Em família: vitória dos Negrão no Endurance Brasil

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A quadriculada da vitória para a Mercedes-AMG de Xandy e Xandinho Negrão no oportuno registro de Bruno Terena

MOGI-GUAÇU – A quarta etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance teve um novo vencedor na classificação geral – o terceiro em 2018. Depois do Lamborghini Huracán e do protótipo AJR Chevrolet V8, foi a vez da Mercedes-AMG GT3 de Xandy e Xandinho Negrão ditar a lei nas 4h de Mogi-Guaçu, disputadas num sábado de muito sol e calor abrasador no circuito do Velo Città.

Xandy teve a felicidade de largar bem e conseguir ganhar posições em meio ao tráfego, superando os AJR que foram dominantes nos treinos classificatórios. Não obstante, o #65 de Nílson e José Roberto Ribeiro logo teve problemas e os outros carros fabricados por Juliano Moro ficaram para trás pelos mais variados motivos.

E não só eles: a corrida foi difícil por conta das condições da pista – o traçado de 3,493 km de extensão do Velo Città é travado e extremamente técnico e exigente. E com o calor, os problemas de freios e falhas mecânicas aumentaram de forma exponencial. Largaram 28 carros e tivemos um total de nove abandonos ao longo das quatro horas de disputa.

Mais resistentes, os modelos GT3 se saíram melhor e o primeiro turno de Xandy foi decisivo para que o carro #9 posteriormente guiado por Xandinho Negrão dominasse a disputa quase que em sua totalidade. Foram 147 voltas completadas com quase 18 segundos de vantagem para Marcel Visconde/Ricardo Maurício, que terminaram em segundo na categoria e na geral.

A terceira posição foi do AJR de Carlos Kray e Vicente Orige, o único protótipo que ainda conseguiu lutar pela ponta e saiu da corrida com a vitória na classe P1 e a melhor volta da disputa – 1’25″713, na volta 44.

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Corrida difícil pra quase todo mundo num sábado muito quente em Mogi-Guaçu: nove carros não receberam a quadriculada, de 28 que largaram

O quarteto formado por Fernando Ohashi/Fernando Fortes/Henrique Assunção/Emílio Padron esteve em dose dupla no top 5 da disputa. Não só chegaram em quarto na geral e segundo na P1 como faturaram a disputa na P2 com o MRX Cosworth #75, quinto colocado ao fim da corrida. Sérgio e Guilherme Ribas estrearam o Aston Martin V12 Vantage GT3 com um ótimo sexto lugar.

Nas demais classes, Sérgio Pistilli/Denísio Casarini Fº ganharam entre os protótipos P3 ao chegar em 7º lugar e o “malvado” Dodge Challenger de André Carrillo/Rodrigo Corbisier ainda venceu na GT4 e foi o 13º na geral, à frente do Lamborghini Huracán de Marcos Gomes/Chico Longo, que perdeu várias voltas nos boxes por conta de uma quebra de suspensão após um contato entre Marquinhos e o protótipo AJR então guiado por Vicente Orige.

A 5ª etapa da temporada será em 29 de setembro, no circuito gaúcho de Santa Cruz do Sul.

Resultado final das 4h de Mogi-Guaçu:

1. #9 Xandy Negrão/Xandinho Negrão
Mercedes-AMG GT3 – categoria GT3
147 voltas em 3h59min38seg069

2. #70 Marcel Visconde/Ricardo Maurício
Porsche 911 GT3-R – categoria GT3
a 17seg981

3. #88 Carlos Kray/Vicente Orige
Protótipo AJR Chevrolet V8 – categoria P1
a 1min27seg791

4. #117 Fernando Fortes/Fernando Ohashi/Henrique Assunção/Emílio Padron
Protótipo AJR Chevrolet V8 – categoria P1
a 7 voltas

5. #75 Henrique Assunção/Fernando Fortes/Emílio Padron/Fernando Ohashi
Protótipo MRX Cosworth – categoria P2
a 9 voltas

6. #63 Sérgio Ribas/Guilherme Ribas
Aston Martin V12 Vantage – categoria GT3
a 9 voltas

7. #151 Sérgio Pistilli/Denísio Casarini Fº
Protótipo Spyder VW – categoria P3
a 10 voltas

8. #32 Mauro Kern/Paulo Sousa
Protótipo MRX Tubarão Ford Duratec – categoria P2
a 11 voltas

9. #56 Rafael Simon/Gustavo Simon
Protótipo MRX VW – categoria P3
a 11 voltas

10. #226 Luciano Borghesi/Mário Marcondes/Paulo Totaro
Protótipo Spyder VW – categoria P3
a 15 voltas

Comentários

  • Excelente a corrida em Mogi-Guaçu, que foi um claro indicativo que os protos nacionais ainda precisam trabalhar na confiabilidade para ficar definitivamente à frente dos GT3.

    Um ponto que tem chamado a atenção após a entrada dos AJR, e a chegada dos novos carros na GT3, é a aparente necessidade da turma que corre de MRX e MCR na classe P1 revisar a motorização, pois a diferença para os primeiros cresceu a olhos vistos.

    A transmissão da prova via Youtube, como de costume, foi um show à parte.

    Que venha a próxima !!!