“Vem vem… vem reviver comigo amor…”

RIO DE JANEIRO – Carnaval chegando e se no ex-blog eu punha alguma coisa sobre a Folia de Momo, aqui não vai ser diferente. Os leitores e leitores que não gostam que me perdoem, mas eu adoro carnaval, que acompanho com paixão desde menino.

Morei em Ramos na minha infância, minha rua era próxima de um dos muitos acessos ao Morro do Alemão e ficava a duas quadras da Professor Lacê, onde está a quadra da Imperatriz Leopoldinense, que conheci em 1978, quando tinha só sete anos de idade. Quadra que foi cenário de novela (“Bandeira 2”) e onde grandes sambas foram cantados e escolhidos para representar a verde e branco da Leopoldina na avenida.

A Imperatriz está há 12 anos sem ganhar carnaval e, a despeito de decisões polêmicas dos jurados ou não, conquistou os campeonatos de 80/81, 89, 94/95 e um tricampeonato em 99/00/01. São oito títulos – não é pouco, considerando que uma bandeira do carnaval carioca que é o Império Serrano, fundado em 1947 (a Imperatriz, afilhada do Império, é de 1959), levou nove vezes o primeiro lugar e já faz 30 anos que a agremiação de Magno não ganha entre as grandes escolas.

Dos carnavais que vi a escola de Ramos ganhar – e sou testemunha desses títulos, posso destacar, mais do que todos, os três primeiros, de sensacionais sambas. E entre esses três, guardo em cores vivas na memória o de 1989, aquele mesmo que conseguiu a façanha de deixar a Beija-Flor com o “luxo do lixo” e o Cristo proibido em segundo lugar. Não importa se a decisão é até hoje contestada pelos torcedores da Beija-Flor, porque para quem tem carinho pela Imperatriz não é. Quem ganhou foi o carnaval carioca, com o embate histórico entre esses dois enredos e um deles, aliás, proporcionou um samba  que hoje é tema de abertura de novela.

“Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós” é o clip da semana na transmissão vibrante e saudosa de Fernando Vannucci, muito melhor do que o que se ouve e vê hoje em dia.

https://www.youtube.com/watch?v=eRyfWaGPz_w

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