Senna assina com Aston Martin para 2013

RIO DE JANEIRO – Nem Fórmula 1, muito menos DTM: o futuro de Bruno Senna é o Campeonato Mundial de Endurance, o WEC. O piloto brasileiro é o novo contratado da Aston Martin para esta temporada e faz sua estreia pela marca nas 12 Horas de Sebring, prova tradicional da modalidade que é válida pela American Le Mans Series, onde a Aston Martin tem grande interesse em ter sucesso – pela rivalidade que se formou contra Corvette, Ferrari, Porsche e BMW.

AMR_Bahrain-01

Em sua primeira corrida pelo construtor britânico, os companheiros de equipe de Bruno Senna serão Darren Turner e Stefan Mücke, que são os principais pilotos da Aston Martin e dividiram o carro no WEC ano passado. Assim, estão encerradas as especulações acerca do brasileiro quanto à vaga na Force India, que deve ficar com Jules Bianchi ou Adrian Sutil.

Prez_AMR

O companheiro de Bruno Senna em toda a campanha do Mundial de Endurance será o francês Fréderic Makowiecki, que já trabalhou com pilotos brasileiros – no caso, com Jaime Melo, ano passado, na Luxury Racing. Em Spa e Le Mans, os dois vão ter Rob Bell como companheiro de equipe.

Indicado por Darren Turner, que sugeriu a sua contratação, o brasileiro justificou a opção de sair da Fórmula 1.  “Eu quero seguir em frente e voltar a ganhar corridas. As oportunidades para fazer isso não estavam mais na F1”, disse em reportagem do site da revista britânica Autosport.

“Fiquei impressionado com o que encontrei na Aston Martin. Todo o desenvolvimento do carro é feito em casa, desde o motor V8 até as peças. Parece uma equipe de F1 em escala. Será bom dar uma diversificada na carreira e aprender mais uma categoria”, afirmou o piloto.

542635_481936598529466_1101930850_n

Além dos dois, a Aston Martin traz duas outras novidades: Peter Dumbreck, pedestre com a saída da JRM Racing do WEC e das 24 Horas de Le Mans, acertou para correr em Sarthe. O veterano Jamie Campbell-Walter também assinou com a AMR e vai correr na classe LMGTE-AM, onde um dos carros será 100% dinamarquês, formado por Allan Simonsen, Christoffer Nygaard e Kristian Poulsen.

As formações para 2013:

12 Horas de Sebring: Bruno Senna/Stefan Mücke/Darren Turner

WEC LMGTE-PRO: Darren Turner/Stefan Mücke, com Peter Dumbreck em Spa e Le Mans no #97; Bruno Senna/Fred Makowiecki, com Rob Bell em Spa e Le Mans no #99.

WEC LMGTE-AM: Allan Simonsen/Kristian Poulsen/Christoffer Nygaard no #95; Roald Goethe/Jamie Campbell-Walter/Stuart Hall no #96.

Comentários

  • boa notícia, Rodrigo!
    Mais um brasileiro pra nossa torcida! Espero que outros sigam esses caminhos, dos carros esporte e protótipos!. Os monopostos estão comos dias contadosna minha opinião. Basta verodestino da F3 inglesa.É pena…. Abraço do Carlos Alvim

  • Não gostei. Torcia demais para que o Bruno se firmasse na F1. Principalmente por ter visto os fracassos de Christian e Nelsinho. O que será do Brasil na categoria máxima? Quem poderá nos defender?

  • O Bruno fez muito bem,se não tem jeito de sentar na Force India,talvez sobre uma “cadeira elétrica”,então vai p/ o WEC que é um ótimo campeonato,vai se divertir,vai ter visibilidade,vai pilotar um puta carro e vai deixar de andar pelos circuitos a pé…..só pilotava tranqueiras e tranqueiras quebram,e sempre longe dos boxes……
    Boa sorte!!!!!
    Já estou ansioso esperando as 12 horas de Sebring, vamos acompanhar e torcer !!!!!!!!!!!!

