Black Falcon vence as 24h de Nürburgring

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RIO DE JANEIRO – Numa corrida interrompida durante toda a noite e madrugada com bandeira vermelha em razão das péssimas condições do tempo, a 41ª edição das 24h de Nürburgring terminou com vitória da Black Falcon com seu Mercedes-Benz SLS AMG GT3. O carro guiado por Bernd Schneider/Jeroen Bleekemolen/Nicki Thiim/Sean Edwards completou 88 voltas, cruzando a linha de chegada com mais de 2min30seg de vantagem para a BMW Z4 GT3 da Marc VDS Racing Team conduzida por Maxime Martin/Andrea Piccini/Yelmer Buurman/Richard Göransson.

Duas outras Merças terminaram na 3ª e 4ª colocações: a Rowe Racing colocou o #22 de Klaus Graf/Thomas Jäger/Jan Seyffarth/Nico Bastian adiante do #23 de Lance David Arnold/Alexander Roloff/Thomas Jäger/Jan Seyffarth (estes dois últimos, inscritos nos dois carros do time). O melhor Audi acabou sendo o #1 de Mike Rockenfeller/Marcel Fässler/Frank Stippler/Markus Winkelhock, com a BMW #20 do Team Schubert em sexto e o melhor Porsche, da Manthey Racing, em 7º lugar.

O carro #4 de Stippler, Michael Ammermüller, Ferdinand e Johannes Stuck, que partiu da pole position no pelotão de 175 carros que largaram, esteve à frente no começo, mas terminou somente em oitavo, com uma defasagem de duas voltas em relação aos vencedores. Também o Aston Martin #007 de Pedro Lamy/Allan Simonsen/Darren Turner/Stefan Mücke, que chegou a liderar boa parte da disputa, ficou para trás e concluiu em décimo, atrás de mais um Audi.

Augusto Farfus daria duplo expediente no fim de semana, pois após competir – e abandonar – na corrida do DTM em Brands Hatch, viajou para o “Inferno Verde” assim como Martin Tomczyk, seu companheiro de BMW e Mike Rockenfeller, da Audi. Mas o brasileiro, que já venceu corrida no circuito neste ano, nem chegou a sentar no carro. A BMW Z4 do Team Schubert que ele guiaria com Jörg Müller, Üwe Alzen e Claudia Hürtgen acabou quebrando após completar somente oito voltas.

A interrupção da disputa por bandeira vermelha aconteceu em razão de fortes pancadas de chuva, que tornaram o Nordscheleife ainda mais perigoso do que já é. Um festival de acidentes fez a direção de prova entrar em ação e a partir das 23h não havia mais carro algum na pista. A disputa foi retomada às 8h20 da manhã, quando as condições melhoraram, para as 8h40min restantes de corrida. E ainda assim, houve dezenas de escapadas e saídas de pista de diversos carros. No fim das contas, felizmente, tudo acabou bem.

Comentários

  • Parece que o Maxime Martin, da BMW que chegou em 2º lugar, foi uma das grandes surpresas da prova, virando 15s mais rápido que qualquer outro piloto em pista molhada. Mas acabei não vendo a atuação dele na corrida com meus próprios olhos, infelizmente.

  • Estranho, vejo carros cada vez mais seguros, ajudas eletrônicas aqui e ali, equipes médicas cada vez mais bem treinadas, salários de pilotos cada vez mais altos, e? Não se corre mais com chuva! Se inscreveu para as 24Hs de Nurburgring ou Le mans? Aguenta o tranco meu caro, quem não pode com o santo, que não carregue o patuá! Um bando de ricos mimados, isso sim, é o que está se tornando a pilotada! Na F1, faz algum tempo já não vejo mais largadas com chuva sem o safety car. Se chove durante a prova, lá vem o Mercedão de novo. Acho que nunca mais veremos performances como as de Senna ou Ickx na chuva! Segurança sim, é preciso, mas cada vez durmo mais no sofá, ao assistir um bando de cagões dirigindo (isso mesmo, dirigindo, e não pilotando)…

    • Carlos, na boa, mas acho que vc não tem as informações do que é o Nordscheleife na chuva e a noite, por mais que haja um evolução tecnologia na segurança dos carros, aquilo tá mais para uma estradinha vicinal do interior que que para o que conhecemos como pista de corrida.

      Dê uma olhada nos videos on-board dos carros que andam lá, o traçado tem um número absurdo de pontos cegos, some isso a quantidade de categorias diferentes e ao grande número de amadores arriscando o pescoço no mais perigoso circuito do mundo… Dá pra entender porque tivemos tanto tempo de paralisação agora?

      Achar que só porque o cara é rico e tá lá ele tem a obrigação de se se arriscar desmedidamente é muito complexo de inferioridade, por algum acaso o cara tem culpa de ter dinheiro e oportunidades, isso é crime agora?

      Agora, quanto a F1 e viuvice, nem falo nada…

      • Não, não é crime, e é óbvio que se eu fosse rico, estaria lá também, e tentando andar forte em qualquer situação! E me arriscaria sim, sem problemas, pois só me inscreveria para pilotar, e não para dirigir. Mas isso é opinião de quem nunca andou por lá, e talvez eu sentisse medo na hora também, não sei. E ser rico ou não, não é o que faz a diferença, o que faz a diferença é ser cagão ou não. E realmente, não há obrigação nenhuma de se arriscar desmedidamente, é opção.