Choveu na Malásia: e Vettel, de novo, fez a diferença

RIO DE JANEIRO – GP da Malásia não é GP da Malásia sem uma convidada quase sempre aguardada: a chuva. E foi na pista molhada de Sepang em que Sebastian Vettel fez mais uma vez a diferença numa definição de grid de largada numa corrida de Fórmula 1. O piloto alemão andou muito mais do que os adversários e principalmente que o companheiro de equipe Mark Webber, para conquistar a 38ª pole position da carreira.

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E ele foi quase um segundo inteiro mais rápido que todo mundo: quem não deixou que isto acontecesse foi um cada vez mais confiante e redivivo Felipe Massa, que pela quarta vez consecutiva superou Alonso em classificação. Não foi somente por três milésimos como na Austrália: desta vez o asturiano ficou a um décimo do brasileiro – e Massa não largava em posição tão boa desde o GP do Bahrein em 2010. Se as contas não falham, havia 58 corridas que ele não saía na primeira fila do grid.

Se a luta entre Massa e Alonso em qualificação promete ser acirrada, o ‘duelo’ entre Vettel e Webber é cada vez mais desigual. O australiano não foi sequer capaz de fazer tempos próximos aos do tricampeão, com pneus intermediários e carro semelhante. Acabou em quinto no grid, num autêntico ‘sanduíche de Mercedes’, onde Hamilton conseguiu um convincente 4º tempo e Rosberg foi o sexto.

Nas demais posições do Q3 terminaram o vencedor do GP da Austrália Kimi Räikkönen em sétimo, com Jenson Button em oitavo, Adrian Sutil em nono e Sergio Perez em décimo. Em condições adversas, os dois pilotos da McLaren pelo menos conseguiram pôr os carros prateados em posições mais do que razoáveis.

Após o treino, os comissários puniram Räikkönen com a perda de três posições por julgarem que ele bloqueou Nico Rosberg de forma indevida durante uma tentativa de qualificação. Assim, Button, Sutil e Perez subiram de posições no grid. O finlandês da Lotus terá que largar em décimo.

A chuva que provocou esse grid na Superpole, já dera as caras no Q2, prejudicando alguns pilotos que tinham planos de avançar para a disputa pelo melhor tempo ou, na pior das hipóteses, melhorar seus tempos. Paul Di Resta viveu uma situação embaraçosa ao rodar numa vã tentativa de marcar tempo. Pastor Maldonado, coitado, nem saiu dos boxes. Acabou indiretamente economizando pneus para a corrida. Outro que fracassou em sua tentativa foi o franco-suíço Romain Grosjean, que ficou em 11º lugar.

No Q3, para nenhuma surpresa, as duplas de Caterham e Marussia não foram adiante e eles tiveram a companhia de Jean-Eric Vergne e Valtteri Bottas. Destaque-se, apesar da aparente ruindade do carro, que Jules Bianchi foi de novo o melhor entre os representantes das ‘nanicas’: classificou-se com o 19º tempo, mais de um segundo mais rápido que Max Chilton. Ladeira abaixo, a Caterham viu Van Der Garde ser o grande malogro do treino, com a última posição entre os 22 pilotos, sendo batido com facilidade por Charles Pic em meio segundo. Esse é o nível da turma de estreantes da F-1 onde, ao que parece, Bianchi é uma honrosa exceção.

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