O bom e velho ‘casino’: Ferrari troca de comandante

Mattia-Binotto-Maurizio-Arrivabene
Arrivederci, Arrivabene. Ciao, Binotto…

RIO DE JANEIRO – Uns dirão que é uma “revolução”. Já eu acho que é o velho ‘casino’ (bagunça, em italiano) outra vez dando as cartas na Ferrari.

Nos primeiros dias do ano, a mais tradicional escuderia da Fórmula 1 comunica que haverá uma troca de comandante das operações para 2019. Sai Maurizio Arrivabene e entra Mattia Binotto como o novo Team Principal da casa de Maranello, de acordo com o periódico La Gazzetta dello Sport.

Não é novidade de ninguém que Arrivabene estava pela bola sete. E faz já algum tempo. Desde o fim do ano retrasado, já se cogitava a mudança de um por outro. O então presidente da Ferrari Sergio Marchionne, que morreu ano passado, declarou na ocasião o seguinte. “Escolher um ou outro é um pouco idiota. Tecnicamente eu também estava envolvido, como presidente. Mas isso não vai resolver o problema”, disse após os insucessos de 2017.

“Eu não acho que precisamos reformular o time. Nós precisamos vencer, e isso é o mais importante”, completou Marchionne.

Mas é aquilo: ‘rei morto, rei posto’. Marchionne se foi e o novo presidente da Ferrari, John Elkann, tinha Binotto em mais alta conta do que Arrivabene, que vinha conduzindo a equipe nas últimas quatro temporadas, após a fracassada experiência com Marco Mattiacci. Enfraquecido na parte política e tendo uma relação “insustentável” com seu substituto, Maurizio é afastado do posto.

Queda de braço ganha, Binotto – que tem experiência na área técnica da escuderia – terá que comandar uma Ferrari em busca de resultados e cada vez mais pressionada pelo poderio da Mercedes, como já o fora também na época de domínio da Red Bull. A equipe está sólida como segunda força da categoria – mas ser segundo, na visão de Elkann e do grupo FCA, que controla a Ferrari, não basta.

A temporada está apenas começando e os bastidores fervilham…

Comentários

  • Ele parecia fazer um bom trabalho no comando da scuderia. Assumiu o time em meio a uma grande crise e certamente teve algum mérito no desempenho dos ultimos anos que, se nao foi o suficiente para bater a Mercedes, também não chegou a fazer feio. Acho que eventualmente o titulo viria, talvez até já em 2019 ainda sob alguma influencia do trabalho que ele comandou. A direção teve muito mais paciencia com o Domenicalli que teve resultados inferiores aos dele.

  • O fato é que nos últimos 40 anos a Ferrari só foi campeã sob a gestão de uma ‘legião estrangeira’; os anos Schumacher, que tiveram prosseguimento até o título do Raikonnen. Depois, degringolou de novo.
    Gestão italiana? São duas palavras que não ficam bem juntas…