Para refletir, pensar e discutir…

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RIO DE JANEIRO – Compartilho agora com os leitores e leitoras do blog um tópico bem interessante postado no facebook pelo Lucas Villela. O camarada André Buriti colocou isso em destaque num dos vários grupos de automobilismo de que participo e agora vocês saberão do que se trata.

Lá vai:

O Automobilismo é o segundo esporte do brasileiro.

88% das classes A, B e C consomem esporte.

Automobilismo é o segundo esporte mais assistido na TV aberta ou fechada no mundo.

No Brasil, 39 milhões de pessoas declaram consumir o tema esporte.

Automobilismo é assistido pelo público mais adulto.

Os investimentos em transmissões esportivas de TV estão concentrados no automobilismo e futebol

Mas, apesar das evidências, apenas 1% do investimento em patrocínio é direcionado ao automobilismo…

Fontes: Target Group Index e IBOPE

Um convite à reflexão, sem dúvida.

Comentários

  • São questionáveis algumas “evidências”.

    Seria mesmo automobilismo o segundo esporte do brasileiro? Torneios de volei e tenis tem atraído grandes públicos. Público esse que podem praticar esses esportes sem grandes dificuldades. Ao contrário disso, automobilismo é pouco acessível. A porcentagem de gente que gosta de automobilismo e que é piloto, certamente, é relativamente menor do que em outros esportes no Brasil. Ou seja, dos citados 39 milhões que consomem esporte, uma pequena parcela é representada pela automobilismo. Eis aí um grande ponto negativo.

    Quando se fala em audiência durante corridas, é preciso separar algumas categorias, como F1 e Nascar, e países, como EUA, que tem uma influência extremamente alta nesses números. Talvez não seja necessariamente de automobilismo que o público realmente gosta e sim algumas categorias pontuais já consagradas. É claro, não tenho dúvidas da grande audiência de categorias como o DTM, na Alemanha, V8 Supercars, na Austrália, e Super GT, no Japão, mas aqui no Brasil, não estou muito certo do grande número de telespectadores que param em frente da TV para ver corridas inteiras de Stock Car e F-Truck. Da largada até o meio das provas a audiência deve cair bastante. Por vezes, nem o pódio, com a premiação dos pilotos, é mostrado.

    Por essas e outras que um patrocinador pensa mil vezes antes de investir no automobilismo. Eu mesmo, se fosse entrar nessa, escolheria o futebol para representar minha empresa. Teria certeza de retorno.

      • Impressões. Apenas uma opinião pessoal que imagino ser verdade, especialmente o que escrevi no primeiro parágrafo.

    • Não acho que seja simplesmente verdade os fatos relatados acima. caso os fossem estaríamos assistindo até a quarta divisão do futebol brasileiro. Ora, temos mais de 4000 jogadores de futebol profissionais, e pilotos quantos?
      Quantos campeonatos de voleibol temos? E de basquete? isso ainda com custos relativamente baixos.
      Os custos altos do automobilismo o limitam como esporte,mas posso te dizer que quase todos os brasileiros podem dizer dois ou três nomes atuais do automobilismo e podem não saber dois ou três nomes de jogadores de seu time de futebol preferido

  • Pois é…. e algumas operadoras de TV a cabo como SporTV, BandSports e FOX privilegiam tênis, boxe, voley como demonstram programando programas e reprises de automobilismo nas madrugadas. Quem consome mais é adulto, público médio de campeonato de Futebol, 11.000 pessoas, qualquer corrida da StockCar ou Fórmula Truck tem pelo menos 4 vezes esse público, também não tem briga, agressão, mortes e necessidade de elevado policiamento como vemos no ludopédio.

      • Não dá mesmo para entender, eu só fiquei sabendo da existência dessa competição da chaleirinha empurrada no gelo zpeando pelo canal.

  • Concordo com o Alan Ruggero, eu não me considero um fã de automobilismo em geral, eu acompanho apenas a NASCAR e F1, acompanhava muito a STOCK mas a categoria hoje não me chama mais a atenção, a F1 eu acompanho simplesmente por ser F1 e que aprendi a gostar, já a NASCAR eu conheci atraves do jogo NASCAR 99 do antigo PS1 e depois disso meu interesse só foi aumentando pela categoria que ao meu ver faz de tudo para que o fã seja sempre fã da categoria.

  • A Fórmula 1 foi o que aconteceu de melhor e pior ao automobilismo brasileiro. À partir de 1971 com a realização do GP do Brasil para teste da pista de Interlagos e de 1972 contando pontos para o Mundial, os pilotos brasileiros seguiram o exemplo de Emerson, Pace e outros e foram correr na Europa com muito sucesso. Isso fez com que cada vez mais a imprensa brasileira, principalmente os jornais que antes dedicavam páginas inteiras ao automobilismo escritas por gente altamente especializada, passasse a destacar somente as corridas de F1, esquecendo-se das provas domésticas e vivendo do sucesso dos pilotos para vender seu produto. É só verificar o espaço dedicado atualmente à própria F1, sem um piloto que chame efetivamente a atenção. Mal e mal dão uma notinha na segunda-feria com os resultados do domingo. Sites com este – sem puxação de saco – são uma exceção, com o próprio Rodrigo Mattar abdicando dos comentários sobre a F1 em favor de outras categorias. E como será possível à uma StockCar, cujos carros iguais só se diferenciam pela bolha conseguir atrair apaixonados torcedores por uma determinada marca? E atrair preparadores independentes, como acontece em outros países e acontecia aqui? A própria FIA percebeu essa situação de total predominância da F1 em detrimento de outras categorias – com exceção da NASCAR nos Estados Unidos – e tem procurado criar alternativas, como o Mundial de Endurance, p.ex. Importante também o que acontece com emissoras de televisão, que compram os direitos de transmissão das provas para NÃO transmiti-las ou passarem compactos em horários esdrúxulos – vide F Indy. Será que não dá para os organizadores da corrida somente venderem os direitos de transmissão com o compromisso da emissora em passar ao vivo? À respeito do público, convém lembrar que provas como a Mil Milhas Brasileiras, antes de cair nas mãos de “empresários” que se preocupam com nada mais além da arrecadação, colocavam em Interlagos 100.000 ( isso mesmo! cem mil ) espectadores durante os dois dias da prova. Não é o público que não gosta de automobilismo. Se derem à ele verdadeiras corridas, com bons carros, bons pilotos e divulgação efetiva, o público certamente voltará.