Endurance Brasil: vitória do Huracán na estreia

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RIO DE JANEIRO – A prova de abertura do Endurance Brasil na temporada 2018 correspondeu às expectativas. Além das disputas entre os 30 carros que largaram, por cinco categorias diferentes, houve os Safety Car costumeiros e até a chuva deu o ar da graça em seu final no Autódromo Internacional de Curitiba.

A corrida prevista para 500 km ou máximo de 4 horas terminou, mesmo com as intervenções do carro de segurança e com a pista molhada, com 140 voltas percorridas e pouco mais de 3h40min. E o Lamborghini Huracán da equipe Via Itália estreou triunfante, com Chico Longo e Daniel Serra se revezando na pilotagem.

Mas não foi fácil. Por conta do revezamento previsto e das três janelas obrigatórias de box, muita coisa aconteceu. Longo não tem o mesmo ritmo de Serrinha e, além do mais, estava há algum tempo parado, fora das pistas. Por isso, não forçou muito no início, andando em 6º lugar.

A liderança foi revezada nas primeiras voltas entre o Porsche 911 GT3-R guiado por Ricardo Maurício e pelo AJR #88 com Vicente Orige, que largara da pole position. Mas os novos protótipos construídos por Juliano Moro tiveram problemas. O #26 queimou a largada e depois teve problemas técnicos. O #117 desistiu com pane elétrica. E o próprio #88 também enfrentou dificuldades, que incluíram a quebra da asa traseira e também um princípio de incêndio.

Assim que assumiu o Lambo, Daniel Serra fez a melhor volta em 1’15″323 e liderou a corrida por dois períodos. No último, a chuva “chegou chegando” em Curitiba e houve a necessidade de várias entradas do Safety Car, por conta também de rodadas. Depois que a situação deu uma estabilizada, Serra/Longo venceram com uma volta de vantagem para o Porsche de Ricardo Maurício/Marcel Visconde e duas para a Mercedes-AMG GT3 de Xandy e Xandinho Negrão.

Com os protótipos AJR caindo fora um por um, a vitória na classe P1, após uma corrida de recuperação em virtude de uma parada prematura nos boxes, foi do MC Tubarão de Tiel Andrade/Júlio Martini, que fecharam em 4º lugar na geral. O MCR Grand-Am com motor Lamborghini ficou em segundo na categoria, enquanto o valente protótipo da Satti Racing guiado por Ian Jepsen Ely/Daniel Claudino foi o terceiro – e sexto colocado na geral.

Numa corrida marcada por muitos abandonos, destaque para o 8º posto de Gustavo e Rafael Simon, que ganharam absolutos na classe P3, à frente da BMW de Sérgio e Guilherme Ribas – vencedores da GT4 – e do Tornado Hayabusa de Cali Crestani/Fernando Stédile, que fechou o top 10 e levou na P2.

A destacar também a estreia do Audi RS3 LMS TCR de Henry Visconde/Carlinhos de Andrade: o carro chegou na manhã da prova ao circuito, vindo do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, depois de um tumultuado desenlace das questões burocráticas de importação. O carro fez a tomada de tempo e foi direto pra corrida, conquistando um interessante 12º lugar na geral.

A próxima etapa será em 30 de junho, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos.

Resultado final da 1ª etapa do Endurance Brasil:

1. #19 Chico Longo/Daniel Serra
Lamborghini Huracán GT3 – classe GT3
140 voltas em 3h40min15seg058

2. #70 Marcel Visconde/Ricardo Maurício
Porsche 911 GT3-R – classe GT3
a 1 volta

3. #9 Xandy Negrão/Xandinho Negrão
Mercedes-AMG GT3 – classe GT3
a 2 voltas

4. #5 Tiel Andrade/Júlio Martini
Protótipo MC Tubarão Ford Duratec Turbo – classe P1
a 6 voltas

5. #18 Fernando Poeta/Beto Giacomello/Cláudio Ricci
MCR Grand-Am Lamborghini V10 – classe P1
a 7 voltas

6. #71 Ian Jepsen Ely/Daniel Claudino
Protótipo MCR Volkswagen Turbo – classe P1
a 8 voltas

7. #65 Nílson Ribeiro/José Roberto Ribeiro
Protótipo MRX Ford Duratec – classe P1
a 12 voltas

8. #56 Rafael Simon/Gustavo Simon
Protótipo MRX Volkswagen – classe P3
a 12 voltas

9. #63 Sérgio Ribas/Guilherme Ribas
BMW M3 GTR – classe GT4
a 18 voltas

10. #3 Cali Crestani/Fernando Stédile
Protótipo Tornado III Hayabusa – classe P2
a 19 voltas

Comentários

  • Rodrigo..uma pergunta..
    A categoria P-1.. Na qual carros feitos no Brasil… nessa classe tem uma Lamborghni V~10….Pergunta.. dessa forma os carros feitos no Brasil podem entrar no Mundial dessa classe nas pistas Europeias?…

    • Não é uma Lamborghini e sim um protótipo nacional construído com motor e câmbio do carro italiano.
      Não temos nenhum carro em condição de participar do Mundial, uma vez que eles não atendem aos requisitos técnicos de nenhuma das classes, principalmente na LMP1. Na LMP2, nenhum poderia mesmo, já que a lista de carros é restrita a quatro construtores e todo mundo usa o mesmo motor e a mesma centralina eletrônica.

  • Lamentável a situação para o público no Autódromo de Curitiba. Acontece que desde a última etapa do Paranaense de Velocidade/Sprint Race em dezembro de 2017, as arquibancadas NÃO ESTÃO SENDO LIBERADAS PARA O PÚBLICO (não me perguntem o motivo, mas ouvi algo sobre a organização dos eventos não pagarem ou não se interessarem em pagar o aluguel do espaço). O único espaço que sobrou são os “camarotes” em cima dos boxes ( ao preço de R$ 50,00 Cabrais nessa etapa do Endurance, preço que não reclamara de pagar se fosse nas arquibancadas).
    Mas ressalto uns pontos desses “camarotes”:
    -> Não possuem nenhum conforto, nem ao menos uma cadeira para sentar (na etapa do Paranaense estavam todas TRANCADAS no camarote da “diretoria”.
    -> Mesmo se sentasse, nada veria, pois ficaria na altura de uma grade.
    -> A visão é limitada da reta, no grid. Ponto “morno”. Perde-se “S” do final da reta, a “Junção”, o “Pinheirinho” e o “S” de alta. Pontos de emoção da pista.
    Caso se interessasse tentar ver algo desses pontos, deveria se espremer em uma escada de acesso ao box, lugar ocupado por mecânicos e “spoters” que ficam passando instruções via rádio aos pilotos… lamentável.
    Ok, sei que é uma pista particular e os donos alugam se quiserem, ou os promotores alugam se interessarem, mas infelizmente, o automobilismo em Curitiba (salvo a Stock Car) se tornou um “evento particular” de pilotos, equipes, patrocinadores e seus familiares…