Endurance.

A LMP1, como já se sabia, terá os mesmos 10 carros do WEC. Nenhuma surpresa nisto. Aos sete LMP2 do Mundial, foram adicionados outros 13 inscritos – a Jackie Chan DCR vai com duas inscrições extras, confirmando dois chassis Ligier JS P217. Resta saber quem fará o running dessas inscrições e, a julgar pelo que se supõe, deve ser a OAK Racing mesmo.

A United Autosports entra em Le Mans com dois bólidos desta vez, enquanto a G-Drive repete a dose do ano passado e terá dois chassis com equipes diferentes: o carro #26 fica sob os cuidados da TDS Racing e o #40 é da Graff. O time de Pascal Rauturier, a rigor, terá dois Oreca 07 na prova, portanto.

Entre os demais times do ELMS, ganharam vagas diretas a Panis-Barthez Competition, a Algarve Pro Racing, os russos da SMP Racing, a italiana Cetilar Villorba Corse e os franceses da IDEC Sport – que ficaram inclusive com um de seus dois Ligier na lista de espera. A Eurasia, concorrente do AsLMS, também conquistou um lugar no plantel de 20 carros desta subdivisão.

Assim, o comitê de seleção do ACO descartou outros seis pedidos de protótipos LMP2, entre eles a equipe de Brian Alder, a ARC Bratislava (que em efeito imediato encerrou seu programa de Protótipos), a Racing Engineering, a KCMG – primeira na lista de espera – e os dinamarqueses da High Class Racing. A JDC-Miller Motorsports declinou do convite automático.

O grid da LMGTE-PRO não é menos do que sensacional. Já impressiona com 10 carros no WEC. Imaginem com a adição de um carro extra da AF Corse e mais três equipes da IMSA – Corvette, Ganassi e Porsche. Será a categoria mais espetacular da próxima edição das 24h de Le Mans, com incríveis dezessete inscritos. Há muito tempo não víamos tanto interesse na divisão quanto desta vez.

E isso acabou pesando na hora de selecionar os times da LMGTE-AM, que tem um ótimo plantel de nove carros no Mundial – sem contar que a Ebimotors e a JMW Motorsport honraram os convites do ACO e disseram “sim” à prova neste ano, assim como Ben Keating, que vai de Ferrari, via Risi Competizione. A fidelíssima Proton Competition se deu bem e garantiu um terceiro Porsche no grid.

Assim, haverá menos carros nesta subclasse em relação a 2018, mas a competitividade deve ser até maior e melhor. Sobraram na lista de reservas a Scuderia Corsa, que a despeito de ter vencido a categoria em 2016, desta vez não tinha outra alternativa senão ficar de fora, além da Spirit of Race com seus dois carros do ELMS, incluindo a inscrição da Krohn Racing.

Quatro brasileiros – Bruno Senna (LMP1), André Negrão e Fernando Rees (LMP2) e Augusto Farfus (LMGTE-PRO) estão confirmados no WEC e nas 24h de Le Mans.

Espera-se que outros mais venham se juntar aos acima citados e à maior prova de longa duração da galáxia, que promete uma edição inesquecível em 2018.

Comentários

  • Cadê a garagem 56? Era um a gás ou elétrico prometido? Não sou contra o carro eletrico, só não entro nesse oba oba da Formula E querendo ser maior que F1. Se um carro elétrico for fazer as 24 LM vai ser 4hrs de pista e 20 de tomada. A realidade da tecnologia de hoje é o híbrido, que uma empresa poderia fornecer um pacote padrão para os time independentes.

  • Grid excelente, ja estavam rolando boatos da Manor alinhar 2 Ginettas e foi uma otima noticia, a GTPro tem tudo pra ser sensacional, sempre é a categoria mais parelha e com 17 carros vai ser uma loucura.

    No mais só achei um exagero dar 4 carros pra Jackie Chan na lmp2… equipes como a KCMG que ja ganhou e a High Class que fez boa temporada no Elms podiam ocupar 2 dessas vagas, aumentando o numero de Dallaras.

    • Fernando, eu concordo com você. Acho que a Jackie Chan devia ficar apenas com as duas vagas do WEC.

      Sacanagem das grandes com a High Class, que fez um grande campeonato em 2017. E com a KCMG, que já ganhou a prova na LMP2.

      Mas é aquilo… o WEC também tem seu mérito em ter conseguido reunir um bom grid para 2018/19.

  • No fim o ACO soube contornar uma situação que tinha tudo para ser um desastre na LMP1 com dúvida até mesmo sobre a permanência da Toyota para algo até mesmo interessante de acompanhar com 10 carros na mesma classe e inclusive com um equilíbrio que antes não existia. Sobre os carros elétricos citados acima, eu pergunto: e a energia elétrica vem de onde? Porque de algum lugar ela tem de vir, não necessariamente um carro elétrico tem uma pegada ecológica mais limpa, tem que saber de onde vem a energia utilizada por ele.

