McLaughlin levanta título do Supercars

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Na sexta temporada na categoria, saiu enfim o tão sonhado e aguardado título de Scott McLaughlin: o neozelandês de 25 anos finalmente derrotou as feras da Triple Eight Race Engineering, no primeiro campeonato da equipe de Roger Penske no Supercars australiano

RIO DE JANEIRO – Oito meses, dezesseis datas e 30 corridas depois do início do campeonato, o Supercars australiano conheceu no último fim de semana seu mais novo campeão. E não sem uma boa dose de dramaticidade: o neozelandês Scott McLaughlin, de 25 anos, conquistou o título da temporada 2018 após uma duríssima batalha contra Shane Van Gisbergen, que buscava sua segunda taça de campeão na categoria.

Frente a frente e com 14 pontos separando ambos para as duas últimas corridas, disputadas no circuito urbano de Newcastle, traçado de pouco mais de 2,6 km de extensão já inaugurado no ano passado para suceder o Sydney Olympic Park Street Circuit, descontinuado há dois anos, estavam os maiores vencedores do campeonato deste ano.

Até a rodada final, McLaughlin ganhara sete de um total de 28 corridas – já que a prova #2 de Gold Coast foi mesmo cancelada. Van Gisbergen tinha os mesmos sete triunfos do rival e ambos, além do total comum de vitórias, tinham também sequências invictas. Um ficou quatro provas ganhando direto. O outro, três.

E havia outro desafio: a Dick Johnson Racing, em associação com o Team Penske do velho Roger, queria derrotar a todo custo a Triple Eight Race Engineering, que dá suporte à equipe Red Bull Australia. Seria também uma bela maneira de encerrar a trajetória do modelo Falcon da Ford, que se aposentaria ao fim de 2018 para dar lugar ao Mustang.

As duas corridas seriam realizadas em percurso de 250 km com 95 voltas e, na primeira bateria, Van Gisbergen conseguiu chegar à frente de McLaughlin porque o combustível acabou no carro #17 do DJR Team Penske. Só que os comissários encontraram uma irregularidade num dos reabastecimentos de SVG e o piloto do carro #97 acabou punido com um pênalti de 25 segundos.

Como efeito, caiu para o 5º lugar na primeira corrida e McLaughlin, mesmo com a pane seca, chegou à oitava vitória no campeonato. A punição e o triunfo do rival, que abriu mais 39 pontos na classificação do campeonato, minaram o moral de Van Gisbergen.

Na corrida final da temporada, McLaughlin fez o suficiente para se manter com vantagem sobre o adversário e faturar o título. Andou bem o tempo todo e chegou em 2º, proporcionando a última vitória de 2018 a David Reynolds e à equipe Erebus, chefiada por uma mulher – Betty Klimenko.

Com o quarto lugar do piloto da Triple Eight e mais 18 de vantagem por conta das posições de pista, Scott chegou ao título com 3944 pontos somados, contra 3873 do vice. Foram 71 de vantagem – 57 abertos só na última corrida do campeonato. Qualquer deslize do piloto do Ford da Penske e já viu…

Apesar do revés com Van Gisbergen, entre as equipes a Triple Eight foi campeã, no ano em que o grande Craig Lowndes, aos 44 anos, se retira da categoria. Três vezes campeão nos anos 1990, dono de 107 vitórias em 667 provas, o piloto ainda levou o título paralelo do Pirtek Enduro Cup, competindo em dupla com Steven Richards. Outra novidade para 2019, além da aposentadoria de Lowndes, é o fim de uma parceria de 13 anos entre a Ford e Mark “Frosty” Winterbottom, que muda para o projeto Team 18 com um modelo Holden.

O calendário para 2019 tem novidades, a começar pela redução de datas: serão 15 eventos e não 16, como neste ano. Saiu de cena a Sydney SuperNight 300 em Eastern Creek. A pista de Barbagallo, em Perth, é que terá uma prova à noite pela primeira vez em sua história. E houve também uma inversão de provas da Pirtek Enduro Cup, que começa de cara com os 1000 km de Bathurst. A temporada começará em 2 e 3 de março com a tradicional Adelaide 500, voltando a fechar o calendário em Newcastle, nos dias 23 e 24 de novembro.

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