De Cesaris, imperdível

RIO DE JANEIRO – A Fórmula 1, como qualquer categoria do automobilismo, tem o seu lado ingrato. Bastou um acontecimento fora do padrão e um piloto, qualquer que seja, fica marcado. Se for por azar, trapalhadas ou acidentes, pior ainda. A lembrança é eterna.

Quem acompanha a categoria máxima sempre há de recordar de um italiano, hoje com 53 anos, windsurfista por prazer e que entre 1980 e 1994 foi visto com frequência mudando quase ano após ano de equipe. Em seu currículo de 208 corridas (9ª maior marca da história), esse moço guiou para McLaren, Alfa Romeo, Ligier, Minardi, Brabham, Rial, Scuderia Italia, Jordan, Tyrrell, de novo Jordan e, por fim, Sauber.

1981_Andrea_de_Cesaris_McLaren_MP4_Cosworth_Zandvoort_GP_NED_3Estou falando, claro, de Andrea de Cesaris – um homem que se tornou um mito fora das pistas por seu comportamento pouco usual dentro delas, capaz de momentos brilhantes e outros grosseiros, e que se envolveu em nada menos que 39 acidentes em todos os anos em que competiu na Fórmula 1. Tem um detalhe: a foto acima, com o boneco Bibendum da Michelin correndo após mais uma batida do italiano pela McLaren, em Zandvoort, no ano de 1981, é um chiste, uma piada que realmente fez muita gente rir um bocado.

Na entrevista publicada pelo site Tazio, ele diz não querer ser eternamente marcado pelo estigma de batedor, principalmente na McLaren. De Cesaris fala, entre outras coisas, de Ron Dennis como seu primeiro chefe de equipe – “Ele passava por cima de qualquer coisa, para conseguir o que queria”, elogia Senna – “Era um talento” e Piquet – “Um grande acertador de carros”, fala também de Maurício Gugelmin, Raul Boesel e Chico Serra, e dá sua opinião sobre a categoria hoje.

A entrevista é longa, mas é sensacional. Vale a pena ser lida.

Confira aqui a entrevista com Andrea de Cesaris

Comentários