O Rato que ruge

RIO DE JANEIRO – Esse negócio de 12/12/12 às 12h12 é um pé no saco. Não tenho paciência para acreditar também que o mundo vai acabar daqui a nove dias, porque não vai. Esqueçam. Mas mais uma vez esta data chega para saudarmos um grande campeão das pistas.

Esqueçam também que neste 12 de dezembro aniversariam outros quatro pilotos que passaram pela Fórmula 1. Todos obscuros, desconhecidos, meros figurantes perto desta lenda chamada Emerson Fittipaldi.

O bicampeão mundial e das 500 Milhas de Indianápolis ficou na história e na memória, porque ele fez parte de um restrito grupo que dirigiu carros de corrida que levavam seu nome. Grupo do qual também participaram outras lendas como Graham Hill e Jack Brabham, por exemplo.

O projeto da Fittipaldi na Fórmula 1 foi incompreendido, mas seu pioneirismo tem que ser saudado para todo o sempre. Porque, depois de 30 anos que a escuderia encontrou seu fim, Emerson e Wilsinho continuam sendo os únicos construtores da América do Sul a terem alinhado seus próprios bólidos.

Nada do que eu disser aqui será suficiente para expressar a minha admiração ao Emerson enquanto piloto. Para mim, um dos dez mais da história do nosso automobilismo. E em homenagem a ele, trago o vídeo de um momento espetacular da carreira do Rato.

Foi em 1993, nos áureos tempos da Fórmula Indy, onde ele travou uma épica batalha com Nigel Mansell no circuito Burke Lakefront Airport, em Cleveland, Ohio. Na terra do Hall da Fama do Rock And Roll, o Rato e o Leão trocaram de posição como poucas vezes visto na história do automobilismo.

Detalhe: a exemplo do que fizeram Gilles Villeneuve e René Arnoux em Dijon, 1979, Emerson e Mansell não duelavam pela ponta. O líder disparado era Paul Tracy, companheiro do brasileiro na Penske. Ao fim da corrida, os dois protagonistas do duelo abaixo trocaram elogios, sorrisos e exclamações. “Nunca fiz algo parecido!”, disse um. “Nem eu!”, disse o outro.

Parabéns, Rato, pelo seu 66º aniversário!

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