Uma luz no fim do túnel

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RIO DE JANEIRO – O automobilismo de monopostos no Brasil só tem, de categoria nacional, como todo mundo sabe, a Fórmula 3. Mas lá no Sul do país, existe uma luz no fim do túnel.

A foto acima foi enviada pro meu e-mail pelo Carlos Giacomello, mostrando como estava o grid de largada para a etapa de Guaporé da Fórmula 1.6 que, para quem não sabe, mantém ativos os chassis usados na extinta Fórmula Ford, de grande história e contribuição para o esporte a motor do país.

Havia 21 carros inscritos, segundo o Giacomello, e dezoito largaram. Entre os competidores, pilotos do Sergipe, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, misturados ao pessoal ‘da casa’. Mesmo sendo um certame regional, a Fórmula 1.6 começa a atrair gente de fora e isso é positivo para a categoria e o automobilismo. E existe a expectativa de 25 carros para as próximas provas.

Bom, muito bom…

Ismael Toresan venceu a primeira bateria disputada no último fim de semana, seguido por Marcelo Giacomello e Fernando Stédile, após 20 voltas, a uma média de 140,842 km/h. A melhor volta foi de Marcelo Giacomello em 1’13″932, média de 149,975 km/h. Na segunda corrida, esta com 19 voltas pelo circuito de 3,080 km de extensão, vitória de Marcelo Giacomello, com Luiz Carlos Crestani em segundo e Vinícius Schuler em terceiro.

A 3ª rodada da Fórmula 1.6 Gaúcha será no dia 19 de maio, na data do aniversário deste blogueiro, no Velopark, em Nova Santa Rita.

Comentários

  • Vi uma prova dessa na tv , se não me engano, no curva do s, programa do combativo Roberto Figueroa.Fui uma corrida bem animada e disputada e fiquei surpreso esses chassis que parecem os techspeed ainda em ação.Realmente sensacional.São essas iniciativas que merecem um apoio.

      • Categoria A – Chassis Techspeed e Minelkli M3(que voltou a fabricar chassi zero bala)
        Categoria Light – Outros chassis(JQ, Minelli antigo, Berta, etc…)
        Obs: As duas categorias usam o mesmo conjunto mecânico de motor Ap 1.6 e caixa Ford)
        Categoria 1.8 – Antigos Fórmula São Paulo – (em 2013 será o ano de equalizar estes modelos para em 2014 andarem no mesmo grupo da cat A.)

    • Sou pai do piloto Leandro Guedes, do Rio de Janeiro, que participa da F 1.6 Light, e estou muito contente por ele estar disputando esse campeonato. Acho muito importante destacar que a F 1.6 consegue juntar competição de alto nível com um ambiente muito familiar. Agradeço muito a todos que se esforçam para manter esta categoria, e quero que saibam que nos sentimos muito honrados em fazer parte desta grande família. Em poucas palavras fica difícil de explicar. Mas tenho certeza de que aqueles que comparecerem aos autódromos nos dias de competição, também serão contagiados pelo ótimo clima que é a F 1.6.

  • É sensacional a Fórmula RS 1.6/1.8 e Júnior. Nossa Equipe foi participar das provas – http://www.murielracing.com.br – e fomos muito bem recebidos pelo pessoal do SUL (somos de Minas Gerais-BH). São organizados, a categoria tem um custo muito baixo, os carros têm caixa Hewland, os chassis são techspeed e os motores AP preparados (sem falar dos pneus que duram 4 etapas sem perder rendimento). Os 1.6 tem injeção multiponto e 20 kg a menos que os 1.8 que tem injeção monoponto (essa disparidade é um dos fatores a discutir lá com a comissão técnica para equalizar com a 1.6 – temos mais 6 carros para levar para o grid da 1.8 lá e vamos ver isso). Sem falar que a velocidade na Fórmula RS em relação ao custo e a utilização das caixas Hewland na 1.8 dá aos pilotos que saem do Kart ou iniciantes uma ótima oportunidade. Estamos propondo um modelo que se chama Escuderia Universitária que vai trazer para as pistas a parceria entre equipes e universidades, com patrocínio de empresas que são parceiras das universidades: aí com um custo muito baixo os pilotos de menor poder aquisitivo vão poder participar da categoria de Fórmulas sem ter que ficar para trás por causa da pouca grana e com o grid cheio as disputas serão ainda maiores. O site vai para o ar em breve e as negociações estão adiantadas. PARABÉNS AO PESSOAL DO SUL.

