Senna: a caminho do DTM?

DTM - Bruno SennaRIO DE JANEIRO – Este é um assunto espinhoso. Envolve um sobrenome que mexe com o imaginário do torcedor – que ainda deseja ver a continuidade desse sobrenome na Fórmula 1. Categoria que, para o próximo campeonato, tem duas vagas apenas em aberto e existe um leilão por elas. Quem der mais “tutu” vai para Force India e Caterham, que são os times onde ainda não se definiram as duplas de pilotos.

E por que é um assunto espinhoso? Simples: porque ao mesmo tempo em que se deseja – torcedores e o próprio piloto – que Bruno Senna continue na Fórmula 1, quer na Force India, quer na Caterham, são cada vez mais fortes os rumores de que o piloto brasileiro está próximo de um acordo para disputar o DTM em 2013 pela Mercedes-Benz.

Diz o site Italiaracing.net, inclusive, que Bruno não estaria mais na disputa interna pela vaga na Caterham onde, segundo consta, o russo Vitaly Petrov parece a um passo de continuar. Mas é fato que o nome do sobrinho do tricampeão Ayrton Senna foi ventilado – como também o foi na Force India.

Mas na equipe de Vijay Malliya há outros problemas: o indiano quer Adrian Sutil de volta e ainda existe Jules Bianchi como uma possível aposta – se não este ano, talvez no próximo. A equipe estuda opções para o fornecimento de motores turbo para 2014 e a Mercedes está fora, razão pela qual Paul Di Resta não fica no time depois da temporada que ainda vai começar. Ferrari e Renault são as alternativas para Malliya e a Renault poderia impor o nome de Bruno Senna. Como eu disse, há outros problemas e a opção pelo brasileiro não parece ser a mais forte no momento.

Como a Mercedes passa por um momento de transição no DTM, tendo perdido nomes como Bruno Spengler, atual campeão pela BMW e Jamie Green, que foi para a Audi, faria mais sentido que a montadora de Stuttgart preferisse investir na contratação de Bruno Senna para formar um time repleto de sangue novo. A marca precisa de gente nova e as opções estão aí, todas vindas da Fórmula 1. Além dele, Jerôme d’Ambrosio, Robin Frinjs e Daniel Juncadella, este oriundo da F-3 europeia, têm tido seus nomes constantemente vinculados ao construtor, que já anunciou a permanência de Robert Wickens e Roberto Mehri em seus quadros.

O torcedor brasileiro, insisto, precisa entender que existe vida no automobilismo além da Fórmula 1. Já perdemos muitos nomes promissores no passado e pilotos como Augusto Farfus e João Paulo de Oliveira certamente estão muito felizes com o que fazem. Lucas Di Grassi percebeu que o WEC é um excelente caminho. Quem sabe, Bruno Senna não percebe que o DTM pode ser um campeonato capaz até de reconduzi-lo ao lugar que ele sempre sonhou?

Comentários

  • Concordo com seu ultimo parágrafo. O brasileiro – acredito eu, culpa da pobre mídia automobilística do Brasil – acha q so existe a f1, ou que esta é a mais importante.
    Porém categorias como WEC e DTM são extremamente competitivas e com alto retorno para os pilotos e marcas.

  • Colocando ” os pingos nos is” se me permite:
    Não entendo o porque da verdadeira comoção nacional causada pela provável ausência do sr. BS ( não, não é aquele famoso acrônimo inglês, embora o devesse ser!!) na F1.
    Vamos e venhamos, alguém que já foi rifado por 2 anos seguidos das equipes que defendia mesmo com o aporte financeiro que portava, fatalmente não é do ramo!!
    Não que os outros postulantes às vagas remanescentes o sejam, que fique bem claro!
    Mas algo deve estar muito errado na categoria quando por exemplo Kamui Kobayashi fica fora enquanto esses zérruelas ficam disputando no quem dá mais as vagas disponíveis.
    Zé Maria

    • Olha Zé, considero todos os pilotos do grid da F-1 extraordinários, assim como tempos outros tantos noutras categorias, mas considerar SEN como um piloto “fora do ramo” é falta de conhecimento do esporte, me desculpe!!!!

