Il marocchino

tumblr_meh6po6A7x1rx33q7o1_500RIO DE JANEIRO – Hoje, neste 23 de dezembro, o italiano Michele Alboreto – se vivo fosse – teria completado seu 56º aniversário. “Il marocchino”, um dos mais queridos pilotos de sua época, correu na Fórmula 1 entre 1981 e 1994, defendendo Tyrrell, Ferrari, novamente Tyrrell, Lola-Larrousse, Arrows-Footwork, Scuderia Italia e, por fim, Minardi.

Até abandonar a categoria, quando já tinha 37 anos, Alboreto disputou 194 GPs de um total de 217 em que esteve inscrito, sendo o 15º piloto a disputar mais corridas, de acordo com as estatísticas. Venceu cinco GPs, dois com a Tyrrell e três pela Ferrari. Descoberto por Ken Tyrrell quando corria de Fórmula 2 pela Minardi, foi saudado pelos tifosi da Ferrari quando assinou com o time italiano para 1984 como o “novo Ascari”, mas não passou de um vice-campeonato em 1985. Daí para diante, sua trajetória foi marcada por momentos esparsos de brilho nas pistas.

tumblr_meiz5wZ8Tv1rx33q7o1_500Alboreto ainda correu no DTM e no ITC como piloto da Alfa Romeo, disputou as 500 Milhas de Indianápolis de 1996 e venceu também as 24 Horas de Le Mans de 1997, com um TWR-Porsche da Joest Racing, na companhia de Stefan Johansson e Tom Kristensen.

O italiano tornou-se piloto da Audi, pela qual participaria de diversas corridas de Endurance nos anos seguintes. E quando se preparava para a disputa das 24 Horas de Le Mans de 2001, Alboreto sofreu um acidente fatal em 25 de abril daquele ano, no circuito alemão de Lausitzring, capotando numa reta com o protótipo Audi R8 após um furo num pneu. A Audi venceu a prova francesa na ocasião e dedicou seu triunfo à memória de “Il marocchino”.

Comentários

  • Da série ‘O automobilismo e suas injustiças’: tenho para mim que o Michele Alboreto deveria ter obtido o título da F1 em 1985 (isto acontecendo, Nelson Piquet seria o piloto com maior títulos naquela década — 1981; 1983; 1987; a conta é simples: Alain Prost ficaria com o bicampeonato 1986/1989). Penso, inclusive, que até hoje está mal contada a historia de que no GP da Itáilia 1988 — quando as duas McLarens (Prost e Senna) ficaram pelo caminho — a Ferrari mandou Alboreto tirar o pé para evitar ataque ao então líder (e virtual vencedor, Gerhard Berger). Anos depois, em entrevista a revista Auto Sprint, Alboreto garantiu que tinha carro para passar o Berger e que ficou magoado pela atitude do ‘comandante’ Forghieri. Segundo ele, de todas as mágoas da Ferrari, aquela foi a maior. Justificada: imaginem a festa que seria um italiano, ao volante de uma Ferrari, vencendo em Monza…