Contrato de risco

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RIO DE JANEIRO – A parceria entre McLaren e Petrobras pode não ter sequência em 2019.

O novo governo pretende realocar os investimentos em patrocínio da estatal. A cultura já sofreu o primeiro golpe da nova administração federal. Os investimentos vão ser direcionados à educação infantil.

O GRANDE PRÊMIO apurou que o MCL34, novo carro da equipe que será apresentado amanhã em Woking, às 10h da manhã (horário de Brasília), pode já não vir com o logo da Petrobras – que ano passado fechara um acordo com a tradicional escuderia britânica para o desenvolvimento de lubrificantes e combustíveis. Mais cedo, em vídeo que gravei para o GP nas mídias sociais, alertei que o contrato corre “seríssimo risco” de ser rompido.

O valor desse patrocínio é de £ 10 milhões (48 milhões de talkeys na cotação atual). A decisão de romper o acordo é do presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Veremos no que isso afeta a relação entre a McLaren e o piloto brasileiro Sérgio Sette Câmara, que irá para mais um ano na Fórmula 2, pela francesa Dams.

Comentários

  • Realmente será uma pena se esse investimento seja retirado e comprometa apoio a pilotos e projetos brasileiros no automobilismo. Pagar o preço de governos corruptos que agora prejudicam esse tipo de investimento e lamentável.Talvez se a Petrobras não tivesse passado por tantos problemas de administração e corrupção, não haveria esse provável corte.

    • Evandro, sem querer defender, mas não é o esporte e a cultura que têm que pagar esse preço. Você resolve muitos problemas taxando imposto de quem devia pagar e não paga. Ou então mudando o sistema previdenciário dos militares. Governo nenhum mexe nesse vespeiro e muito menos coloca o dedo na ferida dos impostos que “entidades sem fins lucrativos”, como por exemplo as igrejas – inclusive a católica e as neopentecostais que surgem a três por dois em qualquer esquina – a Universal, não sei se você sabe, tem filiais no Chile e na Argentina. Ninguém contou: eu vi.

    • Não quero te julgar Evandro, mas você está repetindo o que a “mídia especializada” em economia e política diz há 4 anos. Mídia especializada mesmo, apenas a automobilística, que temos o prazer e o privilégio de acompanhar aqui no Grande Prêmio, essa sim tem credibilidade para falar (até de política e economia).

  • Pode até fazer o distrato mas a imagem da Petrobras vai ficar (ainda) mais chamuscada e ainda pagar uma bela multa ao time inglês. Uma pena é que a carreira do Sette Camara pode ficar no penalty..

  • Realmente, tudo haver a Petrobras parar de investir em algo que é próprio da atividade da empresa (desenvolvimento de óleo e combustível) para investir em educação infantil, fazendo o papel de governo. Bando de idiotas!

  • Rodrigo, se não fosse a posição da Petrobrás em patrocinar o esporte olímpico, deixando a Formula 1, a McLaren utilizaria, mesmo assim, os produtos da Petrobrás?