Patrese de volta, 10 anos depois

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“Respeitem meus cabelos brancos”: aos 64 anos, Riccardo Patrese voltará às pistas nas 24h de Spa-Francorchamps, pilotando um Honda oficial de fábrica na tradicional prova do Blancpain Endurance Series

RIO DE JANEIRO (Velhos são os trapos!) – Uma década após o fim da Grand Prix Masters, aquela competição em que veteranos (lembram?) disputaram algumas provas, Riccardo Patrese surpreende e anuncia seu retorno às pistas.

Aos 64 anos, o italiano foi confirmado nesta terça-feira na tripulação do Honda NSX GT3 que foi inscrito para a corrida de 24h de Spa-Francorchamps, que será realizada no último fim de semana de julho. “Riccardino” dividirá o cockpit com o local Bertrand Baguette – piloto da marca no Super GT, com o argentino Estebán Guerrieri – que guia um Honda no WTCR, e também com Loïc Depailler, filho de um antigo rival de Patrese na Fórmula 1, Patrick Depailler. O francês hoje atua como jornalista.

“Spa-Francorchamps é, há muito tempo, um dos meus circuitos preferidos, mesmo se não corro lá há 25 anos. Por isso não pude dizer que não quando me foi proposto guiar um carro tão excitante como o NSX GT3 da Castrol Honda Racing. O carro porta-se bem, quer nos setores de alta velocidade quer nos mais lentos. Não passei muito tempo ao volante e tenho de reaprender as coisas a cada vez que faço uma nova volta. Mas estou impaciente por fazer a corrida”, confessou o veterano piloto italiano, que retorna com a graduação bronze por conta da idade avançada.

O carro com o numeral #30 estará na divisão Pro-Am Cup. E o retorno de Patrese promove também o reencontro do antigo recordista de participações na Fórmula 1 com o (ainda hoje) atual: é que Riccardo, que fez 256 corridas na categoria máxima entre 1977 e 1993, terá como adversário o brasileiro Rubens Barrichello, dono de 323 participações.

Patrese faz parte de um seleto rol, já que somente oito pilotos – além dele – têm mais de 250 GPs disputados. O veteranaço é o sétimo de uma lista em que foi também superado por Michael Schumacher (307 GPs), Jenson Button (306), Fernando Alonso (301, ainda em atividade), Kimi Räikkönen (281, também em atividade) e Felipe Massa (269).

Desde já, fica a torcida para que “Riccardino” consiga levar junto a seus colegas de pilotagem o Honda NSX GT3 #30 até o final da prova da Bélgica. Experiência ele possui, de sobra. E Patrese não tem ficado longe das pistas, não: ele vem acompanhando a carreira de um de seus filhos – Lorenzo já corre com o capacete com o desenho característico do pai – sem contar que vem participando de eventos de carros históricos ao longo de 2018, tendo andado no Brabham BT49 de sua vitória em Mônaco (1982) e também no protótipo Lancia-Martini de Grupo C, da mesma época.

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