      • Simples assim, Eduardo:
        Se fosse bom mesmo, seria disputado pelas equipes e não precisaria se socorrer do dindin do Eike para bancá-lo. . .
        Se fosse bom mesmo, não teria levado um pé-na-bunda tanto da Renault como da Williams. . .mesmo havendo levado um caminhão de dinheiro para ambas. . .
        Se fosse bom mesmo, nas categorias de acesso teria mostrado a que veio, coisa que absolutamente não aconteceu. . .
        E repetindo o que postei no original, quando pilotos como Kobayashi ficam de fora enquanto Senninha e outros zérruelas ficam brigando prá saber quem ficará com as vagas restantes, A coisa tá muito errada na F1. . .
        Curioso é que só por ser quem é não podemos dizer as verdades que logo a pachecada sai em defesa. . .
        E me desculpe a falta de modéstia, Eduardo. . .conheço bem mais do esporte do que Vv. Ss possa imaginar. . .
        E sou capaz de apostar com vc que o sr Lalli não vai fazer m&rd@ nenhuma no DTM. . .
        Zé Maria

  • Triste mesmo, preferia que SEN tivesse mais oportunidades na F-1, porém, na Caterham a coisa vai ficar ainda mais complicada mesmo…!!!! Não tenho dúvidas Rodrigo que a F-1 é a categoria rainha do automobilismo, claro que existem outras, mas F-1 ainda é a categoria top, acho que isso é inegável!!!

  • Rodrigo, vc usou a expressão certa: existe vida fora da F1! E o público brasileiro precisa aprender a entender isso, e mesmo procurar conhecer essas outraas categorias;

    Sinceramente, eu prefiro ver um piloto pelo qual tenho apreço em uma outra categoria, andando bem, e feliz, a ver ele se arrastando na F1, infeliz, mendigando vaga no fim de cada campeonato.

    Como piloto, não sou fã de Bruno Senna: acompanho sua carreira faz um bom tempo, e, no meu ponto de vista, é um piloto mediano, para os padrões da F1. Tem gente pior que ele? Tem, alguns. Tem gente melhor que ele? Muitos! Enfim, não o vejo oferencendo na F1 muito mais do que ofereceu até agora.

    Essa mudança de ares pode fazer bem a ele, trazer uma nova moticação, e nada impede que ele se encontre na categoria. Quantos pilotos já vimos que não deram certo em uma, mas que, depois, emplacou em outra? Não seria novidade.

    Conforme disse antes, não sou fã do Bruno Senna piloto, mas, fora das pistas, gosto, quase sempre, de sua postura, e ele parece ser um cara gente boa, por isso torço para que que ele faça essa troca, e espero, sinceramente, que ele se dê muito bem com ela.

    • Concordo plenamente com suas palavras amigão! Se trata de um bom piloto, mas não um fora de série. Seria melhor para ele respirar algo fora da fórmula 1 para crescer já que dentro da F1 vimos que ele não evoluiu tanto em 1 ano e meio que pilotou um carro competitivo. Boa sorte ao Bruno!

      • Concordando com o Michael, não evoluiu justamente por ser limitado. . .e como dito pelo Tio Ge, melhores que ele existem muitos, piores alguns. . .
        Zé Maria

  • boa tarde a todos.
    Quando vc comentou dos brasileiros felizes no automobilismo fora da F1 nao poderia ter esquecido de Nelsinho Piquet. Na minha opiniao, que sou fã de NASCAR, acho que foi o que melhor se saiu fora da F1, talvez o Farfus nas categorias de turismo pela BMW, mas ainda assim acho que Nelsinho vai muito bem onde esta.
    Até mais

  • Agora Rodrigo, só tem um detalhe nisso tudo. E se o CHAVEZ morrer? Será que PASTORZITO fica? Será que a oposição, que provavelmente vai tomar o poder, vai continuar botando dinheiro na WILLIAMS?