  • Grande Rodrigo Mattar,acompanho teu trabalho lá de trás quando comentava a WTCC(Farfus,Tarquini e Cia…)e agora vejo comentário sobre nossa categoria a Fórmula 1.6
    Fico muito feliz em saber que alguém nesse país do futebol,observou trabalho voltado em resgatar competição de monopostos. Com certeza trabalhamos muito para não deixar morrer essa categoria,frutos da união e força de todos.O automobilismo gaúcho é pouco divulgado e por isso não conseguimos evoluir como gostaríamos,mas com paciência chegamos lá.
    Precisamos de parcerias para podermos mostrar para o Brasil inteiro que sempre existiu lugar para evolução de pilotos vindos do kart. O que podemos e com certeza é de fato que a F 1.6 constitui no seu grid chassis antigos da F Ford de onde saíram pilotos vitoriosos(Barrichello,Gil de Ferran,etc…)na qual somente a caixa de câmbio ficou,pois hoje os F 1.6 possuem motor VW AP 1.6 (etanol) com uma injeção eletrônica Pró tune de última geração desenvolvida pela Dacar Motorsport que tem 150cv em média com mapas travados,sendo assim o foco do esquema é a igualdade para todos os pilotos, assim sendo o objetivo da competição é de disputas acirradas.
    Acho que consegui explicar um pouco da categoria,e contamos com tua participação nessa peleia.
    Grande abraço!!

    Ismael A.Toresan
    Presidente F 1.6

    • Olá, Ismael! Muito obrigado por sua participação, presença e comentários… estamos aqui pra ajudar no que for preciso. Grande abraço!

    • Renato.
      A categoria está mudando o seu foco. Por muitos anos foi o ponto de encontro de muitos pilotos gaúchos, alguns até com mais de 60 anos(Caso do Joacir Stedile, que volta na próxima prova) e a mairos deles acima dos 30 anos. Hoje, devido ao trabalho que vem sendo feito de 2010 pra cá(inclusive com a adoção de tecnologia de ultima geração da Pro´Tune/Dacar Motorsports e pneus argentinos NA Carrera) vimos a chegada de vários pilotos abaixo dos 20 anos, em busca de um aprendizado que a F-3, pelo menos por enquanto, deixou de proporcionar(torcemos muito pra que esta realidade mude. É bom para as duas categorias). O fato do RS ter 4 autódromos e um grid sempre perto do 20 carros ajuda e muito o aprendizado desta gurizada. Pelo nosso grid passaram pilotos que hoje estão na Europa e Estados Unidos.

      • Em primeiro lugar Parabéns pela categoria e sucesso para as próximas etapas. Fico aqui também na torcida que mais pilotos novos tenhas estas categorias para se desenvolverem em monopostos sem saírem do Brasil. Seria fantástico viabilizar alguma corrida fora do RS… tipo Curitiba ou Interlagos. Abs

  • Parabéns, meus amigos do SUL !
    Rodrigo, obrigado por esse oásis que é o seu site. Cara, esse espaço aqui é leitura obrigatória para todo mundo que ama automobilismo, e atualmente temos tantas notícias ruins – você acompanhou, e acompanha conosco tudo aqui no Rio, você garimpa daqui, garimpa dalí, e ver ações como essas, dos meus amigos lá do SUL, nos trazem uma alegria enorme. Mesmo eu, aqui no Rio de Janeiro, piloto amador de kart, vibro com uma notícia dessas.
    Obrigado por compartilhar conosco essa boa nova!
    Amigos, mandem mais notícias sobre essa categoria. Site, fotos.
    Eu tenho um pequeno blog, e a noite postarei algo lá, com um link aqui para o Site do Rodrigão.
    Grande abraço!

  • Caro Rodrigo, como todo mundo sabe, automobilismo é um esporte de competição e portanto, difícil de reunir pessoas que queiram um objetivo comum e não tentem levar alguma vantagem.
    Isto aqui no sul felizmente conseguimos sentar e conversar para fazer a F1.6 crescer a cada ano. Nada que seja fácil, mas sempre prevalece a intenção de manter o grid cada vez mais cheio.
    Há uma carência tão grande de corridas com monopostos que pilotos de vários estados estão vindo para o RS correr. Alguns com bons patrocínios e grandes objetivos e outros como forma de fazer aquilo que gostam e se divertirem.
    Infelizmente aqui no sul não temos grandes empresas apoiando o automobilismo (com raras excessões). Nada de cervejarias, energéticos, refinarias etc….
    Então lutamos com as armas que temos e propusemos um campeonato com baixos custos para todos.
    Não temos pretenção de sermos reconhecidos como uma grande escola formadora de pilotos, mas quem está aqui com certeza aprende e ser diverte com as nossas “baratinhas”.
    Para quem quiser ver alguns vídeos sugiro entrar no youtube e “datilografar” – marcelo giacomello (meu sobrinho piloto) e vejam alguns bons pegar.

