Vergonha

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RIO DE JANEIRO – Foto “roubartilhada” do facebook do Flávio Quick, com um flagrante da situação tenebrosa do asfalto do Kartódromo do Eusébio, onde teoricamente aconteceria a segunda fase do Campeonato Brasileiro de Kart, em sua 48ª edição.

Os problemas com a pista começaram ontem. O asfalto se deteriorou de tal forma que as atividades de pista foram canceladas. Ontem e hoje, também, porque não há condição de ninguém andar num traçado onde os reparos têm sido feitos com… concreto!

As categorias que estão lá em Fortaleza são Sênior B, Graduados, Sênior A, Novatos e Super Sênior. Mais de 100 pilotos no total. E, pergunto eu: sem atividades de pista por dois dias, será mesmo que teremos evento? A programação (provisória, segundo um release que acabei de receber) será apertada entre quinta, sexta e sábado. E caso haja o cancelamento dessa fase do Brasileiro, quem irá arcar com o enorme prejuízo dos competidores com a preparação dos karts, alimentação, traslado e hospedagem?

Esse é o kartismo brasileiro que recebe “incentivos” da Confederação Brasileira de Automobilismo. É uma VERGONHA que uma pista como esta, com todo respeito ao povo cearense e do Nordeste, receba uma prova do Campeonato Brasileiro. Cadê a Comissão Nacional de Kart? A vistoria foi feita de forma adequada?

Depois não reclamem porque eu bato pesado no automobilismo brasileiro. Porque se ninguém bater, ele afunda e todos nós afundamos junto.

Até quando continuaremos assim?

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Foto 2: reprodução do site Allkart.net

Comentários

  • Belíssimo post, que resume bem a situação do nosso kartismo/automobilismo. Além disso, lembrem-se que pagamos caro por uma carteirinha de afiliado! Pagamos caro uma inscrição de etapa! Pagamos muito caro… Pra uma MERDA dessas!

    • “Virgílio” é o autódromo. Isso está acontecendo no Kartódromo Júlio Ventura, onde não faço questão de andar nem de kart indoor, quanto mais disputar um campeonato em nível profissional.

  • por isso que nao pago mais carteirinha de porra nenhuma e fiz o meu proprio campeonato no rio que foi referencia por 6 anos, chegamos a ter mais de 70 pilotos em uma etapa, e foi o unico a manter vivo algum requicio de kartismo no estado, uma pena que eram somente karts de 4 tempos, mas fazer o que o custo do 2 tempos é estratosférico, nao da pra bancar pra quem nao tem patrocinadores e nao é rico, a cba e as suas afiliadas são todas um lixo.

  • Lamentavel…..Deixo aqui meu desabafo sobre toda essa situação….
    O Automobilismo no Brasil vai chegando no fundo do poco!
    Sei bem como ‘e isso, corri de kart dos meus 11 aos 15 anos (2001 a 2005) e como todo jovem piloto sonhava com as categorias máximas. Isso tudo bancado pelo paitrocinio que nao ‘e banco e por motivos obvios ($$) tivemos que encerrar o sonho. Na época os preços para se disputar os principais campeonatos (Sul-Brasileiro, Brasileiro e Paulista) chegavam quase a um carro popular por etapa/campeonato.
    Cheguei a procurar patrocínio, mas quem quer bancar um esporte q não tem retorno no brasil?
    Na Europa os campeonatos de Kart, Formulas Escolas (F3,World Series, Renault etc) são todos transmitidos por canais e revistas especializados. As jovens promessas são exploradas pela mídia de todas as maneiras.
    De todos os pilotos que correram comigo só dois ou três chegaram em categorias mundiais importantes por conta do patrimônio familiar.
    Acabei seguindo o caminho tradicional da vida….Faculdade….conseguir um emprego …trabalhar 10hrs por dia sentado numa sala fechada e olhando para a tela do computador…tudo isso para quem sabe um dia voltar ao automobilismo por diversão.
    Ficam as boas lembranças e se vão as esperanças para o sucesso do automobilismo no Brasil.

  • Que absurdo. Por sorte, esse mundo não me pertence mais.

    O investimento dos pilotos para o Brasileiro não é nada barato. Fora o tempo gasto com treinos. Devem estar com vontade de sair batendo em todo mundo. E com razão.