Seis por meia dúzia

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RIO DE JANEIRO – Habitué da chamada ‘turma do fundão’ na Fórmula 1 neste ano, a Williams troca seis por meia dúzia na tentativa de sair do buraco em que se encontra. Sem nenhum ponto marcado, a direção técnica da escuderia vai para as mãos de Pat Symmonds, que era o consultor da Marussia. Sobrou para Mike Coughlan, contratado para o lugar que era de Sam Michael – e que acabou demitido.

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Vai bem de escolhas a Williams. Coughlan, como todos nós sabemos, foi um dos pivôs do escândalo de espionagem Ferrari-McLaren em 2007. Ele e Nigel Stepney, que nunca mais voltou à Fórmula 1. Symmonds foi conivente com o plano maquiavélico do canalha chamado Flavio Briatore, que fez Nelsinho Piquet bater de propósito em Cingapura para favorecer Fernando Alonso naquela corrida, em 2008. Chegou a ser afastado do esporte, mas voltou a ser procurado por equipes da categoria máxima e, cinco anos depois, regressa ao cargo que ocupava nos tempos de Renault.

Estranha essa F-1. Muitos dentro dela clamam por ética, por uma competição mais justa. Mas de que adianta, se a podridão toma conta dela? Dar guarida e emprego a caras que se envolveram em escândalos? Parece um país que conheço bem…

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