“Danico”, na última curva!

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RIO DE JANEIRO – Uau! Que final sensacional de corrida na São Paulo Indy 300… a quarta etapa da Fórmula Indy em 2013 teve uma disputa eletrizante pela vitória nos últimos quilômetros das 75 voltas previstas. E com direito a uma ultrapassagem na última curva da última volta. Cortesia de James Hinchcliffe, canadense da Andretti Autosport que herdou os patrocínios de Danica Patrick quando a baixinha invocada resolveu trocar os monopostos pela Nascar. Por isso a referência a ela quando o chamo de “Danico” no título deste post.

Com mais push to pass à disposição no fim da disputa, o piloto do carro #27 veio buscando a aproximação em relação a Takuma Sato, líder da corrida e do campeonato (acreditem se quiserem) e Josef Newgarden, que largara de 25º – e último – no circuito de rua do Anhembi.

E Hinchcliffe não teve medo de ser feliz: superou Newgarden e foi para cima de Sato, que já bloqueara com algumas manobras no mínimo temerárias a passagem do piloto da Sarah Fisher Hartman. O canadense estudou as linhas do representante da AJ Foyt e, com o que tinha na manga, arriscou tudo na última volta. Na última curva. E Sato freou um pouco além, dando a brecha necessária para que Hinchcliffe vencesse por apenas 0″346 de vantagem.

Marco Andretti, outro que emergiu nas voltas finais, chegou na 3ª posição, colocando mais um carro do time do pai Michael no pódio. Quarto lugar para Oriol Serviá, que não terá mais carro para guiar após a Indy 500, superando Newgarden também na última volta. EJ Viso, segundo no grid, foi sexto, seguido por Dario Franchitti, Simona de Silvestro, Simon Pagenaud e Charlie Kimball, com o pole position Ryan Hunter-Reay apenas em 11º lugar.

Cabe observar que a vitória de Hinchcliffe representou também o fim do domínio de Will “São” Power – que venceu as três corridas anteriores no circuito paulistano. O piloto do carro #12 tentou uma recuperação após largar da 22ª posição e já estava em décimo-primeiro quando o motor do australiano se entregou e ele ficou fora da corrida.

Os brasileiros mais uma vez não tiveram um fim de semana à altura da expectativa que sempre é criada na corrida do Anhembi. Bia Figueiredo, que precisava demais de ter um bom desempenho neste fim de semana, foi vítima de uma falha mecânica onde o alternador, que já dera problemas após o warm up, deu “chabu” (é assim que se escreve?) na corrida.

Hélio Castroneves acabou na 13ª posição – um resultado até interessante para quem perdeu freada de curva, foi ultrapassado por Power nos boxes e rodou após uma bandeira verde. A Penske também esteve longe do seu melhor neste fim de semana e isso é um fato.

Assim como também é fato – consumado – a incompetência absurda da KV Racing Technology, que mais uma vez derrubou o trabalho sensacional feito por Tony Kanaan, guiando além do seu limte físico para liderar a corrida diante da torcida brasileira. Na minha opinião, estava bem encaminhada a vitória do piloto do carro #11, mas aí…

Aí entrou em ação a cara de pau, a pachorra, a deslavada mentira do time de Kevin Kalkhoven e Jimmy Vasser, afirmando que “problemas mecânicos” tiraram o brasileiro de esquadro. Ah vá… contem outra, porque a mentira tem perna curta! Acabou o etanol. Simples assim. TODO MUNDO viu. Uma vergonha e Kanaan, entre emocionado e revoltado com tudo o que lhe fizeram, acabou num 21º lugar – longe demais do que ele merecia conquistar.

Para fechar a conta e “passar a régua”, excelente observação do Vinícius Nunes, excelente fotógrafo de automobilismo. Abre aspas.

Podiam mudar o nome da KV para KY, pois só botam na… deixa para lá.

Fecha aspas.

Comentários

  • Essa KV é uma bosta. Enterraram também a corrida da Simona: o último pit dela foi demoradíssimo! O negócio é o Tony tentar voltar pra Andretti. Lá ele poderia voltar a ganhar. E o Heliocastro Neves (como escreve o FG) é um piloto bem meia boca. Não sei como a Penske ainda o mantém. Se fosse o Kanaan no lugar dele, a equipe seria muito mais forte. E a corrida foi sensacional. Ano que vem, com a Audi, kit aerodinâmico e tal, e mais algumas modificações no circuito, será ainda melhor. Acho que a Indy começa a cair no gosto do povo novamente. Só precisa, no nosso caso, de um piloto que vença corridas. E Castroneves não empolga.

  • Foi um absurdo o que fizeram com o Tony Kanaan. Esta mesma equipe de “mierda”, que ano passado errou com o Rubinho Barrichello também. Eu nem curto muito a F-Indy, mas hoje estava empolgado com a possibilidade de ver um brasileiro ganhar em casa e fiquei muito triste pelo Kanaan, além do seu limite físico, tirando leite de pedra com este carro horroroso, e simplesmente parar no meio da reta, diante da torcida, sem etanol. Foi de cortar o coração, de verdade.

  • Eu gostei da corrida; Mais ainda pelo fato dos elogios a etapa de São Paulo,inclusive com alguns dirigentes da categoria falando quê em importância só perde para Indianápolis.Pode até se exagero dessas pessoas para agradar,mas é muito diferente quando a F1 vem aqui e ficam falando que a cidade é insegura,perigosa que Interlagos é antiquado quê o box é isso que é aquilo. Como se isso acontecesse só aqui no Brasil e nos outros lugares só é maravilha.

  • Das quatro edições da SP Indy 300, esta foi, sem dúvida, a melhor…emoção do começo ao fim e a decisão foi realmente na última curva da última volta. Tony deu show e levou a torcida ao delírio quando ultrapassou o Hunter-Reay (Ryan Hunter-Rahal para o Luciano do Valle…) por fora, além de outras manobras sensacionais nas relargadas. Essa KV Racing tinha que ser multada pela organização da Indy, pois a própria equipe é o maior adversário do Kanaan na pista. Outro que merece destaque é o Japa, Takuma Sato (Sakuma para o Luciano do Valle…outrora também foi “Takumo”), pilotou demais com um carro de mediano para ruim e agora é simplesmente o líder do campeonato. Outro que apareceu bem, ao menos por um momento, foi o Sebastian Bourdais (Sebastian Bordô para o Luciano do Valle…), o Newgarden também é um nome para se pensar no futuro. Destaque negativo vai para a Penske, que viu o domínio do “São Power” ir fogo abaixo, literalmente, e o Helinho em uma corrida bem conturbada, brigando por posições intermediárias. Quanto a Bia, foi bem no warm-up de manhã…com aquele carro, pouco poderia mostrar…Quanto ao evento em si, eu que fui nas quatro edições até agora, posso afirmar que vem melhorando a cada ano…o que precisa melhorar urgentemente é a cobertura e transmissão da Bandeirantes, pois lá o áudio da narração do Sr do Valle ficou aberto e pudemos mais uma vez conferir o festival de gafes do pré-histórico narrador. Enquanto isso jogaram o excelente Téo José no Morumbi para narrar um joguinho fraco com estário vazio que teve de ser decidido nos penaltis…realmente lamentável.

  • Tony é piloto para equipes de ponta, no minimo deveria estar na Ganassi ou Penske. É nítido que ele carrega a equipe KV (ou KY) nas costas.