Billy Monger

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 RIO DE JANEIRO – Seria exagero de minha parte dizer que Billy Monger é o Alessandro Zanardi de sua geração?

Creio que não.

Enquanto temos o costume frequente de nos queixar da vida, o menino de 19 anos que perdeu ambas as pernas num assustador acidente em Donington Park numa prova de Fórmula 4 britânica, há exatos dois anos, mostra que é possível fazer o que se mais gosta e se ama.

É muito bom ver que ainda tem quem acredite nele e principalmente que Billy segue acreditando em si mesmo. Não existe impossível para o britânico – como também não existiu para Zanardi, que nos ofertou várias lições de superação e de formação de caráter.

Por isso, a notícia de que Monger vai disputar a temporada 2019 do EF Open, merece a citação. Ele já guiara um monoposto da categoria na temporada de inverno, em fevereiro e hoje foi confirmado pela Carlin, a poucos dias do início dos trabalhos para o fim de semana que terá ainda o International GT Open e a estreia da GT Open Cup Europe.

Aliás, registre-se que a lista de entradas da competição de monopostos ganhou o considerável reforço de equipes que debandaram do Formula European Masters, que seria um dos eventos-suporte do DTM.

Numa prévia bem otimista, pelo menos 20 nomes estão garantidos para disputar pelo menos uma rodada dupla do EF Open neste ano – afora que duas equipes, a tradicional Campos e a britânica CF Racing, tida como participante deste ano, não confirmaram ninguém até o momento em que eu publicava esta postagem.

O plantel do EF Open, cuja lista de inscritos deve ser divulgada no máximo até quinta-feira – com Christian Hahn e Guilherme Samaia novamente como os representantes brasileiros na competição, está no seguinte patamar para a prova de Paul Ricard.

Carlin Motorsport
Dallara Volkswagen Spiess

Christian Hahn (Brasil)
Billy Monger (Grã-Bretanha)
Teppei Nattori (Japão)
Nicolai Kjærgaard (Dinamarca)

D. Tsimpris Motorsport
Dallara Toyota Piedrafita

Dimitris Tsimpris (Grécia)

Double R Racing
Dallara Mercedes-Benz HWA

Jack Doohan (Austrália)
Linus Lundqvist (Suécia)

Drivex
A confirmar

Rui Andrade (Angola)

Fortec Motorsports
Dallara Mercedes-Benz HWA

Cameron Das (EUA)
Calan Williams (Austrália)

Motopark
Dallara Volkswagen Spiess

Julian Hanses (Alemanha)
Marino Sato (Japão)
Yuki Tsunoda (Japão)
Liam Lawson (Nova Zelândia)

RP Motorsport
A confirmar

Artem Petrov (Rússia)
Pierre-Louis Chovet (França)
Javier González (México)

Teo Martín Motorsport
Dallara Mercedes-Benz HWA

Lukas Dunner (Áustria)
Aldo Festante (Itália)
Guilherme Samaia (Brasil)

Comentários

  • Esse garoto, é, sim, o Zanardi da nova geração.
    Não importa se ele tiver ou não os mesmos resultados.
    Mas alguém, tão jovem, que toma um baque desses e dá a volta por cima, já é vencedor.
    Eu torço por ele, sem dúvida.

  • Sem palavras com esse garoto! É o meu herói.

    Ele já é um ganhador, independente de que lugar ele chegue.

    Torço para ele ganhar agora na pista, porque na vida ele é um Vencedor com “V” maiúsculo.

    Parabéns garoto!

  • mattar, esse petrov é parente do vitaly petrov ex piloto de f1?e esse marino sato anda, correu de f4 italiana com o giuliano raucci e o mick schumacher em 2016 e de f3 européia em 2017, japonês voador esse menino é

  • Tem cada uma. . .
    Li um comentário em um site de notícias que publicou o fato, dando conta de que o Monger levaria vantagem por causa do menor peso. . .
    Foi contestado por alguém que disse que, por conta do peso mínimo do conjunto, ele obrigatoriamente deverá usar algum lastro.
    Treplicou o “especialista”, dizendo que, ainda assim, o lastro poderia ser aplicado em qualquer parte do carro, de forma a otimizar a distribuição de peso.
    Fala sério!

    • Zé, isso é um absurdo sem tamanho. O peso mínimo do carro será respeitado, sem piloto e sem combustível. E qual seria o tipo de ganho do Monger por não ter as duas pernas? O mesmo do Zanardi quando guia?

      As pessoas são muito sem noção, camarada.

    • A mentalidade de quem fala um tipo de asneira dessas como a desse site aí é a mesma de quem acha que deficiente tem “privilégio” por ter atendimento preferencial ou tem vaga reservada (que não é respeitada) em estacionamento.
      Vai. Senta numa cadeira de rodas ou faz as coisas sem as pernas e depois a gente conversa.
      Eu falo isso de cadeira. Não a minha. Mas estou há quase vinte anos com uma cadeirante. Sei a barra que é ter limitações e conviver com quem tem. E sei a quantidade de asneiras que são ditas e escritas sobre esse tipo de situação.