A versão nova de uma velha história

RIO DE JANEIRO – Mais uma vez vem à tona a história da construção do “novo” Autódromo do Rio de Janeiro, que duvido que saia do papel. Ninguém cumpre com algo chamado palavra, os prazos não são cumpridos e a situação fica num vai-não vai sem fim.

Agora é o site Terra quem traz mais notícias sobre a situação do polêmico terreno de Deodoro, em matéria assinada por Marcus Vinícius Pinto.

Justiça do RJ veta novo autódromo em terreno com explosivos do Exército

O poder judiciário voltou a suspender as obras do novo autódromo do Rio de Janeiro, que deverá ser construído em um terreno cedido pelo Exército em Marechal Deodoro, Zona Norte da cidade. Por decisão unânime, a 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça negou o recurso impetrado pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), contra a decisão de primeira instância que suspendeu o licenciamento ambiental do novo autódromo, até que seja apresentado um Estudo de Impacto Ambiental. O relator do processo, desembargador Claudio de Mello Tavares, nega que seja dispensável a apresentação do estudo.

De acordo com o processo, o projeto da CBA inclui – além da construção do autódromo – a construção de um kartódromo, um anel viário do autódromo, vias de acesso ao circuito, heliponto, áreas de estocagem de combustível, sistema auxiliar de geração de energia, sistema de distribuição de energia e centro de negócios.

O grande problema é que a área cedida pelo Exército era onde funcionava o Centro de Instrução de Operação Especial, e um estudo preliminar Indicou a possibilidade de presença de explosivos não detonados no terreno – o que poderia causar risco durante as obras, além do impacto ambiental na área próxima.

O antigo autódromo do Rio, em Jacarepaguá, foi desativado há dois anos (nota do blog: a desativação foi ano passado) para a construção do Parque Olímpico para os Jogos Olímpicos de 2016. Desde então, a cidade ficou sem local para receber eventos de automobilismo.

A previsão da Prefeitura é que o autódromo fique pronto em janeiro de 2015. Em março deste ano o prefeito Eduardo Paes tinha garantido que as licenças estavam todas prontas, mas a justiça entendeu que não são os suficientes.

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