  • Mattar, depois da grande transmissão do ano passado e das 24h de Daytona teremos uma concorrência enorme este ano com a Copa e a estreia do Brasil 5 horas após a bandeira quadriculada. Tomara que sejamos surpreendidos positivamente pelo Fox Sports.

    Esta coincidência me leva a sugerir um post do tipo tunel do tempo ACO 24h Le Mans vs FIFA World Cup.
    Abcs

  • To com passagem comprada, hotel reservado e pago (!) a 35 km de LM, carro reservado….e a grana pra viagem já ta separada, na mão da minha mulher (assim eu não corro o risco de gastar em outra coisa…)
    Minha intenção é estar lá na sexta durante o dia, sábado até umas 2 horas depois de escurecer, e voltar domingo, pra assistir as ultimas 3-4 horas. Minha mulher vai comigo, e seria pedir demais para ela passar a noite inteira no autodromo… (nós já estamos na faixa dos 64-65). Se não houver nenhum contratempo, nenhum imprevisto (a nossa saude não anda lá essa Coca Cola toda…ficar velho é foda), estaremos lá.
    Nosso programa é de 15 dias na França, sendo 4 em LM

    Só pra registrar, os hoteis em LM estavam, já em dezembro, por cerca de 550 euros por noite o casal, para padrão Ibis. Padrão um pouquinho melhor (nada de super luxo) tava 1100 euros a diaria de casal. Eu fiquei 35 fora, numa pousadinha (aparentemente) com todo conforto, por 100 euros por noite, café da manhã e estacionamento inclusos, porém com minimo de 5 noites, pagos adiantados ! Vou ter de guiar a Giulietta 2.0 JTDM (diesel), automatica, de 170 HP (a opção, caso não tenha na hora, é um BMW 120D, mas pedi a Giulietta), por cerca de 80-100 km por dia, ida e volta. Só que, pra mim, isso será um prazer mais. Não vejo a hora de junho chegar !!!!!

    • É impressionante como a cada dia hospedar-se em Sarthe ou próximo está ficando cada vez mais caro.

      Definitivamente vou ter que me programar pra ir ao vivo em 2019, na última etapa da Super Season.

  • Não dá para não destacar, principalmente, a LMGTE-Pro…vai ser mais que sensacional. E se o ACO não fizer um BoP que penalize demais alguns, como ano passado, quando simplesmente “vetaram” o duelo Ferrari x Ford impedindo ambos de brigar com Corvette e Aston, teremos talvez pelo menos um carro de todas as marcar brigando pela vitória. Na LMP2, talvez possamos ter surpresas também, porque os carros com chassis Dallara mostraram potencial e este ano estarão mais desenvolvidos.

    • Pena pra Dallara é que falta uma equipe de ponta com esse chassis. Talvez a SMP seria essa equipe mas provavelmente eles vão estar mais focados na LMP1 e devem ter uma equipe de pilotos mais fraca na P2, enfim queria ver a KCMG com esse carro, estou torcendo pra uma desistencia pra ve se eles entram, apesar de pouquissimo provável.

  • O campeonato nem começou e ACO e WEC já deram um tiro no pé com a declaração que irão punir as equipes privadas que apresentarem melhor desempenho que os LMP1-H da Toyota. Não adianta ter mais de 10 carros na LMP1 se somente uma equipe poderá ganhar.
    O campeonato vai se salvar nos LMGTE, e Le Mans já está maculada no geral, aonde só vencerá um não Toyota se todos os niponicos quebrarem.
    A Toyota vai conseguir sua almejada vitória ou por ser a única equipe de montadora ou por “força de lei”.
    Quem nasceu para ser Toyota nunca será Porsche.

  • Olá Rodrigo
    A PORSCHE vai disputar LE MANS 2018?
    Pablo Montoya seria o piloto capaz de tirar a tríplice coroa de Graham Hill.
    A MERCEDES e FERRARI tem intenção de voltar para LE MANS?
    Quais pilotos Brasileiro vão disputar LE MANS 2018?
    A FOX vai transmitir a prova este ano?
    Abraço e parabéns pelo seu trabalho

    Angelo de BH

  • Salve Rodrigo
    A LPM1 este ano em LE MANS não terá 0 919 da PORSCHE, vi algo que apesar da aposentadoria em 2017 ainda correria na WEC em 2018 . Será que a PORSCHE não vai tentar a 20ª vitoria, a marca Alemã ja ficou for de LE MANS na categoria principal ?

    • Rodrigo,

      Existe ainda esta historia da tríplice coroa ou ninguém quer saber mais disto
      Eu acho que o Montoya é o único piloto que pode tirar este titulo de Graham Hill.

      • Desde que o Montoya ande de LMP1 ou então a equipe dele ganhe na geral com um LMP2 neste ano.

    • Não, a Porsche não correrá com o 919 Hybrid. Fará apenas demonstrações com um carro modificado para quebrar alguns recordes.