Mega-Sena: Ogier leva título do WRC pela sexta vez

3b7a5

RIO DE JANEIRO – O Mundial de Rali está decidido. Antes do final propriamente dito da última etapa, o Rali da Austrália, o WRC tem um novo velho campeão. Sébastien Ogier conquistou seu sexto título em sequência, o 15º de um francês – sempre com o mesmo nome, Sébastien. O último forasteiro a celebrar uma conquista na modalidade foi Petter Solberg – de Subaru! – no distantíssimo ano de 2003.

Ogier não precisou lutar pela vitória nas estradas espalhadas pela região de Coffs Harbour. E nem tinha que se esforçar muito. Bastava se manter nos trechos cronometrados que o título seria assegurado – desde que Thierry Neuville não marcasse muitos pontos de vantagem e principalmente que Ott Tänak não vencesse mais uma vez. O estoniano foi o piloto que mais triunfou ao longo do ano e uma pontuação máxima, aliada a uma combinação de resultados, poderia dar o título ao piloto da Toyota.

O piloto da equipe chefiada por Tommi Makinen esteve sim próximo do triunfo, mas não do campeonato. Neste domingo, Tänak chegou à liderança geral do Rali da Austrália e depois errou na trilha, permitindo que o colega de equipe Jari-Matti Latvala se isolasse na liderança. E a SS23, penúltima do evento antes do Power Stage de Wedding Bells, praticamente definiu a sorte de Ogier.

Antes, na SS22, o Hyundai i20 de Thierry Neuville, que já vinha atrás do rival da M-Sport Ford desde o início das provas cronometradas, teve problemas e o belga foi obrigado a desistir da contenda. Tänak despistou-se com pouco mais de dois quilômetros da penúltima especial, colidindo seu carro com uma árvore. Foi a senha para que Ogier, antes mesmo do fim do Rali da Austrália, conquistasse mais um título junto ao copiloto Julien Ingrassia.

Após uma temporada repleta de altos e baixos (mais baixos que altos), o finlandês Latvala venceu a última etapa do campeonato e o resultado foi mais do que suficiente para a Toyota conquistar o título do Mundial de Construtores no segundo ano após a volta da marca à modalidade, com o modelo Yaris.

Hayden Paddon, em seu Rali “caseiro”, ficou em 2º lugar após o abandono de Tänak, alcançando assim o melhor resultado dele na temporada. Mads Østberg garantiu o terceiro posto e o último lugar no pódio, com Esapekka Lappi despedindo-se da Toyota com o quarto posto, à frente do multicampeão Ogier.

Elfyn Evans garantiu a sexta posição no último evento do ano, enquanto o terceiro Ford Fiesta, que vinha com Teemu Sunninen, sofreu um acidente no trecho de ligação que levava ao Power Stage de Wedding Bells. Isso deu a Craig Breen o sétimo posto geral, seguido pelo chileno Alberto Heller num carro do regulamento do WRC2 e pelo local Steven Glenney.

Além dos 10 pontos do quinto posto, Ogier ainda venceu o Power Stage para tornar a conquista mais deliciosa para si. Dessa forma, o francês fecha o campeonato com 219 pontos, enquanto Neuville somou os mesmos 201 com que chegou à Oceania para ser o vice. Ott Tänak concluiu o Mundial em 3º lugar somando 181. Já a Toyota fechou a competição dos fabricantes com 368 pontos contra 341 da vice-campeã, a sul-coreana Hyundai.

Resultado final do Rali da Austrália:

1. Latvala-Anttila (Toyota Yaris WRC) – 2h59min52seg
2. Paddon-Marshall (Hyundai i20 WRC) – a 32″5
3. Østberg-Eriksen (Citroën C3 WRC) – a 52″2
4. Lappi-Ferm (Toyota Yaris WRC) – a 1’02″3
5. Ogier-Ingrassia (Ford Fiesta WRC) – a 2’30″8
6. Evans-Barritt (Ford Fiesta WRC) – a 3’05″1
7. Breen-Martin (Citroën C3 WRC) – a 8’59”
8. Heller-Diaz (Ford Fiesta RS5) – a 22’28″5
9. Glenney-Sarandis (Skoda Fabia  RS5) – a 27’01″8
10. Serderidis-Vanneste (Ford Fiesta WRC) – a 35’14″1

Classificação final do campeonato:

1. Sébastien Ogier (campeão) – 219 pontos
2. Thierry Neuville – 201
3. Ott Tänak – 181
4. Jari-Matti Latvala – 128
5. Esapekka Lappi – 126
6. Andreas Mikkelsen – 84
7. Elfyn Evans – 80
8. Hayden Paddon – 73
9. Dani Sordo – 71
10. Mads Østberg – 70
11. Craig Breen – 67
12. Teemu Sunninen – 54
13. Sébastien Loeb e Kris Meeke – 43
15. Jan Kopecky – 17
16. Pontus Tidemand – 12
17. Henning Solberg – 8
18. Simone Tempestini, Marijan Griebel, Bryan Bouffier e Alberto Heller – 4
22. Kalle Rovanpërä – 3
23. Gus Greensmith, Lukasz Pieniazek, Steve Glenney e Chris Ingram – 2
27. Pedro Heller, Yoann Bonato, Stéphane Lefévbre e Jourdan Seideridis – 1