Tänak vence Rali do Chile; Neuville sofre acidente espetacular

16166_Podium-Chile-2019_001_896x504
Sob os aplausos de Sébastien Ogier (esquerda) e Sébastien Loeb (mais abaixo à direita), Martin Jarvejoja e Ott Tänak se relançam na briga pelo título do WRC com a vitória no Chile

RIO DE JANEIRO – A estreia do Rali do Chile no WRC trouxe um desfecho inesperado: Ott Tänak (Toyota) foi o grande vencedor do evento inaugural, válido pela 6ª etapa do Campeonato Mundial de Rali, que teve no sábado um grande acidente com o então líder do campeonato, Thierry Neuville, da Hyundai.

O belga e seu navegador Nicolas Gilsoul perderam o controle do Hyundai i20 Coupe na SS8 (Maria de las Cruces 1) num trecho de alta velocidade, batendo num barranco e perdendo o controle, com diversas capotagens em sequência, numa imagem pavorosa.

Felizmente, a gaiola de segurança minimizou o tremendo impacto. Neuville e seu copiloto saíram direto dali do local do acidente para um hospital em Concepción para exames – que, felizmente, não detectaram nada de mais grave, apesar da dimensão do acidente.

Com Neuville fora de contenção, Tänak e seu navegador Martin Jarvejoja mantiveram a liderança já conquistada desde o fim do primeiro dia de provas especiais com sólida margem para o hexacampeão Sébastien Ogier e seu parceiro de Citroën Julien Ingrassia. Tänak ainda foi o mais rápido do Power Stage na segunda passagem por Bio Bio, onde o rival acabou tendo problemas com um extintor de incêndio que disparou sem aviso prévio, e fechou o evento com 23 segundos de vantagem para o francês.

Ogier sai da passagem do WRC pela América do Sul de volta ao comando do campeonato, agora com 122 pontos. Porém, Tänak volta ao páreo, pois a pontuação máxima deu ao estoniano a possibilidade de saltar para 112 e ocupar a vice-liderança da classificação, dois pontos à frente do sortudo Neuville.

Sébastien Loeb foi em parte ajudado pelo acidente de Thierry Neuville, mas isso não lhe tira os méritos de ter alcançado seu melhor resultado neste campeonato. O “Pelé” do WRC venceu várias especiais ao longo da competição e conseguiu um excelente pódio – a apenas 7″1 de Ogier. Os pontos conquistados ajudaram a manter a Hyundai como líder do Mundial de Construtores, com 29 de vantagem para a Toyota.

Os pilotos da M-Sport Ford se saíram bem: Elfyn Evans/Scott Martin ficaram com a quarta colocação, logo à frente de Teemu Suninen/Marko Salminen, que ganharam um chassi novo para o Rali do Chile. Com certeza, foram menos discretos que Esapekka Lappi e Andreas Mikkelsen, que não foram definitivamente bem na segunda prova do WRC em território sul-americano neste ano e bem melhores que Kris Meeke (penalizado em 1min por decisão dos comissários, baixando assim para décimo na classificação do evento) e Jari-Matti Latvala.

O malogro dos experientes pilotos da Toyota proporcionou a Kalle Rovanperä marcar pontos no top 10 com o 8º posto geral – que lhe deu ainda a vitória na classe WRC2 Pro, seguido por Mads Østberg em seu Citroën. Gus Greensmith completou o pódio da divisão, para seguir líder da tabela, com 73 pontos somados.

No WRC2, Takamoto Katsuta e o navegador Daniel Barritt completaram em 14º geral e venceram na categoria. Benito Guerra Jr./Jaime Zapata Ortega completaram com o segundo posto e permanecem líderes do campeonato, com 61 pontos. Paulo Nobre/Gabriel Morales ficaram com a sétima posição na divisão e o 21º posto geral. Com 21 pontos somados, “Palmeirinha” é o décimo na classificação do Mundial.

Resultado final do Rali do Chile:

1 – Tänak-Jarveoja (Toyota Yaris Wrc) – 3.15’53”8
2 – Ogier-Ingrassia (Citroen C3 Wrc) – 23”1
3 – Loeb-Elena (Hyundai i20 Wrc) – 30”2
4 – Evans-Scott (Ford Fiesta Wrc) – 1’36”7
5 – Suninen-Salminen (Ford Fiesta Wrc) – 3’15”6
6 – Lappi-Ferm (Citroen C3 Wrc) – 3’45”4
7 – Mikkelsen-Jaeger (Hyundai i20 Wrc) – 4’39”0
8 – Rovanperä-Halttunen (Skoda Fabia R5) – 8’04”2
9 – Østberg-Eriksen (Citroen C3 R5) – 8’30”0
10 – Meeke-Marshall (Toyota Yaris Wrc) – 8’33”4

Classificação do campeonato após seis etapas:

1. Sébastien Ogier – 122 pontos
2. Ott Tänak – 112
3. Thierry Neuville – 110
4. Kris Meeke – 56
5. Elfyn Evans – 55
6. Sébastien Loeb – 39
7. Andreas Mikkelsen – 36
8. Esapekka Lappi – 34
9. Jari-Matti Latvala – 32
10. Teemu Suninen – 30
11. Dani Sordo – 26
12. Benito Guerra – 8
13. Gus Greensmith e Marco Bulacia Wilkinson – 6
15. Kalle Rovanperä, Pontus Tidemand, Yoann Bonato e Mads Østberg – 4
19. Ole Christian Veiby e Stéphane Sarrazin – 2
21. Pedro Heller, Adrien Fournaux, Janne Tuohino e Ricardo Triviño – 1

Comentários