Prejuízo e constrangimento

1069904_4455071114664_732461365_n

RIO DE JANEIRO – Nada escrevi sobre o Brasileiro de Marcas e a Fórmula 3, que tiveram corridas neste fim de semana em Interlagos. Ok: para não deixar em branco, Ricardo Zonta venceu as duas corridas da categoria de carros de turismo e, nos monopostos, Raphael Raucci ganhou uma etapa e Felipe Guimarães, a outra. Está registrado.

Porém, um outro assunto, bem mais incômodo, ganhou espaço nas redes sociais e deixou muita gente chateada – principalmente os que foram roubados ontem na sala de imprensa do Autódromo de Interlagos. Isso mesmo que vocês, leitoras e leitores, estão lendo. Quatro profissionais: Rodrigo Ruiz, Rafael Gagliano, André Lemes e André Santos, tiveram seus equipamentos surrupiados. Prejuízo estimado em cerca de R$ 35 mil.

Foram roubadas máquinas fotográficas, lentes, câmeras GoPro, visores, acessórios, uma mochila, baterias, flashes, pilhas e até um iPad e um HD externo. Isso só do meu xará de Campinas. Dos outros colegas da imprensa, eu não sei.

É muito chato ter que falar disso – que, aliás, não é novidade, porque vira e mexe, lá no Anhembi há histórias de furto de equipamentos na Fórmula Indy. Até no nosso local de trabalho, corremos o risco de ser passados para trás por gente sem escrúpulo e sem caráter. E que, infelizmente, acabam por ter acesso a um local que é restrito. Sala de imprensa não é casa da mãe Joana. E o Miltão Alves, coitado, sempre zeloso com o local de trabalho dele e dos demais colegas, fica sem saber o que dizer e o que escrever, depois do ocorrido.

O xará Ruiz fez um boletim de ocorrência, como foi pedido a ele. Mas nada apagará o prejuízo. Anos de trabalho jogados fora. Para comprar tudo de novo, tenho certeza, não é fácil. Não estou aqui para cobrar nada, mas penso o seguinte: se isso aconteceu num evento da Vicar, o mínimo que a promotora do Brasileiro de Marcas e da Fórmula 3 pode fazer pelo xará, pelo Rafael e pelos Andrés é contribuir para que parte do prejuízo seja ressarcido.

De que forma? Não sei. Mas, para começo de conversa, que tal pôr um segurança na porta da sala de imprensa de agora para diante, revistando mochilas e também os que entrarem no recinto?

Fica a sugestão.

Foto: reprodução Instagram/Rodrigo Ruiz

Comentários

  • É muito estranho a FAQUI (pra dar nome aos bois) não ter colocado segurança na porta. Três semanas atrás, foi realizada a Formula Truck no mesmo autódromo e ficou um segurança na porta até o final do domingo, dando um pouco de alívio para nós deixarmos nossas malas dentro da sala.

    Não fui fazer o brasileiro de marcas e estou muito chateado pelos colegas.

    Espero que a VICAR ou FAQUI façam algo para ajudar eles (duvido muito).

    Abs

  • No meu entendimento, é muito simples !

    O evento é de uma empresa privada, sendo ela responsável pela entrada e pela segurança de todos ! Sendo assim, se houve 1 problema de roubo ou furto, a empresa “dona” do evento deve pagar por todo e qualquer prejuízo causado a algum prestador de serviço seu.

    Os fotógrafos, para poder entrar na sala de Imprensa, precisam se cadastrar… Se eles exigem isso, tem que se preocupar em dar respaldo aos mesmo, dando condições de trabalho, com toda infraestrutura e segurança !

    Lamentável !

    Abs.

  • Já fiz alguns eventos no maracanãzinho, HSBC arena e Riocentro, a sala de imprensa dos eventos que eu fiz dificilmente tinha segurança, extremamente fácil entrar la. Alguns jornalistas usam aqueles cabos de aço e prendem seus equipamentos nas mesas, mas a grande maioria deixa seus equipamentos em cima da mesa.

  • Neste fim de semana estive no Velopark e fiquei sabendo pelo FB. Conheço todos os envolvidos prejudicados, especialmente o RR (meu lambe lambe preferido) e estou furioso, pra dizer o mínimo. Sei bem do sacrifício que é manter equipamentos atualizados. Inseri meu sobrinho em Interlagos com equipamento fraco comparado aos dos que foram roubados e ele (Marcos Pavan) sempre comenta da frustração de não poder fazer fotos melhores pois não dá pra comprar a “tralha” avançada. Estou responsabilizando diretamente a VIcar pelo ocorrido. É obrigação do organizador (que faz um caminhão de exigências para cadastrar quem vai trabalhar no evento) e não deixa um segurança cuidando da porta? É o fim da picada!!!!!!!!!!! Infelizmente só posso deixar minha solidariedade aos prejudicados e torcer para que encontrem o ladrão.

  • Sei da batalha do Rodrigo, como amigo de verdade, e o quanto ele está batalhando com a Família na maior correria.
    O cara tem Truck para fazer, passagens aéreas compradas para os eventos de automobilismo, desde nossa prova em Londrina, até Córdoba.
    Não sou muito chegado no FB, mas nestas horas ajudamos no que puder, dando pitacos e vendo o que postam.
    Nessas reparei em um comentário interessante, já que os Promotores do Evento deixaram literalmente o Rodrigo na mão no domingo, pois era caso de se chamar a Polícia Civil no local, e o alertei disso.
    Me refiro a um comentário do Sr. Zeca Giaffone: “Vamos fazer um caixa para ajudar os que tiveram seus equipamentos roubados”
    Muito legal do “Zequinha”, parte da história do Automobilismo Brasileiro.
    Mas não entendi, se vai fazer pela http://www.jlind.com.br/brasileiro_marcas.php , já que é fornecedor da categoria, ou organizar uma arrecadação para todos nós ajudarmos os Profissionais que divulgam as categorias e tiveram suas ferramentas de trabalho furtadas, na sala de imprensa locada pelos organizadores do evento.
    E a vc. Rodrigo Di Mattar, valeu pela força aos amigos de todos nós.

  • Na Etapa da Indy,, tinha segurança na porta. E eram duas. Uma para entrar e outra para sair. E os computadores tinham um selo neles e nas credenciais. E saindo de mochila os seguranças pediam para abrir e conferir o numero do selo. E mesmo assim teve um fotografo ao meu lado, que teve um cartão de memoria roubado.
    Triste isso, conheço o André Lemes e sei como isso é triste. Se o meu note e a minha digital sumirem, eu certamente fico sem ter como trabalhar. Afinal custa grana e a vida de jornalista de automobilismo não é nada fácil, na questão grana.

    Abraços

  • Crime Organizado, desculpe a T4F que sempre mandou bem mas desta vez, sem chance. Duvido que existia uma só câmera nesta sala. Se ninguém se pronunciou sobre ressarcimento, sugiro que procurem a justiça – se seus devidos empregadores concordarem tb pois os chefes não raro não gostam de encrenca com as assessorias, pois verdade seja dita, veículos de imprensa comem na mão deles. Abraços.