JPM na Indy, 14 anos depois

Daytona 500 - Practice

RIO DE JANEIRO – Quase uma década e meia após sua passagem meteórica e vitoriosa nos monopostos estadunidenses da Fórmula Indy e também da IRL, onde conseguiu em 2000 o triunfo nas 500 Milhas de Indianápolis, antes da passagem para a Fórmula 1, o colombiano Juan Pablo Montoya chocou todo mundo e anunciou hoje, nesta segunda-feira, seu regresso aos monopostos.

Não na Andretti, equipe com quem diziam que o sul-americano negociava. E sim na Penske. O que não deixa de ser verdadeiramente surpreendente: aos 37 anos (faz 38 daqui a quatro dias), JPM não é mais um garoto. E seus desempenhos na Nascar, para onde se transferiu após sua ruptura com a McLaren, que o contratara em 2005, não foram tão animadores.

Montoya jamais venceu em ovais nos Stock Cars. Ganhou duas provas de Sprint Cup e outra na Nationwide Series, tudo em circuito misto. Seu melhor resultado foi um modesto 8º lugar em 2009 – muito pouco para quem era tido como o principal nome da categoria para o mercado latino-americano. Sem muita paciência com ele, Chip Ganassi, seu patrão de anos, o mandou embora e o colombiano foi buscar outros ares. Acabou assinando com a Penske, chocando o mundo do automobilismo.

Vamos ver como o piloto se sairá no retorno aos monopostos. A Penske já tem um time forte com Hélio Castroneves e Will Power e ganha um reforço de peso – literalmente – para 2014.

Agora, a pergunta que não quer calar:

Será que Montoya vai caber no próprio carro quando fizer o primeiro teste preparatório para o próximo campeonato?

Comentários

  • Que maldade. Eu nutria a esperança de vê-lo no WEC. Agora, vai andar nessa segunda divisão do automobilismo até encerrar a carreira. Pena, tri nas 24 Horas de Daytona, mais magrinho, ele ainda dava um caldo no endurance.

  • Rodrigo, em 2009 ele não foi 8º? Inclusive foi o ano que ele bateu na trave na Brickyard 400, dominando a prova mas passando do limite de velocidade nos boxes e sendo punido. Fora esse top 10 o “melhor” ano dele foi o ano seguinte, em 17º. Fora isso sempre foi de 20º p/ baixo.

  • Eu também preferia vê-lo no endurance, sendo no mundial (WEC) ou no americano United Sports Car mesmo…tenho a impressão que os monopostos não casam bem com veteranos quase-quarentões como ele, vide o ocorrido com Schumacher na F1.

  • O Montoya não leva muito a sério a vida de atleta, assim como o Raikkonen também não. São talentos natos, com títulos importantes na carreira, que gostam de guiar uns carros de corridas alguns dias por mês. É legal esse tipo de piloto, que difere um pouco dos outros.

    O colombiano certamente está entre os pilotos mais rápidos do automobilismo americano, mesmo chegando nos 40. Sabe que vai precisar emagrecer alguns quilogramas para ficar mais confortável dentro do Indy, não tão justo como um F1, mas bem mais apertado que o Nascar.

    Só pegou o pessoal de surpresa acertando com a Penske (foi de propósito?). Castroneves e Power que se cuidem.

  • prezado rodrigo, lembrei de uma historia dos anos 60, Dan gurney era tão alto que precisaram fazem um abaulado no teto do GT40 para ele caber dentro. ja neste caso o abaulado(bolha, modificação especial para caber algo dentro) sera naparte dianteira do carro.

  • O pessoal da Penske vai ter de comprar muita banha de porco para poder “destravar” o gordinho do cockpit depois do primeiro treino dele.

  • Bacana o retorno do Montoya à Indy, era bacana ver ele duelando com Gil de Ferran, Jimmy Vasser, Kenny Brack, Michael Andretti, entre outros.

    O que deveriam mudar na Indy são aqueles carros horríveis.