    Grande abraço e continue divulgando os campeonatos de protótipos que pouco ou quase nada se encontra aqui no Brasil

  • A Fórmula 1.6 Gaúcha é uma categoria bem estruturada que, ao longo dos tempos, foi sucessivamente aprimorada. Fico contente em saber que é uma categoria barata e muito competitiva. Só o fato dos pneus duraram 4 provas torna-a, ainda, fantástica. Nesse ano observei que o grid começou a trazer pilotos ( maioria jovens?) de outros estados. Quem sabe não está aí a fórmula para os dirigentes criar , a partir de um regulamento único, com provas regionais e reunir todos ao final do ano em uma praça só, fazendo o torneio nacional em dois finais de semana. Embora já exista um chassi novo ( Minelli), os atuais já se aproximam do final de sua vida útil. Seria hora de um projeto mais atual e que pudesse ser comprado ou fabricado em vários lugares do País visando baratear custos. Para arrematar: Temos que acabar com esse show- bussines em que está transformado o automobilismo brasileiro. Investe-se mais em viagens, salários, festas, contratação de track girls do que na pesquisa de como construir carros de competição com preços baixos. Há muitos medalhões faturando alto e que não acrescentam nada para as próximas gerações de pilotos que quer se aventurar no automobilismo mundial.

    • Estamos aqui tentando envolver as universidades e o sistema S em um novo modelo de negócios que pode alavancar ainda mais a F RS. O que não dá é para termos custos estratosféricos e ficar “fiando” sempre no dinheiro dos pilotos. Se conseguirmos fazer com que as instituições de ensino participem com apoio tecnológico, mídia e estrutura administrativa teremos grandes aliados pois as empresas tem grande interesse neste público de alunos e universidades. Trabalhamos com universidades em todos os estados do País e temos os contatos. O projeto se chama Escuderia Universitária e já temos diversas instituições interessadas. Existe a fórmula SAE e o BAJA mas o interesse das instituições e de mídia é muito pequeno então se tiverem a oportunidade de montarem equipes para participar da fórmula RS aí sim tem grande interesse em envolver os alunos neste projeto, porque vamos trabalhar com os carros como laboratório de desenvolvimento dentro da faculdade de Engenharia, Administração, Eventos, etc.

  • É muito boa a exposição que a F1.6 está ganhando em todo o Brasil, mas espero que ela siga o seu rumo sem se desviar da premissa que é uma categoria de baixo custo.
    Falamos em baixo custo mas não se disse quanto. A corrida em si hoje custa menos de R$ 2 mil reais (imagino que vocês acham que eu esteja inventando). Acrescenta-se o preparador e mais hospedagem/ alimentação para um ou dois dias e está feita a conta. O motor e a caixa bem cuidados duram quase o ano todo.
    Fico preocupado quando falam em fazer ela crescer com investimentos, pois na maioria das vezes a coisa sai de controle e muitos pilotos param de correr em função da “brincadeira” ter ficado muita cara.
    Escrevo isto pois sou um dos “donos” de equipe juntamente com meu irmão, e estamos sempre batalhando para melhorar a categoria sem crescer os custos.

  • É importante que todos os frequentadores desse espaço continuem alimentando-o com informações sobre a categoria. Quanto mais informações as pessoas tiverem, maior será a probabilidade de que venham juntar-se ao nosso projeto. Obrigado pela força Rodrigo.

  • Pessoal, temos em BH mais 4 carros techspeed 1.8 montados e prontos para irem ao sul. A receptividade que tivemos do pessoal da Fórmula RS foi maravilhosa. Formamos um belo grid, que acredito ser o maior grid de monopostos da América Latina. Pelo menos pelo que pesquisei, o grid do sul foi muito bom. A corrida foi muito animada com muitas brigas. Eu fiquei admirado com toda organização da FGA. Parabéns a todos os envolvidos. Abraços a todos e até o Velopark! Tiago Muriel

  • Não é a toa que o Sul é referência em Esporte a Motor. Parabéns!

    Essa ideia de integrar as Universidades é fantástico. Tomará que dê certo.