24h de Le Mans: as vagas que restam

RIO DE JANEIRO – Chegou o dia: nesta sexta-feira, 1º de março, o Automobile Club de l’Ouest (ACO) confirma quais serão os times que disputarão a 87ª edição das 24h de Le Mans, preenchendo as 14 vagas que restam no plantel de 60 titulares e anunciando também os dez suplentes – por ordem – que em caso de possíveis forfaits poderão tomar parte do grid da última etapa do Mundial de Endurance na Super Season 2018/19.

Com as vagas do Asian Le Mans Series conhecidas e possivelmente ocupadas por United Autosports, ARC Bratislava, Inter Europol Competition e CarGuy Racing, já teríamos 46 carros – são oito protótipos LMP1, doze LMP2, 10 LMGTE-PRO e 16 LMGTE-AM. Briga de foice, portanto, pelos lugares que restam, com muita gente boa a espera da confirmação.

Palpite: quatro ou cinco dessas vagas que sobraram serão de times LMGTE-PRO. Uma ou duas, no máximo – ou até nenhuma delas, para a LMGTE-AM. E as demais, com times da classe LMP2.

Por que quatro ou cinco LMGTE-PRO somente? Porque a Ford, cujo projeto de Grã-Turismo tem boas chances de ser encerrado ao fim da temporada 2019 da IMSA, pode não ter os carros da série estadunidense – e, aliás e a propósito, se tivesse essa intenção, teria anunciado seus pilotos – como fez a Porsche. Acho bem pouco provável que o ACO despreze o tour de force da casa de Weissach. Nem a Corvette Racing deve ficar de fora. A Risi Competizione é uma adesão possível, mas é melhor ficar com pelo menos um pé atrás.

Na LMGTE-AM, já que os organizadores elencam uma série de critérios para escolher os times participantes, a Ebimotors e a Spirit of Race têm boas chances de abiscoitar vagas diretas – porém, sem garantias concretas. O plantel dessa divisão já está com 16 carros e não sei se o ACO vai topar colocar 18 bólidos com pilotos prata e bronze ocupando quase um terço do grid. E há que se lembrar que a Kessel Racing, dona de uma vaga direta, pode ter um segundo carro – só com mulheres: Rahel Frey/Michelle Gatting/Manuela Göstner.

A mais difícil decisão será escolher os times da LMP2 para compor a lista final. Pule de 10, no meu ponto de vista, são as equipes Graff, IDEC Sport, Duqueine, Panis-Barthez Competition e Algarve Pro Racing – cada uma com um carro. A Cetilar, que disputará o WEC em 2019/20, tem grandes chances.

Eu incluiria fortes possibilidades da United Autosports ter mais um carro e até a Michael Shank Racing, que tem a intenção de inscrever um trio feminino nas 24h de Le Mans, pode aparecer na lista final – em associação com uma escuderia europeia.

As suplências devem ser divididas entre LMP2 e LMGTE-AM, mas não duvido que um dos 10 carros da lista de espera possa ser um terceiro LMP1, via SMP Racing.

Cool Racing, BHK Motorsport, IDEC Sport, Panis-Barthez Competition, Algarve Pro Racing e Graff Racing têm chances mais óbvias de ter inscrições na lista de espera entre os protótipos. Num primeiro momento, a Carlin – que estreia no ELMS – não tinha a intenção de pleitear uma vafa para La Sarthe.

O site francês Endurance-info também coloca Eurasia (do Asian Le Mans Series), a DragonSpeed (com sua inscrição do ELMS) e até a Racing Engineering, que está fora da temporada europeia após uma boa estreia no ano passado, como postulantes na LMP2. Apostaria mais nas duas primeiras com chances do que em todas essas três elencadas.

Na divisão de GTs, devem sobrar mesmo Luzich Racing e o Team Project 1 com inscrição suplementar de um segundo carro. Kessel, Ebimotors e Spirit of Race podem acabar também chupando o dedo se o ACO quiser. E, de repente, a Risi pode ficar como reserva com o único LMGTE-PRO na espera de um forfait.

Bem… provavelmente às 14h de Paris, 10h de Brasília, teremos as respostas às questões que nos afligem.

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