Direto do túnel do tempo (68)

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RIO DE JANEIRO – Ele perdeu os pais na II Guerra Mundial e foi criado pelos avós em Graz, na Áustria, país que adotou após nascer na Alemanha: Jochen Rindt, único campeão mundial post mortem da história da Fórmula 1, completaria 71 anos neste dia 18 de abril se tivesse sobrevivido à batida que o matou em 5 de setembro de 1970, nos treinos classificatórios para o GP da Itália, em Monza.

De 1964 até o ano de sua morte, Rindt disputou 60 GPs de Fórmula 1, com carros Cooper, Brabham e Lotus. Venceu seis corridas, cravou 10 pole positions, três voltas mais rápidas em pista e conquistou treze pódios. Somou 109 pontos ao longo da carreira, sendo 45 no ano do título póstumo.

Aqui na foto, Rindt vem em perfeito slide com a lendária Lotus 72 no circuito montanhoso de Clermont-Ferrand, na região do Auvergne, na França. Rindt venceu aquela corrida, a segunda que venceu com a criação imortal de Colin Chapman.

Há 43 anos, direto do túnel do tempo.

Comentários

  • Karl Jochen Rindt foi um dos grandes do esporte a motor, apesar dos resultados aparentemente modestos. . .foi considerado o rei da Fórmula 2, chegou a vencer em Le Mans. . .
    Travou épicos duelos com Jackie Stewart, Silverstone e Monza em 1969 são bons exemplos. . .
    Bateu boca com Chapman após Barcelona/69 quando sofreu o até então acidente mais grave de sua carreira.
    Foi mentor e grande incentivador de Emerson Fittipaldi quando de seu ingresso na F1, desde o primeiro treino onde jocosamente disse ao Rato, que reclamava da 49C estar exageradamente sub-esterçante, que ele apenas precisava pisar mais fundo o da direita que o problema estava resolvido. . .na verdade o carro havia sido deixado propositalmente fora do acerto ideal por Chapman, que estava a testar as habilidades do novato.
    Mônaco/70 foi uma exibição de gala, pulverizando sucessivamente o recorde da volta na perseguição a Sir Jack Brabham que acabou por induzi-lo ao erro na ultima curva da ultima volta, no que seria a ultima vitoria da lendária 49. . .cruzou a linha e não recebeu a bandeirada, o diretor estava a aguardar a passagem do australiano, não do austríaco. . .
    Tinha medo da 72, achava-a um carro frágil e inseguro. . .pecado o ocorrido em Monza, nem ele nem seus fãs (eu incluído) mereciam o desfecho trágico. . .
    Suprema ironia, o carro originalmente destinado a Rindt em Monza havia se acidentado nas mãos de Fittipaldi, que literalmente atropelara Giunti na freada da Parabólica e havia ido parar no bosque que circundava a pista. . .de forma que o carro originariamente destinado ao Rato foi quem conduziu Rindt ao acidente fatal.
    Permanece imortalizado pela imensa legião de fãs, muitos dos quais tão jovens a ponto de apenas saberem da história sem jamais haverem visto o personagem.
    Zé Maria
    PS: desculpem-me se me alonguei demais, mas a emoção por vezes fala mais forte e Rindt foi desgraçadamente meu primeiro ídolo no esporte e é fácil de se imaginar a comoção que foi um garoto de apenas 11 anos ler no jornal a notícia do acidente fatal. . .