O retorno de um ícone

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RIO DE JANEIRO – O nome Brabham é histórico para o automobilismo – pela marca que o velho “Black Jack” Brabham tornou um ícone,com mais de 30 vitórias na Fórmula 1 e quatro títulos mundiais de pilotos, dois deles com Nelson Piquet. E para a delícia dos fãs e surpresa de muitos, um carro Brabham pode estar de volta às pistas.

O supermodelo esportivo Brabham BT62, lançado em maio último, servirá de base para o modelo que David Brabham, filho de Jack, pretende alinhar no FIA WEC, o Mundial de Endurance, para competir com os construtores de fábrica na classe LMGTE-PRO. Atualmente, a competição tem cinco marcas envolvidas – Ford, Porsche, Ferrari, Aston Martin e BMW. Um novo nome seria muito bem-vindo e sabemos que montadoras vêm e vão, em qualquer categoria do esporte.

“Dissemos a todos que queríamos competir e que o objetivo final era chegar a Le Mans. Tem havido muita especulação sobre como poderíamos fazê-lo, por isso queremos confirmar a direção que escolhemos – os GTE, a tempo para a temporada 2021/22”, comentou David Brabham.

“Seria errado dizer que será um carro totalmente novo”, disse ele. “Será um desenvolvimento do que temos agora, um carro que construímos com corridas de resistência em mente, mas o que será exatamente e como será chamado virá mais tarde”, finaliza o australiano.

Ainda segundo David, a marca agora procura parceiros para apoio e desenvolvimento do carro, que manterá a base mecânica – um motor V8 de 700 HP na versão de rua, que será estrangulado de acordo com os regulamentos vigentes do WEC. Primeiro haverá as entregas aos clientes do modelo de rua, seguidas dos primeiros testes visando as provas de Endurance.

Não está descartada a possibilidade da Brabham disponibilizar seu modelo para times clientes, o que teoricamente aconteceria a tempo de começar o campeonato 2022/23, na classe LMGTE-AM ou mesmo na LMGTE-PRO.

“Para a ACO, o regresso do nome Brabham às corridas de resistência é muito mais do que simbólico. Demonstra uma lealdade notável e um extraordinário espírito competitivo”, afirma o presidente da entidade organizadora das 24h de Le Mans e parceira da FIA no WEC, Pierre Fillon.

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