Despedida da Mercedes e taça para Paffett no DTM
RIO DE JANEIRO (Que volte logo!) – O DTM despediu-se neste fim de semana, com casa cheia no circuito alemão de Höckenheim, de um ícone da competição germânica. A Mercedes-Benz fez sua última aparição na categoria que ela ajudou a levantar quando ressurgiu no início da última década, após ser ferida de morte quando a FIA – sempre ela – criou o ITC e depois o extinguiu. A estrela de três pontas sai da categoria de turismo para a ABB FIA Fórmula E.
E a prova derradeira (espera-se que a marca de Stuttgart inclusive não demore a voltar) foi em grande estilo, pois a montadora fez do experiente Gary Paffett campeão novamente. E o piloto também despede-se da categoria rumo ao certame dos carros elétricos, já que defenderá a HWA Racelab na temporada 2018/19 que se inicia no dia 15 de dezembro, na Arábia Saudita.
O campeão do ano passado René Rast deixou seu nome marcado na história da categoria: o alemão da Audi venceu as duas provas do fim de semana e chegou ao total de seis triunfos consecutivos – um recorde para o piloto de 31 anos, que ainda foi o vice-campeão, a quatro pontos de Paffett, deixando Paul Di Resta no terceiro posto.
Augusto Farfus fechou um ano modesto, de poucos bons resultados e de um solitário pódio em Brands Hatch, com um 7º lugar na prova final da temporada. Fez apenas 56 pontos e ficou em décimo-sexto. Atrás dele, só Loïc Duval e um surpreendente Jamie Green, em seu pior ano da carreira na categoria.
Agora, o DTM inicia uma nova fase. Carros com motores de cilindrada menor (2 litros com turbocompressor) e pelo menos um novo fabricante, a Aston Martin. Aliás, alguém teria me perguntado em uma rede social – não lembro quem e onde – se eu tinha escutado a transmissão brasileira (não vi, desculpem!) em que teriam comentado de sete montadoras na categoria.
Não acredito que seja possível. A ITR já conseguiu a substituta da Mercedes-Benz após muita luta nos bastidores e tem que reformatar a competição com as que lá estarão. No máximo, tentar convencer os fabricantes a alinhar mais carros – e a Audi já tem mais uma equipe confirmada: é a belga WRT, de Vincent Vosse e Yves Weerts, que é nossa conhecida das séries Blancpain.
Acho todavia que haverá a sinergia com os japoneses, só não sei quando e em que nível.
Acompanhe nos vídeos abaixo toda a ação da etapa derradeira de 2018.
Digamos que alguem queira alinhar um NSX GT500 (motor traseiro) no DTM, será permitido?
Mattar… Não ha chance da Mercedes se manter na categoria, com equipes privadas? Sem apoio oficial de fabrica…
Nenhuma. Zero.
O DTM se tornou uma categoria pasteurizada e chata nos últimos anos. Ordens de equipe e cartas marcadas a lá fórmula 1. Uma chatice só. Bem distante das boas disputas dos anos 90 entre Alfa Romeu, Opel, Mercedes e BMW. Se for extinta não fará falta. Até lá Toto Wolf mete o bedelho.
Quanto rancor no comentário…
Nenhum canal de esporte vai transmitir a DTM 2019 tendo um brasileiro de nome nesta categoria?
Não sei. O DTM não é do Fox Sports.