WEC: Toyota “perde” privilégios no EoT para as 6h de Fuji

ogp
Os ajustes dos boletins de equivalência de tecnologia (EoT) não contemplariam a Toyota, mas o TS050 Hybrid “perde” privilégios para a rodada do Japão do WEC

RIO DE JANEIRO – A poucos dias para o início dos treinos para as 6h de Fuji, quarta etapa do FIA WEC, o Comitê de Endurance da FIA surpreende na publicação do novo boletim de Equivalência de Tecnologia (EoT) entre os Toyota TS050 Hybrid e os demais protótipos LMP1 não-oficiais. Pela primeira vez, os carros do construtor japonês, que na teoria venceu todas as provas anteriores e na prática triunfou em Spa-Francorchamps e La Sarthe, vão correr com peso a mais em relação às etapas anteriores.

Na busca de tentar equilibrar a disparidade entre independentes e o único construtor oficial que restou na competição, a FIA determina que os bólidos nipônicos estejam com peso mínimo de 904 kg – vinte e seis quilos a mais que o mínimo determinado pelo regulamento desde o início da temporada, em maio. Os LMP1 não-oficiais de motores aspirados seguem com 818 kg e os turbocomprimidos, como os carros da SMP Racing, têm mínimo de 833 kg.

Essa mudança teve a concordância da Toyota, uma vez que estava pré-determinado que não haveria nenhuma mudança nos ajustes dos protótipos com sistemas híbridos ao longo da Super Season.

E não se trata da única alteração do boletim do EoT: a vantagem de duas voltas por stint em relação aos LMP1 independentes não vai acontecer em Fuji. Os protótipos estarão equalizados no que diz respeito aos turnos de combustível, através do cálculo determinado de consumo de kg/h entre os concorrentes.

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A colher de chá no BoP da LMGTE vai para a BMW desta vez: o modelo M8 GTE terá mais potência e menos peso mínimo na etapa do Japão

Entre os LMGTE, o construtor mais beneficiado pelo BoP das classes de Grã-Turismo é a BMW, que recebe um decréscimo de 20 kg no peso mínimo, além de mais pressão no turbo, ganhando com isso mais potência na faixa mais alta de rotação do motor do carro bávaro, que também terá dois litros a mais de gasolina em seus reservatórios de combustível.

Os Ford GT EcoBoost, em contrapartida, estarão 18 kg mais pesados em relação às 6h de Silverstone, com ligeira redução de potência. Os Porsche 911 RSR GTE terão decréscimo de 0,3 mm no restritor de ar do motor flat 6 cilindros e dois quilos extras de peso mínimo. Tanto Ford quanto Porsche perdem um litro da capacidade de gasolina para a etapa do Japão.

A Aston Martin, claramente beneficiada nas 6h de Silverstone, não tem mudanças nem a favor ou contra, assim como a Ferrari, que conquistou sua primeira vitória na etapa passada.

Na LMGTE-AM, os modelos 911 RSR GTE da geração anterior recebem mais um acréscimo de peso – agora de 10 kg, com o lastro dos bólidos da casa de Weissach chegando a 31 kg extras em comparação à LMGTE-PRO após quatro provas do WEC. O restritor do modelo alemão perde 0,1 mm em relação a Silverstone. E os Aston Martin Vantage da geração anterior terão que lidar com um acréscimo de cinco quilos de peso. As Ferrari 488 GTE não terão mudanças.

Comentários

  • Bom saber que agora se inclinam para uma disputa mais equilibrada entre os LMP1, ainda que a diferença de performance seja grande, mas haverá um jogo de estratégia quanto aos pit stops….vai que, né…
    No caso da LMGTE Pro, acho válido trazer para a briga os Aston Martin e os BMW, pois as outras marcas (Ferrari, Ford e Porsche) já venceram e se estabeleceram na briga pelo caneco…é nesta prova que teremos a participação da Corvette Racing?