Direto do túnel do tempo (424)

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RIO DE JANEIRO – Hoje, 21 de novembro, é o dia do 75º aniversário de um dos mais queridos pilotos da Fórmula 1. Jacques-Henri Laffite, o Jacques Laffite de longeva carreira de 176 GPs disputados entre 1974 e 1986 e cuja história se confunde com a da Ligier, simpática e hoje desaparecida equipe fundada por Oncle Guy nos anos 1970.

Mas Laffite, que chegou à categoria máxima com 30 anos, estreou por uma outra equipe – a única que defenderia além da Ligier: a Williams.

E através do time de Frank Williams, que ainda penava no meio para o fim do pelotão, Jacques – então disputando o Campeonato Europeu de Fórmula 2 com um March BMW 742 da equipe BP Racing France/Ambrozium – foi escalado nas corridas finais do campeonato de 1974 para ser companheiro de equipe do folclórico italiano Arturo Merzario.

A estreia de Jacques foi um tremendo batismo de fogo: GP da Alemanha, em Nürburgring, largando em 21º para abandonar com problemas de suspensão.

Um ano depois, o francês conquistaria seu primeiro pódio lá mesmo no Ring, com um improvável segundo lugar. Foi o primeiro pódio da Williams, cujos carros já levavam o sobrenome de Frank – e não eram mais chamados de ISO-Marlboro, como nos anos anteriores.

Em 1976, Laffite entrou na estreante Ligier, conquistando uma pole position e três pódios. No ano seguinte, aos 33 anos, venceu o GP da Suécia com o Ligier Matra JS7.

Após conquistar o 4º lugar no Mundial de Pilotos por três temporadas seguidas entre 1979 e 1981, o veterano Laffite ainda fez mais uma temporada de Ligier antes de trocar o time francês pela Williams, onde correria por mais duas temporadas. Voltou à Ligier e mesmo perto dos 40 anos, ainda era competitivo. Conseguiu cinco pódios antes do grave acidente na largada do GP da Inglaterra de 1986, que o fez abandonar a carreira aos 42 anos – além de impedir que se tornasse o recordista absoluto de GPs disputados na Fórmula 1. O máximo que Jacques conseguiu foi igualar Graham Hill – a marca seria superada por Riccardo Patrese no GP do Brasil de 1989.

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Foto de 2008, em Interlagos. O blogueiro era mais magro e tinha ainda mais cabelo. Laffite, com quem tirei a foto, mostrou simpatia e indignação quando falamos a ele que Jacarepaguá, a pista em que foi 4º colocado no GP do Brasil de 1983, estava indo por água abaixo

Congratulations, monsieur Jacques-Henri! Joyeux anniversaire!

Há 44 anos, direto do túnel do tempo.

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