Audi e Vautier são campeões do Intercontinental GT Challenge

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Momento da bandeira quadriculada para o Team Land, que com o triunfo nas 8h da Califórnia colaborou para o tricampeonato da Audi no IGTC

RIO DE JANEIRO – Fim de temporada no Intercontinental GT Challenge com a disputa das 8h da Califórnia, realizadas no tradicional circuito de Laguna Seca. E como tem sido constante nas provas de Grã-Turismo, a Audi riu por último: o Team Land, com suporte da fábrica de Ingolstadt, venceu a corrida de encerramento da temporada 2018 e com o 1-2 do modelo R8 LMS, os quatrargólicos festejaram o título da competição entre os fabricantes – o terceiro consecutivo.

Mas havia ainda a disputa entre os pilotos. E Raffaele Marciello, um dos favoritos, não conseguiu encerrar a temporada com mais um título – teria sido inclusive o quarto, já que triunfara no Blancpain GT (Sprint, Endurance e Overall). A taça de campeão entre os pilotos foi parar nas mãos do francês Tristan Vautier, cuja versatilidade e competência ao volante jamais foi posta em dúvida.

A trinca do carro #29 guiado por Kelvin Van der Linde/Christopher Mies/Christopher Haase soube driblar os problemas decorrentes de uma punição e, com uma estratégia vitoriosa, cruzou a linha de chegada completando 306 voltas pelo circuito de 3,601 km de extensão, com 5″337 de vantagem para o carro de Robin Frijns/Dries Vanthoor/Markus Winkelhock.

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Kenny Habul (macacão azul) e Tristan Vautier foram os campeões de pilotos em 2018. O australiano levou a taça entre os gentleman drivers. O francês pontuou em todas as provas – menos a última – junto ao também favorito Raffaele Marciello

O terceiro posto em parceria com Maxi Bühk e Maro Engel foi o suficente para Tristan Vautier bater seus adversários e chegar ao título do IGTC, somando 73 pontos. Uma punição de 30 segundos por desrespeito a uma indicação de drive through, além de duas voltas perdidas ao longo da disputa graças a uma saída de pista, foram o suficiente para Raffaele Marciello perder as chances de ganhar a série.

Com o trio formado por Romain Dumas/Fred Makowiecki/Dirk Werner, a Wright Motorsports salvou um bom 4º posto, numa prova amplamente dominada pelos modelos de construtores alemães. Um terceiro Audi fechou o top 5 – esse carro também sofreu um pênalti porque um dos pilotos cumpriu mais minutos do que o turno de pilotagem pré-determinava pelo regulamento.

A 8ª colocação deu ao trio Felipe Fraga/Nick Leventis/Davide Fumanelli a vitória na divisão Pro-Am, com o Mercedes-AMG GT3 da Strakka Racing. O título entre os pilotos bronze, porém, já estava definido desde antes da prova da Califórnia. O australiano Kenny Habul só confirmou o feito, mesmo terminando a 87 voltas dos vencedores.

Outro brasileiro que disputou as 8h da Califórnia foi Rodrigo Baptista, com Álvaro Parente e Bryan Sellers, no modelo antigo da Bentley. Mas a trinca da K-PAX Racing não conseguiu ir além do 11º lugar, após completar 302 voltas.

A corrida deste domingo teve também um plantel bem fornido de modelos GT4, cuja presença na pista até deu um pouco mais de “molho” nas negociações com eles e os carros mais rápidos. Cinco marcas diferentes terminaram no top 5 desta categoria, com vitória do #626 da Rearden Racing, um Audi R8 LMS GT4 guiado por Vesko Kozarov/Max Faulkner/David Roberts, que completou 281 giros.

Em 2º na classe fechou a TRG com um Porsche Cayman Clubsport, seguida pela Murillo Racing – que liderou grande parte da corrida e uma de suas Mercedes-AMG GT4. O Ginetta da Ian Lacy Racing ficou com o quarto lugar e em quinto completou a Stephen Cameron Racing e sua BMW M4 GT4.

A US RaceTronics se apresentou com um Lamborghini Super Trofeo e fez um bom papel, terminando a corrida em 14º lugar. Já a Bryan Herta Autosport, que inscrevera os dois modelos TCR presentes nas 8h da Califórnia, viu pelo menos o carro do patrão e de seu filho, Colton Herta, chegar ao final em 21º na geral, uma vez que o outro carro teve um colapso na suspensão com cerca de três horas de disputa.

O índice técnico da corrida foi considerado muito bom. Dos 32 carros que largaram, somente seis não viram a quadriculada. Dois desses foram considerados classificados porque completaram um número de voltas suficiente para ganhar classificação.

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