Argentina (ainda) sem MotoGP

RIO DE JANEIRO – Informa o hermanito Bruno Tarulli: a Argentina não deverá ter o GP de Motovelocidade que a princípio estava previsto para a temporada 2013, no circuito de Termas de Río Hondo, que sofreria as reformas necessárias para a realização do evento e cujo mapa você leitor pôde ver aqui no blog.

O governo da presidente Cristina Kirchner e o da província de Santiago del Estero, onde fica a pista argentina, realmente fizeram – e continuam fazendo – o possível para que a pista seja reconstruída para receber o Mundial de Motovelocidade de acordo com as normas de segurança da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), que são mais rígidas que as da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Mas, como muita gente sabe, existiu um problema diplomático: o governo argentino reestatizou a Repsol-YPF em abril deste ano, uma medida contrária àquela determinada pelo presidente Carlos Saúl Menem nos anos 90, quando a Yacimientos Petroliferos Fiscales foi comprada pela petroleira espanhola. A atitude da presidente Cristina Kirchner pegou muito mal e por conta desse incidente, a Repsol, que injeta muito dinheiro no Mundial de Motovelocidade, recomendou à Dorna, organizadora do evento, que não se realize o GP da Argentina em 2013.

O anúncio oficial do cancelamento da corrida deve acontecer nesta sexta-feira. Vamos aguardar…

Comentários

  • […] Como eu já havia escrito ontem, o GP da Argentina, que tinha grande chance de regressar ao calendário na pista reformada de Termas de Río Hondo – já aprovada pela FIM, a propósito – a 1.120 km da capital do país, Buenos Aires, foi descartado pela Dorna, face os problemas entre o governo de Cristina Kirchner e a Repsol, que passou por um processo de desestatização no começo deste ano. Em junho, já houvera uma recomendação de que os times patrocinados pela Repsol não viajassem para a Argentina. O clima pesado recrudesceu e certamente este problema influenciou para que os nossos hermanos perdessem um evento que parecia cristalino – o primeiro na América do Sul desde a saída do Brasil do calendário. […]