      • Acho que um Maclaren GTR representaria melhor como foi os anos 1990, acho o mazda muito anos 80 que ganhou de forma estranha em 1991, não conheço muito o peugeot mas acho que foi um carro para quebrar o record e a acabou quebrando.

      • Os anos 90 foi marco para a inusitada vitória de carros GT1 em Le Mans. Naquela década a bagunça estaria feita, já que o Group C acabou em 1993. Não sei se colocaria a McLaren F1 GTR, especialmente a da Kokusai Kaihatsu Racing (#59) na lista, que ganhou Le Mans em 1995, mas que foi o GT1 mais marcante da clássica, muito mais que o Dauer 962 LM, isso foi.

        Quanto ao resto da lista, eu só não concordo com o Audi R10, prefiro o Audi R8. Que daí deste inesquecível protótipo é que nasceu o conjunto de vitórias do pessoal de Ingolstadt, para surgimento dos filhos R10, R15 e R18.

    • O grande mérito do Mazda foi ter sido o primeiro (e único) carro com motor rotativo a vencer Le Mans, mesmo com circunstâncias estranhas (leia-se vacilo dos adversários), por isso na minha opinião, mesmo com essa única vitória, ele seja o carro símbolo da prova dos anos 1990.

  • Muito legal. Escrevi a uns dias atrás, não sei se aqui ou no Flavio Gomes que ele deveria procurar uma equipe da WEC como fez o Lucas Di Grassi. Vai andar, se divertir e estara numa equipe de ponta na categoria. Quem sabe ano que vem ele nao pula pra LMP2 ou até a P1? Boa sorte ao Bruno.

  • Agora o Bruno Senna é realmente um piloto profissional, se prestarem atenção no carro perceberão que não tem nenhum patrocínio do Eike nem nada, ele realmente foi contratado porque é bom piloto e ponto, nada de ficar com o pires na mão por aí por uma vaga de fundo de pelotão, o cara tentou, não deu certo, bola pra frente. ele fez muito bem em não desistir de sua carreira internacional.

      • Decisão muito acertada. Já é o segundo que abandona o barco F1 para seguir outra carreira (antes Glock, agora Senna). Tomara vire moda. A F1 precisa, ao menos para nós brasileiros, descer do pedestal. Deixar de ser a categoria foco, para se tornar apenas mais uma opção entre tantas. Quem sabe assim, com vários brasileiros vencendo em várias categorias, a gente não passa a ser um país realmente entendido de automobilismo. Sim, por que no geral, só conhecemos F1.
        Agora, só falta as TVs abertas perceberem isso, essa mudança de cenário.

  • Sou suspeito para falar…porque apesar de ser novo ja acho o WEC um dos melhores campeonatos de automobilismo do mundo, ao lado da Nascar e V8 Supercars…Aos que irão cornetar a decisão do Bruno, apenas lembro que ele está deixando a F1 para um campeonato de altíssimo nível. Não guiará no GP de Mônaco, mas sim nas 24h de Le Mans, tão ou até mais importante…Dai percebemos o quanto o brasileiro (grande parte) é avesso a qualquer categoria de automobilismo que não se chame F1.

  • Digo mais…iremos ver mais pilotos de ponta, sem espaço na “categoria maior” buscando lugar no WEC…seguindo o caminho de Senna e Di Grassi, além daqueles veteranos como Giancarlo Fisichella e Alexander Wurz…

    • Respeito sua opinião, mas se você observar o campeonato do ano passado, verá justamente o contrário. A Aston teve dificuldades, sim, mas o carro é rápido e tem qualidades. O motor V12 era usado no FIA GT e no protótipo com chassi Lola.

    • O Vantage GT3 usa um V12, mas nem por isso é mais rápido que o modelo GT2.

      Ano passado a Aston cravou a pole na etapas de Interlagos, Bahrain e Shangai, e brigava de igual para igual com a AF Corse nas corridas.

  • Minha opinião…

    Compreensível a escolha do Bruno pela Aston Martin no WEC (linda a pintura retrô da Gulf)… Mas gostaria de ve-lo na Mercedes disputando o DTM (campeonato em ascendencia).